quinta-feira, 26 de março de 2009

Orando com os avestruzes

Orando com os avestruzes
Olavo de CarvalhoDiário do Comércio, 24 de março de 2009
Muitos daqueles a quem faço alusão, de passagem, como amostras de fenômenos de patologia social e cultural, ficam naturalmente enfezados, esperneiam um pouco pela internet e então saem por aí alardeando que tiveram um “debate” comigo. Como às vezes cito seus nomes para fins de mera documentação, iludem-se pensando que são meus interlocutores, que lhes dei alguma atenção individual, quando na verdade só os mencionei pela tipicidade anônima, pela uniformidade rasa e mecânica com que macaqueiam os cacoetes de seu grupo de referência e assim forjam, para alívio de sua mal disfarçada insegurança juvenil, uma espécie de identidade temporária, com prazo de validade a expirar na próxima troca de amigos.
Trata-se em geral de garotos de vinte e poucos anos, com idade para ser meus netos, mas afeiçoados desde o bercinho à arte genuinamente brasileira de simular autoridade intelectual – às vezes até mesmo eclesiástica – e uma longa experiência da vida.
O pior é que outros, vendo-me gastar tempo com opiniões de indivíduos que lhes parecem insignificantes, exigem que eu pare de fazer isso e me dedique a mais dignos afazeres, como se os grandes erros coletivos, geradores de tragédias mundiais, consistissem apenas em crenças gremiais de uma elite de homens ilustres, e não, justamente, na somatória das ilusões de incontáveis criaturas diminutas e anônimas.
Uma dessas criaturas, indignada de que eu cobrasse dos católicos alguma ação contra o avanço do comunismo no mundo e especialmente na América Latina, despejou na rede, desde o alto do seu púlpito imaginário, as seguintes palavras:
“Quem entende o remédio da crise de fé como uma postura anticomunista realmente desconhece a verdadeira missão da Igreja. Ensinar e pregar o anticomunismo é um ponto meramente terceiro ao lado de outras importâncias. Aquele que vive piedosamente os ensinamentos de Cristo, seguindo com um doce ar filial o Magistério, se aproximando da Eucaristia com devoção e contrição, se torna anticomunista em espírito sem nunca ter ouvido uma crítica direta ao socialismo – enquanto ferrenhos anticomunistas que não entendem a grandeza de Deus e seguem trilhas desconhecidas se aproximam da condenação. Assim a Igreja deve caminhar, sem se reduzir aos problemas do mundo, esquecendo as coisas do alto. Clamar a Verdade é clamar a conversão e a adesão a Cristo e Seus ensinamentos. A condenação ao marxismo, feita pela Igreja, é apenas a conseqüência imediata da vivência da Fé com oração e fidelidade, sem isso, ou seja, sem o caráter místico e transcendental, a Igreja perde o sentido. Por isso que digo que tanto as olavetes quanto os adeptos da Teologia da Libertação erram no mesmo ponto; ambos simplificam aMater Ecclesia, a esvaziam do seu sentido mais profundo.”
Neste mesmo momento, milhares de jovens católicos como esse estão sendo induzidos, por sacerdotes estúpidos ou maliciosos, a contentar-se com “ser anticomunistas em espírito”, na segurança dos seus lares e no doce ambiente da fraternidade cristã, sem arriscar o conforto de suas almas e o bem-estar de seus corpos no enfrentamento real com o inimigo, na agitação sangrenta do mundo.
Para dissuadi-los de tomar qualquer atitude objetiva contra o maior perigo que já ameaçou a Igreja desde fora e desde dentro, esses professores de um pietismo kitsch infundem nas mentes de seus discípulos uma falsa dicotomia entre a vida interior e a guerra santa e, corrompendo-os até à medula, cultivam neles a vaidade demoníaca de sentir-se superiores por abster-se da segunda para dedicar-se à primeira, como se o sangue dos mártires e dos heróis pouco ou nada valesse perto das orações dos monges, e aliás como se não houvesse monges entre os mártires e heróis. Os papas da era das Cruzadas, em contrapartida, prometiam a indulgência plenária àqueles que arriscassem sua vida no campo de batalha, jamais àqueles que fugissem ao combate sob a desculpa de que estavam muito ocupados com sua “vida interior”.
Lembro-me de que na igreja de padres italianos em que me criei na infância, e onde decorei a missa em latim aos oito anos para realizar o sonho de ser coroinha (donde se vê minha total inexperiência da vida católica), havia dois altares votivos, em mármore, permanentemente acesos, com as inscrições: “Ai martiri” e “Agli eroi” (“Aos mártires” e “aos heróis”). Não havia nenhum para as pessoas ocupadas em coisas importantes.
O pior é que o menino que escreveu aquelas palavras desastradas está seguro de jamais ter-me ofendido (muito menos de haver ofendido ao próprio Cristo), e até garante: “Não pretendo ser presunçoso nem soberbo.” Haverá maior presunção e soberba do que, em nome de uma pretensa experiência mística, fazer pouco daqueles que, atendendo ao chamamento de Pio XII, professaram combater o comunismo “com a maior energia, dentro e fora da Igreja” e “até mesmo com o sacrifício de suas próprias vidas”? Haverá maior soberba do que ignorar que esse chamamento, na verdade, não veio de Pio XII, mas da própria Virgem de Fátima? Haverá maior presunção e soberba do que imaginar que a luta contra o inimigo que mais odiou e matou cristãos ao longo de toda a história humana, e que superou nisso infinitamente todas as heresias e todas as invasões de bárbaros, “é um ponto meramente terceiro ao lado de outras importâncias”? Como pode a vida religiosa ter-se prostituído a tal ponto que um fiel católico já não enxerga nada de ofensivo em acreditar que os mais de trinta milhões de mártires e combatentes cristãos sacrificados pela sanha comunista na Rússia, na Polônia, na Hungria, na China, em Cuba e um pouco por toda parte merecem apenas as nossas orações, se tanto, em vez da nossa firme disposição de correr o mesmo risco que eles correram?
Faço a pergunta e já tenho a resposta, que recebi pronta de mentes mais sábias.
