Mato Grosso do Sul por Denis Lerrer Rosenfield Fonte: O Estado de São Paulo Amigos do Brasil: MATO GROSSO DO SUL pede socorro. Querem nos transformar numa grande aldeia indígena. A FUNAI quer fazer uma demarcação que atingiria aproximadamente 26 municipios. Somente as áreas mais produtivas do Estado. Nada contra a população indígena que aqui vive, nossos irmãos. O que ocorre é que não se trata de preservar os interesses das minorias indigenas e sim dos interesses das minorias corruptas e safadas que impregnam o nosso país. Existe muito dinheiro envolvido. Dinheiro de Ong's internacionais. Será que eles estão preocupadas com os indios? Claro que não. Aqui temos a maior reserva de agua doce do planeta. Estamos em pleno desenvolvimento agrícola e somos o celeiro do Brasil. Fazemos frente em produção agrícola para os maiores produtores de soja do mundo (EUA por exemplo). A população do Estado está se mobilizando, precisamos do apoio do restante do país. Por favor leiam a declaração abaixo e vocês irão entender o que existe por trás desta 'boa intenção'. Esta matéria, publicada no jornal Estado de São Paulo, também os ajudará a entender o nosso dilema. Parece não haver mais limites para a ação da Funai de demarcação de terras indígenas, como se o País fosse um imenso território virgem suscetível de qualquer reconfiguração territorial. Um Estado federativo passaria a reger-se por portarias e atos administrativos do Poder Executivo que criariam 'nações' que, doravante, conviveriam com 'outros Estados'. Não estaria longe o dia em que essas 'nações' passariam a tratar a 'nação brasileira' em pé de igualdade, solicitando, inclusive, reconhecimento internacional e autonomia política.
Em 14 de julho deste ano, a Funai editou seis portarias visando à demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul. As portarias abrangem 26 municípios e dizem respeito a uma área potencial total de 12 milhões de hectares, correspondendo aproximadamente a um terço do território estadual. Em sua redação, as portarias não visam especificamente a uma propriedade ou área determinada, mas têm abrangência tal que qualquer propriedade poderia vir a ser atingida. Há uma ameaça real que paira sobre toda essa região, criando uma insegurança jurídica prejudicial aos produtores, aos trabalhadores, aos investimentos e à própria autonomia do Estado de Mato Grosso do Sul. Observe-se que se trata de uma área extremamente fértil, povoada, rica em recursos, com produtores lá instalados há décadas, com títulos de propriedade e uma situação perfeitamente estabelecida. De repente, o que se considerava uma situação estável, segura, se vê subitamente em perigo graças a atos administrativos da Funai, que passa a considerar esse Estado como um molde aguardando uma nova forma, imposta de fora. Ressalte-se que uma portaria, que é um ato do Poder Executivo, passa a legislar sobre o direito de propriedade e o pacto federativo, sem que o Poder Legislativo interfira minimamente nesse processo. Um funcionário de terceiro escalão passa a valer mais do que um deputado, um senador e, mesmo, um governador de Estado. Há, evidentemente, uma anomalia em questão. Imagine-se um Estado que pode ser repentinamente amputado de um terço de seu território, o qual passaria à legislação federal indígena graças a portarias e estudos ditos antropológicos. O poder concentrado nessas poucas mãos é francamente exorbitante. Não se trata de uma questão pontual, relativa, por exemplo, a uma aldeia indígena em particular, mas de uma questão que envolve um conjunto macro, que atinge fortemente o direito de propriedade, base de uma sociedade livre, e a configuração territorial de um ente federativo.
Da forma como as portarias foram publicadas, elas podem acarretar uma demarcação que produziria, entre outras conseqüências, desemprego para os trabalhadores dessa região, a anulação de títulos de propriedade, a perda de arrecadação tributária, a retração de investimentos, a desvalorização das terras legitimamente adquiridas e uma completa desorganização territorial. Pense-se num novo investimento que estaria por vir para esse Estado e, por analogia, para qualquer outro ente federativo. Poderiam os investidores aplicar os seus recursos em propriedades que estão sob litígio judicial? É a mesma situação de um cidadão que estaria pronto para comprar um apartamento. Colocaria os seus recursos num imóvel que fosse objeto de disputa judicial? Certamente preferiria comprar um outro imóvel que lhe desse segurança jurídica. Se, porventura, ainda decidisse fazer o negócio, exigira um preço menor pelo risco corrido, com perda para o vendedor, que veria o valor do seu bem esvair-se de suas mãos. O paradoxal é que a Funai diz fazer 'justiça' e o 'faz' com os recursos alheios! Não se repara uma 'injustiça' criando outra! Engana-se quem pensa que se trata de uma questão que afeta somente os produtores rurais. Trata-se de uma questão muito mais ampla, que concerne a todos os cidadãos sul-mato-grossenses e, através destes, os cidadãos brasileiros em geral. Na recente demarcação da Raposa Serra do Sol, em Roraima, o problema estava localizado numa distante região do País, como se outras regiões e outros Estados não estivessem implicados. Ora, estamos vendo que o longínquo se torna próximo e o particular se torna de interesse geral. A Constituição brasileira, nos artigos relativos às terras indígenas, estabelece claramente que se trata de terras que os índios 'tradicionalmente ocupam', sendo o verbo conjugado no presente. Ele não está conjugado no passado, como se o que estivesse em questão fossem terras que fariam ancestralmente parte de tribos que teriam vivido em tal território.
No entanto, há hoje uma tendência antropológica e política de fazer outra leitura, claramente inconstitucional, como se uma portaria e um estudo antropológico valessem mais do que a Constituição. Assim, passam à identificação de um processo de demarcação conjugado no passado, para o qual qualquer 'prova' passa a valer, apagando toda a História brasileira. Hipoteticamente, consideremos, porém, que esse argumento antropológico-político tivesse validade e se aplicasse a qualquer porção do território nacional. Quais foram as primeiras cidades a que chegaram os portugueses? Salvador e Rio de Janeiro. É de todos conhecido, por relatos históricos e quadros, que se tratava de regiões tradicionalmente ocupadas por indígenas. Se fôssemos seguir esse argumento à risca, chegaríamos à conclusão de que estamos diante de terras indígenas, que deveriam ser demarcadas. Até poderíamos dizer que as provas seriam mais contundentes do que aquelas relativas à região sul do Estado de Mato Grosso do Sul. O que pensa a Funai fazer? Expropriar essas cidades? O que faria com as suas populações, seus empregos, suas propriedades, suas escolas, seus hospitais, seus postos de saúde, suas ruas e seus parques? Criaria ela uma 'nova nação' nesses territórios 'liberados'? Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS.Fonte: O Estado de São Paulo
divulgação Mato Grosso do Sul por Denis Lerrer Rosenfield
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
sábado, 9 de agosto de 2008
Governo mundial: realidade ou mito?
O Governo Mundial não é uma ameaça: é uma realidade; já está instalado e em pleno funcionamento. O que ocorre é que quem está submerso no processo não percebe, tal como Maria Antonieta que, ao mandar o povo comer brioches já estava quase sem cabeça e não sabia de nada! Quem tem autoridade moral – e logo, logo, militar – sobre todo o mundo hoje em dia? Quem dita as normas de conduta ética? Quem tem o poder de guerra e de paz? Não é a Organização das Nações Unidas?
Estamos acostumados a tomar como certo tudo que a ONU diz e determina. Suas estatísticas são incontestáveis. Suas recomendações são ordens. Tudo que de lá vem é bom, por princípio! Pois não é lá que se defende a paz e a harmonia entre os homens? Uma espécie de deus de uma religião pagã? Seus funcionários se metem em tudo através das diversas ‘agências’ – sofisma que será empregado até poderem usar o nome verdadeiro: Ministérios Mundiais! A burocracia já atingiu níveis nunca alcançados em nenhum outro lugar, nem mesmo na URSS. Recomendo darem uma olhada em http://www.unsystem.org/ para verificarem o grau com que estamos aprisionados à ela. São mais de 130 agências, comissões, sub-comissões, delegacias, inspetorias, etc., das quais conhecemos uma parte ínfima mas pelas quais já se pode perceber o tremendo poder de que dispõem.
É a UNESCO que determina os currículos do mundo inteiro (ver meu True Lies para saber a origem dos mesmos). É a OMS que diz o que podemos comer, como devemos cuidar de nosso corpo e mente, que medidas sanitárias devemos usar. A OMC determina como deve ser o comércio mundial. A AIEA determina quem pode ter armas nucleares. A UNICEF estabelece as categorias nas quais temos que cuidar de nossos filhos, quantos devemos ter. A FAO distribui os plantios agrícolas. O complexo bancário FMI/BANCO MUNDIAL/BID decide quais países serão economicamente viáveis, quais devem falir (como fizeram com a Argentina após a Guerra das Malvinas/Falklands, no que Estulin está absolutamente correto). São tantas as ‘agências/ministérios’ que nem sei quem determina a falácia chamada IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
Da mesma forma que a campanha contra o fumo foi um teste bem sucedido, como denuncia Estulin, para medir o grau de sujeição hipnótica da população mundial, a campanha do desarmamento também o é. A absurda aversão ao cigarro e aos fumantes prova que uma propaganda subliminar bem feita é capaz de converter facilmente milhões em robôs ou cães de Pavlov: toca a campainha os cães salivam, acenda um cigarro e os robôs se enchem de indignação! Ninguém se espante se algum dia a OMS disser que andar de quatro faz bem para a coluna, aumente exponencialmente o número de quadrúpedes na Terra, todos alegrinhos com as ‘melhoras’ obtidas.
A mesma coisa se esperava da campanha pelo desarmamento. Como tudo na ONU passa necessariamente pelo Conselho de Segurança, como é que alguém pode acreditar que o desarmamento interessa à ONU se os cinco Membros Permanentes, com direito de veto, são os cinco maiores produtores e exportadores de armas do mundo? Ingenuidade tem limite, a partir do qual é burrice! A prevista oposição dos EUA permite aos demais votarem tranqüilos contra seus próprios interesses econômicos pois sabem que a culpa recairá, como sempre nos malvados EUA fazedores de guerra. Mas os EUA não são inocentes! O que impede seu governo de votar a favor e fingir-se de bonzinho é algo que tem mais de 200 anos: a Segunda Emenda à Constituição – e é dificílimo emendar a Constituição - e o poderoso lobby da NRA, National Rifle Association. A campanha anti-fumo começou pelos EUA, povo extremamente preocupado com a saúde; a do desarmamento pelo Brasil, possivelmente por ser considerado um povo atrasado, governado por paus mandados da ONU e fácil de convencer. Mas não contavam com o fato de que há vida inteligente por aqui capaz de organizar uma eficiente campanha para se descolar da pecha de defensores das armas em si, e se mostrar defensores do direito do cidadão à sua defesa e de sua família. A organização Pela Legítima Defesa, a APADDI-ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE DEFESA DOS DIREITOS E DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS, e a ONG Viva Brasil conseguiram reverter uma derrota certa em acachapante vitória.
A MISTIFICAÇÃO HIPNÓTICA
Criada dos escombros de uma das mais sangrentas guerras da história humana por uma população exausta ansiando por paz após seis anos de matanças, a ONU teve as condições propícias para já nascer hipnótica: as pessoas queriam se convencer de que a paz eterna é possível se criado um mecanismo internacional de diálogo entre as nações. Aí fica fácil iludir todo mundo, pois esta é a única condição sine qua non para o hipnotismo: o paciente desejá-lo. Mesmo seu inspirador não tendo as qualificações adequadas para defensor da paz: Josef Stalin, o segundo maior carniceiro da história só perdendo para seu dileto discípulo Mao Zedong. A organização já nasceu fruto da mentira pois um dos países fundadores, a URSS, jamais pretendeu respeitar a Declaração dos Direitos do Homem que cinicamente aprovava. Com o nascimento da ONU nascia simultaneamente a assimetria entre o tratamento dado às Nações: enquanto as democracias passaram a ser cobradas permanentemente pelo respeito aos direitos humanos, as ditaduras comunistas defendiam para si o hipócrita ‘princípio da autodeterminação dos povos e da não interferência em assuntos internos’. Hoje o Islã faz exatamente a mesma coisa!