O cardeal Pallavicini ensinava que “convocar um concílio geral, exceto quando exigido pela mais absoluta necessidade, é tentar Deus”. Desde a fundação da Igreja até a década de 60 do século findo, realizaram-se vinte concílios. Nenhum deles incorreu nesse pecado. Cada um, segundo enfatizava o cardeal Manning, “foi convocado para extinguir a heresia principal ou para corrigir o mal maior da respectiva época”. O primeiro a desprezar essa exigência, e a desprezá-la não por descuido, não por um lapso, não por negligência, mas por vontade expressa e por firme decisão de seus convocantes, foi o Concílio Vaticano II. Depois de Nossa Senhora de Fátima ter advertido, logo antes da Revolução Russa, que os erros e desvarios vindos de Moscou seriam o flagelo mais cruel que já se abatera sobre a humanidade, depois de vários papas proclamarem da maneira mais inequívoca que o comunismo era não só o maior mal da nossa época mas um perigo praticamente ilimitado, ameaçando, segundo Pio XII, invadir, corromper e destruir “tudo o que é espiritual – filosofia, ciência, lei, educação, as artes, os meios de comunicação, a literatura, o teatro e a religião em geral”, o Concílio Vaticano II comprometeu-se oficialmente, em troca de amabilidades irrelevantes do governo soviético, a não condenar esse mal, a não dizer uma só palavra que fosse contra o comunismo. Podem procurar em todos os documentos oficiais do Concílio: não encontrarão essa palavra.
Bem, se o próprio Concílio tinha mais o que fazer em vez de prestar atenção à advertência de Nossa Senhora e combater o maior dos males presentes, por que haveria um jovem católico brasileiro de perceber o quanto é ofensivo e presunçoso achar que sua suposta “vida mística” vale mais do que tentar parar a matança de cristãos (e aliás também de não-cristãos)? O Concílio, sem dúvida, inaugurou uma nova espiritualidade: a espiritualidade dos avestruzes.
O jovem a que me referi não é exceção. Suas idéias valem muito como indícios de um estado de coisas. Elas mostram, como única alternativa aparente à falsa igreja ativíssima e entusiasta dos padres e bispos comunistas, a Igreja omissa, entorpecida, hipnotizada na contemplação vaidosa de sua própria alienação.
Que eficácia têm, nessas condições, a “devoção e contrição” de que se gaba o nosso personagem, e as de tantos outros como ele? Mateus, 5:23-24, ensina: “Se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” Será que trinta e tantos milhões de mártires não têm queixa nenhuma contra os irmãos que os ignoram em favor de “coisas mais importantes”, como os ignorou solenemente o Concílio?
P. S. – Quem quiser detalhes sobre o pacto hediondo que impôs à Igreja o silêncio quanto ao comunismo, leia Pope John’s Council, de Michael Davies (2nd. ed., Kansas City, Missouri, Angelus Press, 2008), e Las Puertas del Infierno, de Ricardo de la Cierva (Barcelona, Editorial Fénix, 1995).

quarta-feira, 25 de março de 2009

O PROJETO COMUNISTA PARA O BRASIL E A AMÉRICA LATINA

O PROJETO COMUNISTA PARA O BRASIL E A AMÉRICA LATINA
Por Taiguara Fernandes de Sousa
Há décadas os comunistas planejam a instauração de um regime ditatorial comunista no Brasil e em toda a América Latina.No dia 23 de maio de 2008, uma reunião em Brasília tornou realidade a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), através de um Tratado Constitutivo que crio uma personalidade política própria para o Bloco e, entre outras coisas, um Conselho Sul-Americano de Segurança.Este Bloco – estipulado nos moldes da União Européia como união política e econômica, com moeda única e parlamento comum – é divulgado como a última salvação econômica da América do Sul, como se o simples ingresso no mesmo fosse tornar qualquer país sul-americano desenvolvido instantaneamente.E promessas como esta atraem mentes ingênuas...A Unasul é apenas uma mal-disfarçada tentativa de implantar na América do Sul um regime ditatorial comunista, exatamente igual ao que foi feito na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a extinta URSS. Diríamos que a Unasul é tão-somente a URSS trazida para a América.E quem deseje confirmar tal coisa, basta abrir os olhos e analisar as pistas que a própria Unasul nos dá...Não por coincidência, sua bandeira carrega as cores vermelho-sangue e amarelo... exatamente as mesmas da bandeira da URSS, ainda hoje utilizadas pelo Partido Comunista.A Sede da Unasul será em Quito, Equador... o Equador do socialista Rafael Correa.O Parlamento da Unasul será em Cochabamba, Bolívia... a Bolívia hoje dominada pelos comunistas de Evo Morales.E o Banco do Sul, o centro financeiro do Bloco, por onde circulará a moeda única (que Evo Morales sugeriu chamar-se “pacha”: “terra”, em idioma quíchua...) será... em Caracas! Caracas, a capital venezuelana, do déspota totalitarista Hugo Chávez... que nunca escondeu seu desejo tão caro de estabelecer uma união das nações do Sul, como propôs Bolívar....Estas pistas revelam bem o que, realmente, é a Unasul: uma tentativa – já uma realidade política – de implantar na América Latina uma nova URSS.A diferença entre União Soviética a União das Nações Sul-Americanas é tão somente o método de implementação: a URSS foi implantada de chofre, por uma revolução violenta e anárquica; hoje, como já não se dá mais valor a estas revoluções – o mundo está cansado de revoluções que no final tornam tudo pior do que era antes – a Unasul é implantada aos poucos, gradativamente, de forma sutil, em um movimento lento, cuja intenção é desviar as atenções. E, de fato, quase ninguém está percebendo para onde estamos caminhando.No Brasil, onde a ingenuidade chega às raias da ignorância, o povo não percebe a que ponto está sendo conduzida a lenta revolução comunista do governo Lula. É incompreensível que o povo brasileiro se deixe seduzir por promessas de milagres econômicos e feche os olhos à realidade: em breve, neste caminho, o Brasil se tornará uma república socialista, de regime ditatorial!O Presidente Lula põe em postos-chave de seu governo pessoas abertamente ligadas às causas revolucionárias comunistas, com um passado terrorista e guerrilheiro envergonhável.José Genoíno, o “companheiro Zé” do Lula, sempre foi genuinamente a favor de uma revolução comunista, e nem mesmo hoje, quando o PT tenta passar uma imagem mais bonita e disfarçada de seu esquerdismo, não esconde esta sua pretensão. A Guerrilha do Araguaia, na qual ele lutou, tinha este objetivo. Felizmente foi suprimida pelo Exército Brasileiro...José Dirceu, outro “companheiro Zé”, é revolucionário comunista e guerrilheiro de carteirinha, inclusive treinado em Cuba pelos mais preparados assassinos... ops! oficiais cubanos para implantar o regime comunista no Brasil.Esta