É impressionante como pessoas que se dizem céticas, não acreditam, p.ex., em pesquisas eleitorais que em algum tempo se encontrarão com a realidade dos votos e serão desmascaradas se erradas, ao mesmo tempo têm uma fé cega nas estatísticas da ONU e tudo que vem de lá. Quem checa as estatísticas da ONU? Quem pode refutá-las e desmascará-las? Isto é impossível – seria necessário uma organização de igual tamanho. Acredita-se na autenticidade delas por quê? Fé? Dados que não podem ser refutados podem ser fraudados no sentido de atingir seus fins de dominação mundial.
Não é sem base que desconfio pois existe um sem-número de falsidades envolvendo esta organização, além das já apontadas. A começar pelo seu objetivo: supostamente, a paz. Seu belo símbolo – um globo terrestre branco sobre fundo azul celeste – convida à paz e à tranqüilidade. Mas a pomba branca da paz mais ainda e poucos sabem que foi encomendada por Stalin a Picasso, que além de oportunista era comunista – para hipnotizar o Ocidente com suas intenções ‘pacíficas’ e espalhar a crença de que os países comunistas, onde se matava oficialmente por qualquer vintém, eram os ‘povos amantes da paz’ em oposição aos países capitalistas, cruéis fazedores de guerras.
A ONU não quer a paz, é pura lorota! Quer é a guerra; quanto mais guerra mais justifica sua necessidade e mais se apresenta como a única solução. Se acabarem-se as guerras, acaba a ONU! Alguém acredita que interessa aos médicos acabar com todas as doenças e ficar desempregados? Ou que interessa aos advogados fazerem leis simples que todos entendam e possam se defender sozinhos? Claro que não, mas a grande maioria acredita que a ONU quer a paz – e sua conseqüente auto-extinção! Para não ir muito longe leio aqui mesmo no Mídia Sem Máscara um artigo de Caroline Glick em que ela diz que o Hezbollah e seus aliados ganharam o último round do conflito com Israel. Pode até ser que no plano tático sim, mas no plano estratégico de longo prazo só a ONU saiu ganhando com o aumento dos efetivos da UNIFIL para supervisionar o re-armamento do Hezbollah, novos foguetes sobre Israel, nova reação ‘desproporcional’, novo cessar-fogo, nova Resolução e mais capacetes azuis! Perdem Israel, Hezbollah, Líbano, Síria e Irã.
Para os donos do mundo que usam a ONU como instrumento não interessa a mínima ganhos táticos nem se importam com número de mortos, feridos, crianças, velhos; só interessa a estratégia de longo prazo de domínio mundial.Perde principalmente os EUA, a única potência que poderia enfrentar a ONU simplesmente se retirando, parando de subsidiá-la e a expulsando das margens do East River! Quando Bush atacou o Iraque contrariando as decisões do Conselho de Segurança, deu o primeiro passo do que acreditei seria a desmoralização total da ONU. Mas não prosseguiu, apesar de ter nomeado John Bolton como Embaixador, que é um dos poucos que sabe realmente o que é a ONU. É a última esperança.
(*) Heitor De PaolaO autor é escritor e comentarista político, membro da International Psychoanalytical Association e ex-Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, Membro do Board of Directors da Drug Watch International, e Diretor Cultural do Farol da Democracia Representativa (http://www.midiasemmascara.com.br/) . Possui trabalhos nas áreas de psicanálise e comentários políticos publicados no Brasil e exterior. E é ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP).
Referência:
http://www.midiasemmascara.com.br/
Estamos acostumados a tomar como certo tudo que a ONU diz e determina. Suas estatísticas são incontestáveis. Suas recomendações são ordens. Tudo que de lá vem é bom, por princípio! Pois não é lá que se defende a paz e a harmonia entre os homens? Uma espécie de deus de uma religião pagã? Seus funcionários se metem em tudo através das diversas ‘agências’ – sofisma que será empregado até poderem usar o nome verdadeiro: Ministérios Mundiais! A burocracia já atingiu níveis nunca alcançados em nenhum outro lugar, nem mesmo na URSS. Recomendo darem uma olhada em http://www.unsystem.org/ para verificarem o grau com que estamos aprisionados à ela. São mais de 130 agências, comissões, sub-comissões, delegacias, inspetorias, etc., das quais conhecemos uma parte ínfima mas pelas quais já se pode perceber o tremendo poder de que dispõem.
É a UNESCO que determina os currículos do mundo inteiro (ver meu True Lies para saber a origem dos mesmos). É a OMS que diz o que podemos comer, como devemos cuidar de nosso corpo e mente, que medidas sanitárias devemos usar. A OMC determina como deve ser o comércio mundial. A AIEA determina quem pode ter armas nucleares. A UNICEF estabelece as categorias nas quais temos que cuidar de nossos filhos, quantos devemos ter. A FAO distribui os plantios agrícolas. O complexo bancário FMI/BANCO MUNDIAL/BID decide quais países serão economicamente viáveis, quais devem falir (como fizeram com a Argentina após a Guerra das Malvinas/Falklands, no que Estulin está absolutamente correto). São tantas as ‘agências/ministérios’ que nem sei quem determina a falácia chamada IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
Da mesma forma que a campanha contra o fumo foi um teste bem sucedido, como denuncia Estulin, para medir o grau de sujeição hipnótica da população mundial, a campanha do desarmamento também o é. A absurda aversão ao cigarro e aos fumantes prova que uma propaganda subliminar bem feita é capaz de converter facilmente milhões em robôs ou cães de Pavlov: toca a campainha os cães salivam, acenda um cigarro e os robôs se enchem de indignação! Ninguém se espante se algum dia a OMS disser que andar de quatro faz bem para a coluna, aumente exponencialmente o número de quadrúpedes na Terra, todos alegrinhos com as ‘melhoras’ obtidas.
A mesma coisa se esperava da campanha pelo desarmamento. Como tudo na ONU passa necessariamente pelo Conselho de Segurança, como é que alguém pode acreditar que o desarmamento interessa à ONU se os cinco Membros Permanentes, com direito de veto, são os cinco maiores produtores e exportadores de armas do mundo? Ingenuidade tem limite, a partir do qual é burrice! A prevista oposição dos EUA permite aos demais votarem tranqüilos contra seus próprios interesses econômicos pois sabem que a culpa recairá, como sempre nos malvados EUA fazedores de guerra. Mas os EUA não são inocentes! O que impede seu governo de votar a favor e fingir-se de bonzinho é algo que tem mais de 200 anos: a Segunda Emenda à Constituição – e é dificílimo emendar a Constituição - e o poderoso lobby da NRA, National Rifle Association. A campanha anti-fumo começou pelos EUA, povo extremamente preocupado com a saúde; a do desarmamento pelo Brasil, possivelmente por ser considerado um povo atrasado, governado por paus mandados da ONU e fácil de convencer. Mas não contavam com o fato de que há vida inteligente por aqui capaz de organizar uma eficiente campanha para se descolar da pecha de defensores das armas em si, e se mostrar defensores do direito do cidadão à sua defesa e de sua família. A organização Pela Legítima Defesa, a APADDI-ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE DEFESA DOS DIREITOS E DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS, e a ONG Viva Brasil conseguiram reverter uma derrota certa em acachapante vitória.
A MISTIFICAÇÃO HIPNÓTICA
Criada dos escombros de uma das mais sangrentas guerras da história humana por uma população exausta ansiando por paz após seis anos de matanças, a ONU teve as condições propícias para já nascer hipnótica: as pessoas queriam se convencer de que a paz eterna é possível se criado um mecanismo internacional de diálogo entre as nações. Aí fica fácil iludir todo mundo, pois esta é a única condição sine qua non para o hipnotismo: o paciente desejá-lo. Mesmo seu inspirador não tendo as qualificações adequadas para defensor da paz: Josef Stalin, o segundo maior carniceiro da história só perdendo para seu dileto discípulo Mao Zedong. A organização já nasceu fruto da mentira pois um dos países fundadores, a URSS, jamais pretendeu respeitar a Declaração dos Direitos do Homem que cinicamente aprovava. Com o nascimento da ONU nascia simultaneamente a assimetria entre o tratamento dado às Nações: enquanto as democracias passaram a ser cobradas permanentemente pelo respeito aos direitos humanos, as ditaduras comunistas defendiam para si o hipócrita ‘princípio da autodeterminação dos povos e da não interferência em assuntos internos’. Hoje o Islã faz exatamente a mesma coisa!
É impressionante como pessoas que se dizem céticas, não acreditam, p.ex., em pesquisas eleitorais que em algum tempo se encontrarão com a realidade dos votos e serão desmascaradas se erradas, ao mesmo tempo têm uma fé cega nas estatísticas da ONU e tudo que vem de lá. Quem checa as estatísticas da ONU? Quem pode refutá-las e desmascará-las? Isto é impossível – seria necessário uma organização de igual tamanho. Acredita-se na autenticidade delas por quê? Fé? Dados que não podem ser refutados podem ser fraudados no sentido de atingir seus fins de dominação mundial.
Não é sem base que desconfio pois existe um sem-número de falsidades envolvendo esta organização, além das já apontadas. A começar pelo seu objetivo: supostamente, a paz. Seu belo símbolo – um globo terrestre branco sobre fundo azul celeste – convida à paz e à tranqüilidade. Mas a pomba branca da paz mais ainda e poucos sabem que foi encomendada por Stalin a Picasso, que além de oportunista era comunista – para hipnotizar o Ocidente com suas intenções ‘pacíficas’ e espalhar a crença de que os países comunistas, onde se matava oficialmente por qualquer vintém, eram os ‘povos amantes da paz’ em oposição aos países capitalistas, cruéis fazedores de guerras.
A ONU não quer a paz, é pura lorota! Quer é a guerra; quanto mais guerra mais justifica sua necessidade e mais se apresenta como a única solução. Se acabarem-se as guerras, acaba a ONU! Alguém acredita que interessa aos médicos acabar com todas as doenças e ficar desempregados? Ou que interessa aos advogados fazerem leis simples que todos entendam e possam se defender sozinhos? Claro que não, mas a grande maioria acredita que a ONU quer a paz – e sua conseqüente auto-extinção! Para não ir muito longe leio aqui mesmo no Mídia Sem Máscara um artigo de Caroline Glick em que ela diz que o Hezbollah e seus aliados ganharam o último round do conflito com Israel. Pode até ser que no plano tático sim, mas no plano estratégico de longo prazo só a ONU saiu ganhando com o aumento dos efetivos da UNIFIL para supervisionar o re-armamento do Hezbollah, novos foguetes sobre Israel, nova reação ‘desproporcional’, novo cessar-fogo, nova Resolução e mais capacetes azuis! Perdem Israel, Hezbollah, Líbano, Síria e Irã.
Para os donos do mundo que usam a ONU como instrumento não interessa a mínima ganhos táticos nem se importam com número de mortos, feridos, crianças, velhos; só interessa a estratégia de longo prazo de domínio mundial.Perde principalmente os EUA, a única potência que poderia enfrentar a ONU simplesmente se retirando, parando de subsidiá-la e a expulsando das margens do East River! Quando Bush atacou o Iraque contrariando as decisões do Conselho de Segurança, deu o primeiro passo do que acreditei seria a desmoralização total da ONU. Mas não prosseguiu, apesar de ter nomeado John Bolton como Embaixador, que é um dos poucos que sabe realmente o que é a ONU. É a última esperança.