figura foi deslocada do governo Lula após o escândalo do Mensalão, mas em seu lugar foi posta criatura muito melhor, de credenciais tão ou mais aptas que as de Dirceu à condução da Revolução que o Presidente teme promover abertamente: Dilma Roussef, a “camarada de armas” de José Dirceu, como ele mesmo lhe chamava, unindo numa só expressão o tratamento soviético e o ideal comuno-guerrilheiro.Que beleza de Ministra! E agora já se fala em lançá-la à Presidência, em 2010. Deus nos livre!A Ministra Dilma “Estela” Roussef, em seus tempos de juventude, foi guerrilheira e participou ativamente das fileiras de dois grupos terroristas no país: o COLINA, Comando da Libertação Nacional, organização terrorista e subversiva; e o VAR-Palmares, a Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares, uma verdadeira FARC brasileira, a qual, como o próprio nome diz, tencionava realizar a Revolução Comunista por meio das armas e da violência. No VAR-Palmares, a Ministra usava o codinome de “Estela”. E, tomando como base as atitudes da Ministra, nada nos faz supor que tenha esquecido suas idéias revolucionárias.A Sra. Estela Roussef fez até um showzinho na CPI dos Cartões Corporativos, dizendo orgulhar-se de ter combatido a ditadura... Ora, sejamos ao menos sensato (sensatez é muito a exigir-se de um comunista): a Ministra Roussef, ou Camarada Estela, não lutou contra a ditadura militar, mas sim em prol da ditadura, só que uma outra ditadura: a comunista, cuja implantação era objetivo do COLINA e do VAR-Palmares.E isto não se aplica somente aos grupos terroristas dos quais a Ministra Estela participou, dado que é fato inegável que os comunistas que lutaram contra a ditadura militar no Brasil, lutavam, na verdade, pela implantação de um regime comunista nos moldes cubanos. Negar isso é negar o fato histórico concreto.Eis a Ministra Estela, que se quer fazer Presidente... Estela.O Lula, com seu jeitinho tímido e de “homão” nordestino, na verdade é muito inteligente: move tudo por debaixo dos panos. Uma revolução tão habilmente traçada e planejada, há tantos anos. Não uma revolução: uma conspiração contra a nação brasileira.São estes os políticos que hoje dominam o Brasil. São estes os políticos que querem implantar um regime comunista na soberana nação brasileira, suprimindo as liberdades individuais e propugnando ideais há muito demonstrados errôneos. São estes os políticos que querem enxertar na América o carcinoma da União Soviética.Seríamos capazes de prever os passos desta Revolução Comunista lenta e gradual:1º Passo: Revolução culturalAntes de semear, o terreno deve ser arado e a terra preparada. Não se pode infiltrar a ideologia na mente de alguém sem que antes seu pensamento seja direcionado a recebê-la. Mão Tse-Tung sabia disto, e foi no que se baseou para sua Revolução Cultural na China, a partir de 1966.No Brasil, a Revolução Cultural acontece: o governo estimula uma degradação de valores como nunca antes vista. Foi no governo Lula que foi aprovada a perniciosa Lei de Biossegurança, que não garante a segurança dos mais indefesos, os seres humanos em idade embrionária. E é neste governo que se quer aprovar o nefasto e animalesco crime do aborto – por iniciativa do Presidente, que convocou uma Comissão Tripartite para elaborar um Projeto de Lei a respeito, e pôs no Ministério da Saúdo um médico abortista ao extremo da obsessão.Não bastando, ainda se quer neste governo do Lula aprovar uma Lei pela qual todos os brasileiros – todos, e absolutamente todos – são obrigados a tolerar e concordar com os atos imorais e pecaminosos praticados por um homossexual, sendo-lhe proibido o direito de manifestar-se contrariamente às práticas homossexuais. E sequer pense o brasileiro em tachar de “promíscuas” as perniciosas paradas gays, pois poderá ser levado ao hospício... afinal, ainda um dia desses disse o Presidente Lula que ser contrário ao homossexualismo é a “doença mais perversa que já entrou numa cabeça humana”...Mas nada é comparado às máquinas de camisinha nas escolas públicas, pelas quais os adolescentes são expostos e estimulados ao sexo livre e irresponsável. Sexo animalesco e bizarro, na verdade.É a Revolução Cultural, que no Brasil anda a mil.2º Passo: Amizade com regimes comunistasMas para preparar o pensamento do povo ao acolhimento de um regime comunista, é necessário ainda que sejam fechados laços de amizade com regimes do tipo, para que o cidadão já tenha como parte de sua experiência de vida a convivência com tal regime.E nisto se dá a lua-de-mel de Lula e Hugo Chávez, a quem o Presidente chama de “companheiro” (que bela qualidade de “companheiro”...). A entrada da Venezuela no Mercosul, não obstante as constantes violações dos direitos humanos naquele país, se dá no mesmo contexto.É nisto que se dá, também, a tímida reação brasileira às estatizações do gás boliviano, e a maravilhosa relação fraterna entre Lula e o comunista Evo Morales.Não se pode esquecer a grande amizade deste governo com a China comunista... China na qual não há liberdade; China que assassinou e assassina milhares – ou milhões; China na qual milhares de homens são presos em verdadeiros campos de concentração e forçados a trabalhar de forma escrava nas indústrias, fabricando estes produtos baratos que atolam o mercado brasileiro (“Made in China”... ou “Made by slave work”).3º Passo: CensuraA Lei da Mordaça Gay, da qual já falamos, é um exemplo do início da censura no Brasil.A censura já acontece.Durante o julgamento do STF sobre as células-tronco embrionárias, esta censura tmou proporções absurdas: nenhuma notícia, uma sequer, foi divulgada contra as pesquisas; apenas a favor. Não deve ser coincidência que o governo fosse o maior interessado nas pesquisas com células-tronco embrionárias.Não se falou nos tumores que estas células podem causar.Não se falou dos benefícios maravilhosos que se pode obter com células-tronco adultas.Não se falou de tantas crianças que nasceram mesmo após terem sido conservadas criogenicamente por mais de uma década (desmentindo o argumento dos “embriões inviáveis”...)Por não ter provas, o autor deste artigo exime-se de acusar o governo de estar por trás da manipulação midiática de informação a respeito das células-tronco e de censurar as informações em contrário às suas intenções.Mas que uma censura larga em ação no Brasil, isto ninguém pode negar.E se os brasileiros não tomarem cuidado, ela se alastrará.4º Passo: Reforma Agrária nos moldes soviéticosUma Reforma Agrária injusta, confiscatória e completamente desprovida de sentido deverá ser realizada por iniciativa governamental. O proprietário rural terá sua terra desonestamente confiscada para ser redistribuída da