(*) Heitor De PaolaO autor é escritor e comentarista político, membro da International Psychoanalytical Association e ex-Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, Membro do Board of Directors da Drug Watch International, e Diretor Cultural do Farol da Democracia Representativa (http://www.midiasemmascara.com.br/) . Possui trabalhos nas áreas de psicanálise e comentários políticos publicados no Brasil e exterior. E é ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP).
Referência:
http://www.midiasemmascara.com.br/
quinta-feira, 26 de junho de 2008
O QUE SIGNIFICA - POLITICAMENTE CORRETO
Muitos de nós fazemos uma ideia do que é o politicamente correcto (PC), pela repetição de informações transmitidas pelos mídia.O PC não teve origem recente; remonta a sua utilização como instrumento ideológico, ao tempo da I Guerra Mundial. Quando Karl Marx escreveu o “Manifesto Comunista” (séc. 19), ficou bem claro que ideologia que nascia assentava em duas vertentes básicas: O Marxismo Económico, que defende a ideia de que a História é determinada pela propriedade dos meios de produção, e o Marxismo Cultural, que defende a ideia de que a História é determinada pelo Poder através do qual, grupos sociais (para além das classes sociais) definidos pela raça, sexo, etc., assumem o poder sobre outros grupos. Até à I Guerra Mundial, o Marxismo Cultural não mereceu muita atenção, que se concentrou praticamente toda no Marxismo Económico, que deu origem à revolução bolchevista (URSS).
O Marxismo Cultural é uma sub-ideologia do Marxismo (a “outra face da moeda” é o marxismo económico), e como todas as ideologias, tende inexoravelmente para a implantação de uma ditadura, isto é, para o totalitarismo.
À semelhança do Marxismo Económico, o Marxismo Cultural (ou Politicamente Correcto) considera que os trabalhadores e os camponeses são, à partida, “bons”, e que a burguesia e os capitalistas são, a priori, “maus”. Dentro das classes sociais assim definidas, os marxistas culturais entendem que existem grupos sociais “bons” (como as mulheres feministas — porque as mulheres não-feministas são “más” ou “ignorantes”), os negros e os homossexuais – para além dos muçulmanos, dos animistas, dos índios, dos primatas superiores, etc.. Estes “grupos sociais” (que incluem os primatas superiores — chimpanzés, gorilas, etc.) são classificados pelos marxistas culturais como sendo “vítimas” e por isso, são considerados como “bons”, independentemente do que os seus membros façam ou deixem de fazer. Um crime de sangue perpetrado por um homossexual é visto como “uma atitude de revolta contra a sociedade opressora”; o mesmo crime perpetrado por um heterossexual de raça branca é classificado como um “acto hediondo de um opressor”. Segundo o Marxismo Cultural, o “macho branco” é o equivalente ideológico da “burguesia” no Marxismo Económico.
Enquanto que o Marxismo Económico baseia a sua acção no acto de expropriação (retirada de direitos à propriedade), o Marxismo Cultural (ou PC) expropria direitos de cidadania, isto é, retira direitos básicos a uns cidadãos para, alegadamente, dar direitos acrescidos e extraordinários a outros cidadãos, baseados na cor da pele, sexo ou aquilo a que chamam de “orientação sexual”. Nesta linha está a concessão de quotas de admissão, seja para o parlamento, seja no acesso a universidades ou outro tipo de instituições, independentemente de critérios de competência e de capacidade.
Enquanto que o método de análise utilizado pelo Marxismo Económico é baseado no Das Kapital de Marx (economia colectivista marxista), o Marxismo Cultural utiliza o desconstrucionismo filosófico e epistemológico explanado por ideólogos marxistas como Jacques Derrida, que seguiu Martin Heidegger, que bebeu muita coisa em Friederich Nietzsche.O Desconstrucionismo, em termos que toda a gente entenda, é um método através do qual se retira o significado de um texto para se colocar a seguir o sentido que se pretende para esse texto. Este método é aplicado não só em textos, mas também na retórica política e ideológica em geral. A desconstrução de um texto (ou de uma realidade histórica) permite que se elimine o seu significado, substituindo-o por aquilo que se pretende. Por exemplo, a análise desconstrucionista da Bíblia pode levar um marxista cultural a inferir que se trata de um livro dedicado à superioridade de uma raça e de um sexo sobre o outro sexo; ou a análise desconstrucionista das obras de Shakespeare, por parte de um marxista cultural, pode concluir que se tratam de obras misóginas que defendem a supressão da mulher; ou a análise politicamente correcta dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões, levaria à conclusão de que se trata de uma obra colonialista, supremacista, machista e imperialista. Para o marxista cultural, a análise histórica resume-se tão só à análise da relação de poder entre grupos sociais.O Desconstrucionismo é a chave do politicamente correcto (ou marxismo cultural), porque é através dele que surge o relativismo moral como teoria filosófica, que defende a supressão da hierarquia de valores, constituindo-se assim, a antítese da Ética civilizacional europeia.
António Gramsci
Com a revolução marxista russa, as expectativas dos marxistas europeus atingiram um ponto alto. Esperava-se o mesmo tipo de revolução nos restantes países da Europa. À medida que o tempo passava, os teóricos marxistas verificaram que a expansão marxista não estava a ocorrer. Foi então que dois ideólogos marxistas se dedicaram ao estudo do fenómeno da falha da expansão do comunismo marxista: António Gramsci (Itália) e George Lukacs (Hungria).Gramsci concluiu que os trabalhadores europeus nunca seriam servidos nos seus interesses de classe se não se libertassem da cultura europeia – e particularmente da religião cristã. Para Gramsci, a razão do falhanço da expansão comunista marxista estava na cultura e na religião. O mesmo conclui Lukacs.