forma que o governo bem desejar. Exatamente como na URSS, não se fará distinção entre proprietário rural grande ou pequeno: o proprietário rural é o inimigo, seja ele quem for.O apoio do governo Lula ao revolucionário MST, que, invadindo propriedades (com o apoio da CNBB), desrespeita os Sétimo e Décimo Mandamentos de Deus, pode ser visto como o primeiro passo rumo a este ideal...5º Passo: Perseguição à religiãoA religião é a pior inimiga do comunismo quando não se dobra perante ele. E a única capaz de não se dobrar, por sua coerência e firmeza, é o Catolicismo. Por isto, ela deve ser perseguida.Nesta primeira fase da perseguição, o Catolicismo será desacreditado junto ao povo.Isto já está acontecendo.Basta observar o episódio das células-tronco embrionárias, onde a posição contrária da Igreja não era digna de crédito, simples e estapafurdiamente rejeitada pelos opositores (que conhecem sua coerência e exatidão), tachada de obscurantista e medieval. A expressão mais utilizada no episódio das células-tronco embrionárias foi “Estado laico”, e não “embrião humano”.Agora se quer tirar, por força de lei, o título de Padroeira do Brasil de Nossa Senhora Aparecida, algo que já faz parte da piedade popular.6º Passo: Censura formalCensura decretada sobre forma de lei.7º Passo: PrisõesInimigos políticos ou pessoas contrárias ao rumo tomado pelo país deverão ser presas e caladas. Primeiro com base em acusações falsas. Depois, sem motivo.8º Passo: Decretação do Regime ComunistaSerá decretado um regime ditatorial de cunho comunista. Se dirão palavras do tipo: “Uma nova era se inicia, uma era de igualdade e justiça”... Serão prometidos milagres econômicos, justiça social, o fim da fome e da pobreza, e outras coisas materiais que encantarão a muitos.9º Passo: UnasulUma nova URSS.10º Passo: Extinção aberta da religiãoA religião, em especial a católica, será perseguida de forma bizarra. O ódio comunista à religião fará muitas vítimas. Como na URSS e na China, o objetivo será claro: eliminar a religião até os seus fundamentos. Igrejas fechadas, católicos presos e assassinados. Verdadeiro “Holocausto Católico”, de feições demoníacas.Cada um destes passos já está em andamento. Deus nos livre que todos eles sejam dados!Podemos parecer pessimistas ou chocantes demais ao denunciarmos estes dez passos. Mas nada fazemos a não ser olhar para o passado e dele tirar lições para o presente: exatamente o que aconteceu na URSS, na China e na Guerra Civil Espanhola pode acontecer no Brasil. Não queremos ser sensacionalistas, mas é chegada a hora de o brasileiro deixar de lado a ingenuidade e ver a realidade de forma nua e crua, como ela é de fato.Seria ingênuo considerar que tudo ocorrerá durante este governo.Não.Este governo é o início de um antigo sonho comunista.Uma sucessão de governos deste tipo e logo teremos uma ditadura comunista no Brasil.Um futuro governo da Ministra Dilma “Estela” Roussef piorará as coisas.Cabe ao povo brasileiro não permitir tal coisa.Cabe ao Brasil reafirmar sua soberania perante este crápulas terroristas e mascarados, discípulos de Stálin, Mao e Fidel.O povo brasileiro não pode cruzar os braços diante da ofensiva comunista nesta nação.Se este povo não lutar contra esta ofensiva, o Brasil será deixado num berço de serpentes.E estas serpentes o envenenarão, com conseqüências trágicas para a nação.Levanta-te, brava gente brasileira!
Taiguara Fernandes de Sousa.

domingo, 8 de março de 2009

PRINCÍPIO DIVINO
3a Edição - 1994
Reverendo SUN MYUNG MOON
Introdução Geral
Todos, sem exceção, estão lutando para alcançar a felicidade. O primeiro passo para atingir esta meta é superar a presente infelicidade. Desde pequenos assuntos individuais até os acontecimentos globais que fazem história, tudo são expressões das vidas humanas, em sua luta para alcançar a felicidade. Como, então, poderá a felicidade ser alcançada?
Toda pessoa se sente feliz quando seu desejo é satisfeito. A palavra “desejo”, porém, é apta a ser mal interpretada. A razão disto é que todos estão agora vivendo em circunstâncias que podem levar o desejo para a direção do mal, em vez da direção do bem. O “desejo” que resulta em iniqüidade não vem da “mente original do homem”, isto é, o seu ser íntimo, que se deleita na lei de Deus. O caminho da felicidade é alcançado quando a pessoa supera o desejo que leva para o mal e segue o desejo que procura o bem. A mente original do homem sabe que o desejo mau levará somente para a infelicidade e o infortúnio. Assim é a realidade da vida humana; o homem está tateando nas trevas da morte, procurando a luz da vida.
Por acaso já houve algum homem que, seguindo o caminho do desejo mau, tivesse conseguido encontrar a felicidade, em que sua mente original pudesse se deleitar? A resposta é “não”. Sempre que o homem atinge o objeto de seus maus desejos, sente a agonia de uma consciência ferida. Existem, porventura, pais que ensinem seus filhos a fazer o mal, ou professores que instruam seus estudantes a seguir o caminho da iniqüidade? Mais uma vez, a resposta deve ser “não”. É da natureza da mente original do homem odiar o mal e exaltar o bem.
Nas vidas de homens religiosos podem-se observar muitas tensas e implacáveis lutas para atingir o bem, seguindo apenas o desejo da mente original. Contudo, desde o começo dos tempos, nenhum homem jamais conseguiu seguir completamente sua mente original. Por esse motivo, a Bíblia diz: “Não há um justo, nenhum sequer; não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus” (Rm 3.10-11).
O Apóstolo Paulo, que teve de enfrentar tal maldade do coração, diz em lamentação: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus, mas vejo em meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está em meus membros. Miserável homem que eu sou” (Rm 7. 22-24).
Existe uma grande contradição no homem. Dentro do mesmo indivíduo o poder da mente original, que deseja o bem, está em violenta guerra contra o poder da mente má, que deseja o mal. Toda vida, toda matéria, estão fadadas à destruição, enquanto contiver tal contradição. Todos os homens que tiverem tal contradição dentro de si mesmos, estão vivendo à beira da destruição.
Será possível que o homem tenha sido criado com tal contradição? A resposta mais uma vez é “não”. Nada na criação poderia ter sido criado com tal contradição inerente. Portanto, a contradição deve ter-se desenvolvido no homem depois da criação. No Cristianismo, esse desenvolvimento tem o nome de “Queda do Homem”.
Devido à “Queda” o homem sempre se encontra à beira da destruição. Por isso ele faz esforços desesperados para remover a contradição, seguindo o bom desejo de sua mente original e repelindo o mau desejo de sua mente má.