Em 1923, por iniciativa de um filho de um homem de negócios riquíssimo de nacionalidade alemã (Félix Veil), que disponibilizou rios de dinheiro para o efeito, criou-se um grupo permanente (“think tank”) de estudos marxistas na Universidade de Frankfurt. Foi aqui que se oficializou o nascimento do Politicamente Correcto (Marxismo Cultural), conhecido como “Instituto de Pesquisas Sociais” ou simplesmente, Escola de Frankfurt – um núcleo de marxistas renegados e desalinhados com o marxismo-leninismo.
Max Horkheimer
Em 1930, passou a dirigir a Escola de Frankfurt um tal Max Horkheimer, outro marxista ideologicamente desalinhado com Moscovo e com o partido comunista alemão. Horkheimer teve a ideia de se aproveitar das ideias de Freud, introduzindo-as na agenda ideológica da Escola de Frankfurt; Horkheimer coloca assim a tradicional estrutura socio-económica marxista em segundo plano, e elege a estrutura cultural como instrumento privilegiado de luta política. E foi aqui que se consolidou o Politicamente Correcto, tal como o conhecemos hoje, com pequenas variações de adaptação aos tempos que se seguiram. Surgiu a Teoria Crítica.
O que é a Teoria Crítica? As associações financiadas pelo nosso Estado e com o nosso dinheiro, em apoio ao activismo gay, em apoio a organizações feministas camufladas de “protecção à mulher”, e por aí fora – tudo isso faz parte da Teoria Crítica do marxismo cultural, surgida da Escola de Frankfurt do tempo de Max Horkheimer. A Teoria Crítica faz o sincretismo entre Marx e Freud, tenta a síntese entre os dois (“a repressão de uma sociedade capitalista cria uma condição freudiana generalizada de repressão individual”, e coisas do género).No fundo, o que faz a Teoria Crítica? Critica. Só. Faz críticas. Critica a cultura europeia; critica a religião; critica o homem; critica tudo. Só não fazem auto-crítica (nem convém). Não se tratam de críticas construtivas; destroem tudo, criticam de forma a demolir tudo e todos.
Marcuse
Por essa altura, aderiram ao bando de Frankfurt dois senhores: Theodore Adorno e Herbert Marcuse. Este último emigrou para os Estados Unidos com o advento do nazismo.Foi Marcuse que introduziu no Politicamente Correcto (ou marxismo cultural) um elemento importante: a sexualidade. Foi Marcuse que criou a frase “Make Love, Not War”. Marcuse defendeu o futuro da Humanidade como sendo uma sociedade da “perversidade polimórfica”, na linha das profecias de Nietzsche.Marcuse defendeu também, já nos anos trinta do século passado, que a masculinidade e a feminilidade não eram diferenças sexuais essenciais, mas derivados de diferentes funções e papéis sociais; segundo Marcuse, não existem diferenças sexuais, senão como “diferenças construídas”.Marcuse criou a noção de “tolerância repressiva” – tudo o que viesse da Direita tinha que ser intolerado e reprimido pela violência, e tudo o que viesse da Esquerda tinha que ser tolerado e apoiado pelo Estado. Marcuse é o pai do Politicamente Correcto moderno.
O sucesso de expansão do Marxismo Cultural na opinião pública, em detrimento do Marxismo Económico, deve-se três razões simples: a primeira é que as teorias económicas marxistas são complicadas de entender pelo cidadão comum, enquanto que o tipo de dedução primária do raciocínio PC, aliado à fantasia de um mundo ideal e sem defeitos, é digno de se fazer entender pelo mentecapto mais empedernido. A segunda razão é porque o Politicamente Correcto critica por criticar, pratica a crítica destrutiva até à exaustão – e sabemos que a adesão popular (da juventude, em particular) a este tipo de escrutínio crítico é enorme. A terceira razão é que o antropocentrismo do marxismo económico falhou, como sistema social e económico, em todo o mundo; resta ao Marxismo a guerrilha cultural.
O que se está a passar hoje na sociedade ocidental, não é muito diferente do que se passou na União Soviética e na China, num passado recente. Assistimos ao policiamento do pensamento, à censura das ideias, rumo a uma sociedade totalitária.
Ver o texto original em:
http://espectivas.wordpress.com/o-que-e-o-politicamente-correcto/
O Marxismo Cultural é uma sub-ideologia do Marxismo (a “outra face da moeda” é o marxismo económico), e como todas as ideologias, tende inexoravelmente para a implantação de uma ditadura, isto é, para o totalitarismo.
À semelhança do Marxismo Económico, o Marxismo Cultural (ou Politicamente Correcto) considera que os trabalhadores e os camponeses são, à partida, “bons”, e que a burguesia e os capitalistas são, a priori, “maus”. Dentro das classes sociais assim definidas, os marxistas culturais entendem que existem grupos sociais “bons” (como as mulheres feministas — porque as mulheres não-feministas são “más” ou “ignorantes”), os negros e os homossexuais – para além dos muçulmanos, dos animistas, dos índios, dos primatas superiores, etc.. Estes “grupos sociais” (que incluem os primatas superiores — chimpanzés, gorilas, etc.) são classificados pelos marxistas culturais como sendo “vítimas” e por isso, são considerados como “bons”, independentemente do que os seus membros façam ou deixem de fazer. Um crime de sangue perpetrado por um homossexual é visto como “uma atitude de revolta contra a sociedade opressora”; o mesmo crime perpetrado por um heterossexual de raça branca é classificado como um “acto hediondo de um opressor”. Segundo o Marxismo Cultural, o “macho branco” é o equivalente ideológico da “burguesia” no Marxismo Económico.
Enquanto que o Marxismo Económico baseia a sua acção no acto de expropriação (retirada de direitos à propriedade), o Marxismo Cultural (ou PC) expropria direitos de cidadania, isto é, retira direitos básicos a uns cidadãos para, alegadamente, dar direitos acrescidos e extraordinários a outros cidadãos, baseados na cor da pele, sexo ou aquilo a que chamam de “orientação sexual”. Nesta linha está a concessão de quotas de admissão, seja para o parlamento, seja no acesso a universidades ou outro tipo de instituições, independentemente de critérios de competência e de capacidade.
Enquanto que o método de análise utilizado pelo Marxismo Económico é baseado no Das Kapital de Marx (economia colectivista marxista), o Marxismo Cultural utiliza o desconstrucionismo filosófico e epistemológico explanado por ideólogos marxistas como Jacques Derrida, que seguiu Martin Heidegger, que bebeu muita coisa em Friederich Nietzsche.O Desconstrucionismo, em termos que toda a gente entenda, é um método através do qual se retira o significado de um texto para se colocar a seguir o sentido que se pretende para esse texto. Este método é aplicado não só em textos, mas também na retórica política e ideológica em geral. A desconstrução de um texto (ou de uma realidade histórica) permite que se elimine o seu significado, substituindo-o por aquilo que se pretende. Por exemplo, a análise desconstrucionista da Bíblia pode levar um marxista cultural a inferir que se trata de um livro dedicado à superioridade de uma raça e de um sexo sobre o outro sexo; ou a análise desconstrucionista das obras de Shakespeare, por parte de um marxista cultural, pode concluir que se tratam de obras misóginas que defendem a supressão da mulher; ou a análise politicamente correcta dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões, levaria à conclusão de que se trata de uma obra colonialista, supremacista, machista e imperialista. Para o marxista cultural, a análise histórica resume-se tão só à análise da relação de poder entre grupos sociais.O Desconstrucionismo é a chave do politicamente correcto (ou marxismo cultural), porque é através dele que surge o relativismo moral como teoria filosófica, que defende a supressão da hierarquia de valores, constituindo-se assim, a antítese da Ética civilizacional europeia.
António Gramsci
Com a revolução marxista russa, as expectativas dos marxistas europeus atingiram um ponto alto. Esperava-se o mesmo tipo de revolução nos restantes países da Europa. À medida que o tempo passava, os teóricos marxistas verificaram que a expansão marxista não estava a ocorrer. Foi então que dois ideólogos marxistas se dedicaram ao estudo do fenómeno da falha da expansão do comunismo marxista: António Gramsci (Itália) e George Lukacs (Hungria).Gramsci concluiu que os trabalhadores europeus nunca seriam servidos nos seus interesses de classe se não se libertassem da cultura europeia – e particularmente da religião cristã. Para Gramsci, a razão do falhanço da expansão comunista marxista estava na cultura e na religião. O mesmo conclui Lukacs.
Em 1923, por iniciativa de um filho de um homem de negócios riquíssimo de nacionalidade alemã (Félix Veil), que disponibilizou rios de dinheiro para o efeito, criou-se um grupo permanente (“think tank”) de estudos marxistas na Universidade de Frankfurt. Foi aqui que se oficializou o nascimento do Politicamente Correcto (Marxismo Cultural), conhecido como “Instituto de Pesquisas Sociais” ou simplesmente, Escola de Frankfurt – um núcleo de marxistas renegados e desalinhados com o marxismo-leninismo.
Max Horkheimer
Em 1930, passou a dirigir a Escola de Frankfurt um tal Max Horkheimer, outro marxista ideologicamente desalinhado com Moscovo e com o partido comunista alemão. Horkheimer teve a ideia de se aproveitar das ideias de Freud, introduzindo-as na agenda ideológica da Escola de Frankfurt; Horkheimer coloca assim a tradicional estrutura socio-económica marxista em segundo plano, e elege a estrutura cultural como instrumento privilegiado de luta política. E foi aqui que se consolidou o Politicamente Correcto, tal como o conhecemos hoje, com pequenas variações de adaptação aos tempos que se seguiram. Surgiu a Teoria Crítica.
O que é a Teoria Crítica? As associações financiadas pelo nosso Estado e com o nosso dinheiro, em apoio ao activismo gay, em apoio a organizações feministas camufladas de “protecção à mulher”, e por aí fora – tudo isso faz parte da Teoria Crítica do marxismo cultural, surgida da Escola de Frankfurt do tempo de Max Horkheimer. A Teoria Crítica faz o sincretismo entre Marx e Freud, tenta a síntese entre os dois (“a repressão de uma sociedade capitalista cria uma condição freudiana generalizada de repressão individual”, e coisas do género).No fundo, o que faz a Teoria Crítica? Critica. Só. Faz críticas. Critica a cultura europeia; critica a religião; critica o homem; critica tudo. Só não fazem auto-crítica (nem convém). Não se tratam de críticas construtivas; destroem tudo, criticam de forma a demolir tudo e todos.
Marcuse
Por essa altura, aderiram ao bando de Frankfurt dois senhores: Theodore Adorno e Herbert Marcuse. Este último emigrou para os Estados Unidos com o advento do nazismo.Foi Marcuse que introduziu no Politicamente Correcto (ou marxismo cultural) um elemento importante: a sexualidade. Foi Marcuse que criou a frase “Make Love, Not War”. Marcuse defendeu o futuro da Humanidade como sendo uma sociedade da “perversidade polimórfica”, na linha das profecias de Nietzsche.Marcuse defendeu também, já nos anos trinta do século passado, que a masculinidade e a feminilidade não eram diferenças sexuais essenciais, mas derivados de diferentes funções e papéis sociais; segundo Marcuse, não existem diferenças sexuais, senão como “diferenças construídas”.Marcuse criou a noção de “tolerância repressiva” – tudo o que viesse da Direita tinha que ser intolerado e reprimido pela violência, e tudo o que viesse da Esquerda tinha que ser tolerado e apoiado pelo Estado. Marcuse é o pai do Politicamente Correcto moderno.
O sucesso de expansão do Marxismo Cultural na opinião pública, em detrimento do Marxismo Económico, deve-se três razões simples: a primeira é que as teorias económicas marxistas são complicadas de entender pelo cidadão comum, enquanto que o tipo de dedução primária do raciocínio PC, aliado à fantasia de um mundo ideal e sem defeitos, é digno de se fazer entender pelo mentecapto mais empedernido. A segunda razão é porque o Politicamente Correcto critica por criticar, pratica a crítica destrutiva até à exaustão – e sabemos que a adesão popular (da juventude, em particular) a este tipo de escrutínio crítico é enorme. A terceira razão é que o antropocentrismo do marxismo económico falhou, como sistema social e económico, em todo o mundo; resta ao Marxismo a guerrilha cultural.