Para a tristeza da humanidade, a resposta última à questão do bem e do mal ainda não foi atingida. Com respeito às doutrinas de teísmo e ateísmo; se uma for julgada boa, a outra deverá ser má. No entanto ainda não conseguimos uma teoria absoluta com respeito à questão do bem e do mal. Além disto, muitas pessoas continuam em total ignorância a respeito de respostas a muitas questões fundamentais, tais como: o que é a mente original, a fonte do bom desejo? Qual foi a origem da mente má, que causou o desejo mau? Ou, o que foi a causa fundamental da queda, que possibilitou ao homem conter tal contradição? Antes de poder levar uma vida boa, seguindo o desejo bom da mente original e repelindo o desejo mau, é necessário superar a ignorância e saber distinguir entre o bem e o mal.
Observada do ponto de vista do conhecimento, a queda humana significa a descida do homem à escuridão da ignorância. Já que o homem contém dois aspectos, o interno e o externo ou o espiritual e o físico, há também dois tipos de conhecimento, interno e externo e dois tipos de ignorância, interna e externa.
Ignorância interna, no sentido religioso, significa ignorância espiritual; isto é, a ignorância das respostas de questões tais como: Qual é a origem do homem? Qual é a finalidade de sua vida? Será que Deus e o mundo futuro existem? Que são o bem e o mal?
Ignorância externa é a ignorância da realidade física; isto é, a ignorância com respeito ao mundo natural, que inclui o corpo humano; como também a ignorância de questões tais como: Qual é a base do mundo material? De acordo com quais leis naturais ocorrem todos os fenômenos físicos?
Desde os primórdios da história até o presente, os homens, constante e assiduamente, têm procurado a verdade, com a qual possam superar esta ignorância e restaurar a luz do conhecimento. O homem tem lutado para descobrir a verdade interna através do caminho da religião. A ciência tem sido a trilha seguida para a descoberta da verdade externa.
A religião e a ciência têm sido métodos de procurar os dois aspectos da verdade, a fim de superar os dois aspectos da ignorância e restaurar os dois aspectos do conhecimento. O dia há de chegar quando a religião e a ciência hão de caminhar em um só caminho, para que o homem possa desfrutar da felicidade eterna, completamente liberto da ignorância, dirigindo-se para o bem, que a mente original deseja. Então haverá de vir a compreensão mútua entre os dois aspectos da verdade, o interno e o externo.
O homem tem se aproximado de uma solução para as questões fundamentais da vida, seguindo dois cursos diferentes. O primeiro curso é procurar a solução dentro do mundo material. Aqueles que seguem esta rota, pensando ser uma trilha sublime, rendem-se à ciência, orgulhando-se de sua onipotência e procuram a felicidade material. Contudo, será que o homem pode desfrutar da felicidade total se ele limita sua busca às condições materiais externas centralizadas no corpo físico? É possível à ciência criar um ambiente social agradável, no qual o homem possa desfrutar de máxima riqueza, mas poderia tal ambiente satisfazer os desejos espirituais do homem interior?
As alegrias passageiras do homem que se deleita nos prazeres da carne não são nada, quando comparadas com a felicidade experimentada por um homem que se devota a Deus. Não foi somente o Gautama Buda que, deixando a glória do palácio real, tomou a longa jornada da vida à procura do caminho. Sua meta era o lar perdido do homem; o seu estado antes da queda, o seu domicílio permanente, embora não soubesse onde encontrá-lo. Assim como o homem é completo e sadio quando a sua mente está em harmonia com seu corpo, assim também acontece com a alegria. A alegria do corpo torna-se completa e sadia, quando está em harmonia com a alegria da mente.
Qual é o destino da ciência? Até agora, o objetivo da pesquisa científica não incluía o mundo interno da causa, mas somente o mundo externo do efeito; não o mundo da essência, mas somente o mundo dos fenômenos. Hoje a ciência está entrando numa dimensão mais alta; não se preocupa somente com o mundo externo do efeito ou dos fenômenos, mas começa a examinar também o mundo interno da causa e da essência. Aqueles que tomaram a trilha da ciência estão agora chegando à conclusão de que sem a verdade relativa ao mundo espiritual da causa, isto é, a verdade interna, o homem não pode atingir a finalidade última da ciência, isto é, a descoberta da verdade externa, que pertence ao mundo externo do efeito.
O marinheiro que se puser a viajar no mar do mundo material, levado pelo barco da ciência à procura dos prazeres da carne, talvez encontre o litoral do seu ideal, mas logo descobrirá que aquilo nada mais é do que um cemitério preparado para sua carne. Mas quando o marinheiro, depois de ter completado sua viagem à procura da verdade externa no barco da ciência, vier a encontrar a rota marítima da verdade interna, no barco da religião, ele será capaz de terminar a sua viagem no mundo ideal, que é a meta do desejo da mente original.
O segundo curso do esforço humano tem sido na direção da solução das questões fundamentais da vida no mundo essencial da “causa”. A filosofia e a religião, que percorreram esse caminho, fizeram contribuições substanciais. Por outro lado, tanto a filosofia como a religião se encontram sobrecarregadas de muitos fardos espirituais. Em sua própria época, os filósofos e santos do passado foram pioneiros na abertura do caminho da vida, mas suas realizações freqüentemente resultaram no acréscimo de outros fardos sobre o povo da época atual.
Consideremos este assunto objetivamente. Será que já existiu um filósofo que tenha sido capaz de pôr fim ao sofrimento humano? Existiu alguma vez um santo que nos tivesse mostrado claramente o caminho da vida? Os princípios e as ideologias até agora apresentados à humanidade deram origem ao ceticismo, criaram muitos temas que devem ser desemaranhados e numerosos problemas que devem ser resolvidos. As luzes renovadoras, com as quais todas as religiões iluminaram suas respectivas idades, desapareceram com o decair de sua idade, deixando apenas pavios de faíscas enfraquecidas, brilhando tenuemente nas trevas que se aproximam.
Estudemos a história do Cristianismo. Por quase 2000 anos o Cristianismo cresceu, professou a salvação da humanidade e estabeleceu um domínio mundial. Mas, o que é do espírito cristão que projetou uma luz de vida tão brilhante que, mesmo nos dias da perseguição sob o Império Romano, levou os romanos a ajoelharem-se perante Jesus crucificado? A sociedade feudal medieval enterrou o Cristianismo vivo. Contudo, mesmo em seu túmulo, a tocha da reforma religiosa cristã brilhou de novo sobre as trevas ameaçadoras daquela idade. Não lhe foi possível, porém, virar a maré daqueles dias obscuros.
Quando o amor eclesiástico expirou, quando o desejo agitado da riqueza material varreu a sociedade da Europa e incontáveis milhões de pessoas das massas esfomeadas gritavam amargamente nas favelas industriais, a promessa de salvação veio, não do Céu, mas da terra. Seu nome era Comunismo. O Cristianismo, embora professasse o amor a Deus, transformou-se no corpo sem vida do clero arrastando chavões vazios. Era, pois, natural que uma bandeira de revolta fosse levantada contra um Deus aparentemente impiedoso. A sociedade cristã tornou-se o foco do materialismo. Extraindo adubo deste solo, o comunismo, a ideologia mais materialista de todas, cresceu rápida e desenfreadamente.
O Cristianismo perdeu a capacidade de superar a prática do comunismo e não foi capaz de apresentar uma verdade que pudesse sobrepujar a teoria comunista. Os cristãos observam o comunismo crescer dentro de seu próprio meio, expandindo o seu domínio sobre o mundo todo. Os cristãos, que ensinam e crêem que todos os homens são descendentes dos mesmos pais, não gostam de sentar-se com irmãos e irmãs com pele de cor diferente. Este é um exemplo representativo do Cristianismo de hoje, que é destituído da força vital para praticar a palavra de Cristo.
Virá, talvez, o dia em que tais tragédias sociais terminarão, mas existe um vício social que está além do controle de muitos homens e mulheres do dia de hoje: o adultério. A doutrina cristã afirma que este é o maior de todos os pecados. Que tragédia não poder a sociedade cristã de hoje bloquear este caminho de degradação para o qual tantas pessoas correm cegamente.
O que esta realidade representa para nós é que o Cristianismo de hoje está em estado de confusão, dividido pela túrbida maré da presente geração, incapaz de fazer coisa alguma pelas vidas das pessoas que foram atraídas pela fúria do redemoinho da imoralidade de hoje. Será, porventura, o Cristianismo incapaz de alcançar a promessa divina da salvação para a era atual da humanidade? Qual poderia ser o motivo por que até agora os homens de religião têm sido incapazes de realizar suas missões, mesmo tendo lutado com empenho e devotamento, em busca da verdade interna?
O relacionamento entre o mundo essencial e o mundo fenomenal é semelhante ao que existe entre a mente e o corpo. É o relacionamento entre a causa e o efeito, interno e externo, sujeito e objeto. Assim como o homem pode atingir a perfeita personalidade somente quando sua mente e seu corpo estiverem harmonizados em perfeita unidade, assim também o mundo ideal poderá ser realizado somente quando os dois mundos, o da essência e o dos fenômenos, estiverem juntos em perfeita unidade.
Como acontece no relacionamento entre a mente e o corpo, assim também não pode haver mundo fenomenal separado do mundo essencial, nem pode haver mundo essencial separado do mundo fenomenal. Do mesmo modo, não pode haver um mundo espiritual separado do mundo físico, nem pode haver felicidade espiritual separada da felicidade física. A religião até agora tem colocado pouca ênfase no valor da realidade diária; tem negado o valor da felicidade física a fim de enfatizar a consecução da alegria espiritual. Mesmo fazendo extremos esforços, o homem não pode cortar-se da realidade, nem aniquilar o desejo de ter a felicidade física que, como uma sombra, sempre o segue. Na realidade, o desejo de ter felicidade física, persistentemente se apodera dos homens de religião, conduzindo-os aos vales da agonia. Tais contradições existem mesmo na vida dos líderes espirituais. Muitos líderes espirituais tiveram um triste fim, dilacerados por tais contradições. Aqui está a principal causa da fraqueza e inatividade da religião de hoje: a fraqueza se encontra na contradição, que ainda não foi superada.
Também outro motivo tem conduzido a religião ao declínio fatal; o homem moderno, cuja inteligência está muito desenvolvida, exige provas científicas para todas as coisas. A doutrina religiosa, porém, que permanece inalterada, não interpreta as coisas cientificamente, isto é, a interpretação da verdade interna pelo homem (religião) e sua interpretação da verdade externa (ciência) não estão em acordo entre si.
A finalidade máxima da religião só pode ser realizada, primeiro, crendo na verdade, depois, praticando-a. Contudo, hoje não pode haver verdadeira crença sem conhecimento e compreensão. Nós estudamos a Bíblia para confirmar nossa crença através do conhecimento da verdade. A realização de milagres por Jesus e a revelação de sinais eram para levar o povo a sa-ber que ele era o Messias, tornando possível que eles cressem nele. O conhecimento vem da cognição e, hoje, o homem não pode ter cognição de coisa alguma, que não tenha lógica e nem prova científica. Para compreender alguma coisa, primeiro deve haver cognição. Assim, a verdade interna também requer prova lógica. A religião tem caminhado, através do longo percurso da história, para uma idade na qual ela deve ser explicada cientificamente.
A religião e a ciência começaram com as respectivas missões de eliminar os dois aspectos da ignorância humana. Em seus cursos, estas duas áreas de pensamento e investigação têm-se encontrado em um conflito aparentemente irreconciliável. Para que o homem possa atingir a boa finalidade do desejo da mente original, deve vir uma época em que uma nova expressão da verdade venha a existir, tornando a humanidade capaz de unir estes dois assuntos sob um só tema unificado. Estas duas matérias são a religião, que tem se aproximado da ciência, e a ciência, que está cada vez mais perto da religião.
Talvez desagrade a crentes religiosos, especialmente aos cristãos, aprenderem que deve surgir uma nova expressão da verdade. Acreditam que a Bíblia que agora têm é perfeita e absoluta em si mesma. A verdade, logicamente, é única, eterna, imutável e absoluta. A Bíblia, porém, não é a própria verdade, senão um livro de textos que ensina a verdade. Naturalmente, a qualidade do ensinamento, o método e a amplitude da verdade dada, devem variar de acordo com cada idade, pois a verdade é dada a povos de épocas diferentes, cujos níveis espirituais e intelectuais são diferentes. Portanto, não devemos considerar um livro de textos como absoluto em todos os detalhes (cf. Parte I, Capítulo III, Seção V).
A religião veio a existir como um meio de realizar a finalidade do bem, seguindo o caminho de Deus, de acordo com a intenção da mente original. A necessidade de variadas espécies de conhecimentos obrigou a aparição de várias religiões. As escrituras das diferentes religiões variaram de acordo com a missão da religião, com o povo que as recebeu e com a idade em que vieram. A escritura pode ser comparada a uma lâmpada que ilumina a verdade. Sua missão é espalhar a luz da verdade. Quando uma luz mais brilhante aparece, extingue-se a missão da antiga. Todas as religiões de hoje falharam em conduzir a presente geração do vale escuro da morte para o brilho da vida, de forma que deve agora surgir uma nova verdade, que possa espalhar nova luz.
Muitas passagens da Bíblia dizem que novas palavras de verdade serão dadas à humanidade nos “Últimos Dias”.
Qual será a missão da Nova Verdade? Sua missão será apresentar sob um só tema unificado, a verdade interna, que a religião tem buscado, e a verdade externa, procurada pela ciência. Deve também procurar superar tanto a ignorância interna como a externa do homem e oferecer-lhe o conhecimento interno e externo. Deve eliminar a contradição interna do homem, que é receptivo tanto ao bem como ao mal, ajudando o homem decaído a resistir ao caminho do mal e a alcançar a finalidade do bem. Para o homem decaído, o conhecimento é a luz da vida e tem a força da revivificação; a ignorância é a sombra da morte e a causa da ruína. Nenhum sentimento ou emoção pode ser derivado da ignorância; nenhum ato de vontade pode surgir da ignorância. Por isso, quando o conhecimento, a emoção e a vontade não funcionam devidamente no homem, não vale mais a pena vi-ver.
Já que o homem foi criado para ser incapaz de viver separado de Deus, como a vida deve ser infeliz, quando ele se encontra na ignorância sobre Deus! Contudo, será que o homem pode conhecer a Deus claramente, mesmo que diligentemente consulte a Bíblia? Além disso, como poderá o homem vir a conhecer o coração de Deus? A Nova Verdade deve ser capaz de nos informar sobre Deus como uma realidade. Deve também ser capaz de revelar Seu coração e sentimento de alegria por ocasião da criação, Seu coração partido e sentimento de dor, ao lutar para salvar o homem decaído, que se rebela contra Ele.
A história humana, tecida com vidas de homens que se inclinam tanto para o bem como para o mal, está repleta de narrativas de lutas. Estas lutas têm sido batalhas externas com respeito a propriedade, terras e homens. Hoje, porém, a luta externa está diminuindo. Povos de nações diferentes vivem juntos sem racismo. Lutam pela realização de um governo mundial. Os vencedores das guerras procuram libertar suas colônias, dando a elas direitos iguais aos direitos dos grandes poderes. Relações internacionais, anteriormente hostis e discordantes, são harmonizadas em torno de problemas econômicos semelhantes, ao moverem-se as nações para a formação de sistemas de mercado comum em todo o mundo. Enquanto isso, a cultura está livremente circulando; o isolamento das nações está sendo superado e a distância cultural entre o Oriente e o Ocidente está sendo interligada.
Resta, portanto, uma guerra final diante de nós, ou seja, a guerra entre as ideologias da Democracia e do Comunismo. Estas ideologias em conflito interno estão agora em preparação para outra guerra externa, estando ambos os lados equipados com armas terríveis. As preparações externas são, na realidade, para a luta de uma guerra interna (espiritual) final e decisiva. Quem haverá de triunfar? Todo aquele que acredita na realidade de Deus responderá: a Democracia. Contudo, a democracia de hoje não está equipada com uma teoria ou prática que seja suficientemente poderosa para conquistar o Comunismo. Por isso, para que a providência da salvação de Deus seja completamente realizada, a Nova Verdade deve levar toda a humanidade a um novo mundo de bem absoluto, através da elevação do espiritualismo defendido no mundo democrático a uma nova e mais alta dimensão, finalmente até mesmo assimilando o materialismo. Desta maneira, a verdade deve ser capaz de unir, em um só caminho absoluto, todas as religiões existentes, como também todos os “ismos” e idéias que existiram desde o início da história humana.
Algumas pessoas, de fato, se recusam mesmo a acreditar na religião. Não acreditam porque não conhecem a realidade de Deus e do mundo futuro. Contudo, mesmo que usem toda sua força para negar a realidade espiritual, é da natureza do homem aceitar e crer naquilo que é provado de maneira científica. É também uma manifestação da natureza inerente do homem sentir-se vazio, fútil e apreensivo consigo mesmo, se tiver colocado a finalidade máxima de sua vida no mundo externo das coisas diárias. Quando uma pessoa passa a conhecer Deus através da Nova Verdade, compreende a realidade espiritual e percebe que a finalidade fundamental da vida deve ser colocada não no mundo externo da matéria, mas no mundo interno do espírito. Todos os que estão percorrendo este caminho único haverão de encontrar-se um dia como irmãos e irmãs.
Já que toda a humanidade deverá encontrar-se desta maneira, como irmãos e irmãs, num destino único por meio desta Verdade única, como seria o mundo fundado sobre esta base? Seria o mundo em que toda a humanidade teria formado uma só grande família sob Deus. A finalidade da verdade é buscar e alcançar o bem, e a origem do bem é o próprio Deus. Por isso, o mundo realizado através desta verdade seria o mundo em que toda a humanidade viveria em maravilhoso amor fraterno sob Deus como nosso Pai. Quando o homem perceber que, ao fazer de seu próximo uma vítima para seu próprio benefício, o sofrimento que lhe advém do remorso da consciência é maior do que as vantagens que obtém de seu ganho injusto, descobrirá que lhe será impossível prejudicar seu próximo. Por isso, quando o verdadeiro amor fraterno aparecer no fundo do coração do homem, ele não poderá fazer nada que venha a causar sofrimento a seu próximo. Como isto se aplicaria mais ainda a homens que vivessem em uma sociedade, na qual tivessem experiência do sentimento real de que Deus é seu Pai, transcendente de tempo e espaço, que observa todas as suas ações, e que este Pai quer que nós nos amemos uns aos outros a cada momento? O novo mundo, que será estabelecido pela nova verdade, introduzirá uma nova idade em que a história pecaminosa da humanidade será liqüidada. Deverá ser um mundo no qual pecado algum jamais poderá existir. Na história humana até agora, mesmo os que acreditavam em Deus cometeram pecados. Sua fé em Deus tem sido na forma de conceito, em vez de ser na forma de uma experiência viva. Se o homem sentisse a presença de Deus e conhecesse a lei celeste de que os pecadores são mandados para o inferno, quem então ousaria cometer pecado?
O mundo sem pecado poderia ser chamado de “Reino do Céu”, mundo este que todos os homens decaídos há muito têm buscado. Sendo este mundo estabelecido como realidade na Terra, poderá ser chamado de “O Reino de Deus na Terra”.
Podemos assim chegar à conclusão de que a finalidade máxima da providência da salvação de Deus é estabelecer o Reino de Deus na Terra. Já ficou claro, da exposição anterior, que o homem caiu da graça e que a queda humana veio depois da criação do homem. Do ponto de vista da realidade de Deus, a resposta à questão sobre que tipo de mundo Deus originalmente desejava na criação, torna-se evidente (cf. Parte I, Capítulo III). Podemos aqui dizer, contudo, que este mundo é o Reino de Deus na Terra, no qual a finalidade da criação de Deus é realizada.
Por causa da queda, porém, a humanidade não tem sido capaz de realizar este mundo. Ao invés, o homem produziu o mundo do pecado e caiu na ignorância. Por isso, o homem decaído tem lutado incessantemente para restaurar o Reino de Deus na Terra, o qual Deus originalmente desejava. Ele tem feito isto, superando a ignorância interna e externa, para buscar o bem máximo, no decurso de todos os períodos da história humana. A história da humanidade, portanto, é a história da Providência de Deus, na qual Ele pretende restaurar o mundo em que a finalidade de Sua criação é realizada. Para restaurar o homem decaído de volta ao seu devido estado original, a nova verdade deve ser capaz de revelar a ele o seu destino final no curso da restauração, ensinando-lhe a finalidade original da criação, para a qual Deus criou o homem e o universo. Muitas questões devem, pois, ser respondidas.
Será que o homem caiu pelo ato de comer o fruto da Árvore da Ciência do Bem e do Mal, como diz a Bíblia literalmente? Se assim não foi, qual é a causa da queda humana? Como poderia o Deus de perfeição e beleza criar o homem com a possibilidade de cair? Por que razão Deus não pôde impedir que o homem viesse a cair, já que Ele, sendo onipotente e onisciente, devia saber que a queda viria a acontecer? Por que Deus não pôde salvar o homem pecaminoso em um só instante, sendo Ele todo-poderoso? Estas e muitas outras questões têm desassossegado a mente dos profundos pensadores e devem ser resolvidas pela Nova Verdade.
Quando se observa a natureza científica do mundo pode-se concluir que Deus, o criador, é a própria origem da ciência. Já que a história humana é a providência de Deus para restaurar o mundo à sua finalidade original da criação, deve ser verdade que Deus, o mestre de todas as leis, tem dirigido a história providencial com um plano e uma ordem. Por isso, é nossa tarefa urgentíssima descobrir como foi que a história pecaminosa da humanidade começou, que tipo de curso ela deve seguir, de que maneira será concluída, e a que tipo de mundo a Providência finalmente conduzirá a humanidade. A Nova Verdade, pois, deve ser capaz de resolver todas as questões da vida. Com o esclarecimento de todas estas questões, a realidade de Deus, como um ser absoluto que planeja e guia a história, não pode ser negada. Quando a verdade for conhecida, todos virão a compreender que os acontecimentos históricos que o homem viu e experimentou são as reflexões do coração de Deus, lutando para salvar o homem decaído.
Além disto, a Nova Verdade deve ser capaz de estudar claramente todos os difíceis problemas do Cristianismo, porque o Cristianismo tem um papel importante na formação da esfera cultural mundial. As pessoas intelectuais não podem satisfazer-se apenas ouvindo que Jesus Cristo é o filho de Deus e o Salvador da humanidade. Muitas controvérsias surgiram nos círculos teológicos no sentido de entender o significado mais profundo das doutrinas cristãs. Assim, a Nova Verdade deve ser capaz de esclarecer o relacionamento entre Deus, Jesus e o homem, à vista do princípio da criação. Além disso, as difíceis questões da Trindade devem ser esclarecidas. A questão sobre o motivo por que a salvação da humanidade por Deus foi possível apenas através da crucifixão de Seu filho, deve ser respondida. Quando vemos que nenhum pai pode jamais gerar um filho sem pecado, com direito ao Reino do Céu, sem redenção por um salvador, não é isto boa prova de que os pais ainda transmitem o pecado original a seus filhos, mesmo depois de seu próprio renascimento em Cristo? Esta investigação conduz a mais uma pergunta: até que ponto houve redenção pela cruz?
Tem sido vasto o número de cristãos, durante os 2000 anos de história cristã, que tinham plena confiança de terem sido completamente salvos pelo sangue da crucifixão de Jesus. No entanto, na realidade, nenhum indivíduo, lar ou sociedade foi estabelecido sem pecado. Na verdade, o espírito cristão tem estado na trilha do declínio dia após dia. Por isso, restam muitos problemas difíceis, conduzindo a uma contradição central entre a atual rea-lidade do Cristianismo e a crença da redenção completa pelo resgate da cruz. A Nova Verdade que buscamos deve explicar todas estas questões clara e completamente. Há mais questões como: por que Cristo virá de novo? Quando, onde e como virá? De que maneira a ressurreição dos homens decaídos será realizada? Qual é o sentido das profecias bíblicas que dizem que o céu e a terra serão destruídos por fogo e outras calamidades naturais? A Nova Verdade deve fornecer a chave de todos estes difíceis mistérios bíblicos, que estão escritos em parábolas e símbolos e deve fazer isto em linguagem clara, de modo que cada um possa entender, como Jesus disse em João 16.25.
Mediante estas respostas e somente mediante verdades claras, todas as denominações serão unidas, à medida que as divisões causadas por diferentes interpretações das passagens bíblicas forem eliminadas.
Esta Nova Verdade, máxima e final, porém, não pode vir nem da pesquisa sintética das escrituras ou da literatura, feita por algum homem, nem de cérebro humano algum. Como diz a Bíblia: “Urge que ainda profetizes de novo a numerosas nações, povos, línguas e reis” (Ap 10.11). Esta Nova Verdade deve aparecer como uma revelação do próprio Deus. Esta Nova Verdade já apareceu!
Com a plenitude do tempo, Deus enviou Seu mensageiro para resolver as questões fundamentais da vida e do universo. Seu nome é Sun Myung Moon. Por muitas décadas ele vagou em um vasto mundo espiritual à procura da verdade última. Neste caminho ele suportou sofrimentos ainda não imaginados por pessoa alguma na história humana. Somente Deus se lembrará disto. Sabendo que ninguém pode encontrar a verdade última para salvar a humanidade sem passar pelas mais amargas provas, ele lutou sozinho contra uma multidão de forças satânicas, tanto no mundo espiritual como no mundo físico e, finalmente, triunfou sobre todas elas. Desta maneira ele entrou em contato com muitos santos no paraíso e com Jesus, revelando assim todos os segredos celestes, mediante sua comunhão com Deus.
O Princípio Divino revelado neste Iivro é apenas parte desta Nova Verdade. Nós registramos aqui o que os discípulos de Sun Myung Moon até agora ouviram e testemunharam. Nós acreditamos com alegre expectativa que, com o passar do tempo, partes mais profundas da verdade serão continuamente reveladas. É nossa oração mais sincera, que a luz da verdade rapidamente encha toda a Terra.