O que se está a passar hoje na sociedade ocidental, não é muito diferente do que se passou na União Soviética e na China, num passado recente. Assistimos ao policiamento do pensamento, à censura das ideias, rumo a uma sociedade totalitária.
Ver o texto original em:
http://espectivas.wordpress.com/o-que-e-o-politicamente-correcto/
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Gramsci e o Socialismo Brasileiro
Gramsci e o “socialismo” brasileiro
Anatoli Oliynik ( * )
Em lugar algum no mundo o pensamento de Gramsci foi tão disciplinadamente aplicado como está sendo no Brasil. Inicialmente, pelo governo anterior, e agora pelo atual, cuja nomenklatura (1) segue com rigor as orientações dos intelectualóides que compõem o Foro de São Paulo e que têm como cartilha os Cadernos do Cárcere , de Gramsci.
Quem não está familiarizado com as ideologias políticas, por certo estará perguntando: Quem foi Gramsci e qual sua relação com o “socialismo” brasileiro?
Antonio Gramsci (1891-1937), filósofo e político foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em 1921, e o primeiro teórico marxista a defender que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito do rumo seguido pelos bolcheviques russos, capitaneados por Vladimir Illitch Ulianov Lênin (1870-1924) e seguido por Iossif Vissirianovitch Djugatchvili Stalin (1879-1953).
Durante sua prisão na Itália em 1926, que se prolongou até 1935, escreveu inúmeros textos sobre o comunismo os quais começaram a ser publicados por partes na década de 30, e integralmente em 1975, sob o título Cadernos do Cárcere . Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coréia do Norte e no Vietnã do Norte, países que se tornaram vítimas da loucura coletiva detonada por ideólogos mentecaptos.
Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a idéia revolucionária. A estratégia é utilizar-se de diplomas legais e de ações políticas que sejam docilmente aceitas pelo povo, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, a priori , representam a grande maioria da população, de modo que, entorpecidos pelo melífluo discurso gramsciano, as consciências já não possam mais perceber o engodo em que estão sendo envolvidas.
A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de “ditadura do proletariado” por “hegemonia do proletariado” e “ocupação de espaços” , cuja classe, por sua vez, deveria ser, ao mesmo tempo, dirigente e dominante. Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser primeiramente, político e intelectual.
A doutora Marli Nogueira, juíza do trabalho em Brasília, e estudiosa do assunto, nos dá a seguinte explicação sobre a “hegemonia” :
“A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela ´análise da situação´, de modo que quando o comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência. Isto deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo ´intelectual coletivo´ (o partido), que as dissemina pelos ´intelectuais orgânicos´ (ou formadores de opinião), sendo estes constituídos de intelectualóides de toda sorte, como professores – principalmente universitários (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população”.
Quanto à “ocupação de espaços” , pode ser claramente vislumbrada pela nomeação de 20 mil cargos de confiança pelo PT em todo o território brasileiro, cujos detentores desses cargos têm a missão de fazer a conexão com a primeira técnica – a “hegemonia” .
Retornando a Gramsci e segundo ele, os principais objetivos de luta pela mudança são conquistar, um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica ( escolas , universidades , editoras , meios de comunicação social , sindicatos etc .), uma vez que, os principais confrontos ocorrem na esfera cultural e não nas fábricas, nas ruas ou nos quartéis. O proletariado precisa transformar-se em força cultural e política, dirigente dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado-burguês. E o partido deve adaptar sua tática a esses preceitos, sem receio de parecer que não é revolucionário. Isso o povo brasileiro não está percebendo, pois suas mentes já foram entorpecidas pelo sistema de governo, especialmente o último e o atual.
Desta forma, Gramsci abandonou a generalizada tese marxista de uma crise catastrófica que permitiria, como um relâmpago, uma bem sucedida intervenção de uma vanguarda revolucionária organizada. Ou seja, uma intervenção do Partido. Para ele, nem a mais severa recessão do capitalismo levaria à revolução, como não a induziria nenhuma crise econômica, a menos que, antes, tenha havido uma preparação ideológica. É exatamente isto que está acontecendo no presente momento aqui no Brasil: A preparação ideológica.
Segundo a doutora Marli Nogueira:
“É essa "hegemonia" que faz com que todos os brasileiros, independentemente da idade, da condição sócio-econômica e do grau de instrução que tenham atingido, pensem de maneira uniforme sobre todo e qualquer assunto, nacional ou internacional. O poder de manipulação é tamanho, que até mesmo o senso crítico fica completamente imobilizado, incapaz de ajudar o indivíduo a analisar as questões de maneira isenta. Os exemplos são numerosos: do desarmamento, ao aborto, da guerra do Iraque à eutanásia, do movimento gay às políticas sociais, do racismo ao trabalho escravo, da inculpação social pelos crimes individuais à aceitação do caráter ´social´ de movimentos guerrilheiros (MST, FARC, MIR, ETA, etc.), todos eles visando destruir, por completo, valores que a sociedade tinha entranhados em sua alma, mas que, justamente por isso, não servem aos interesses do partido. É que esses valores representam um conjunto de virtudes diametralmente opostas aos conceitos que o partido deseja inserir no corpo social e que servirão de embasamento para as transformações que pretende implantar”.
“Uma vez superada a opinião que essa mesma sociedade tinha a respeito de várias questões, atinge-se o que Gramsci denominava ´superação do senso-comum´, que outra coisa não é senão a hegemonia de pensamento. Cada um de nós passa, assim, a ser um ventríloquo a repetir, impensadamente, as opiniões que já vêm prontas do forno ideológico comunista. E quando chegar a hora de dizer ´agora estamos prontos para ter realmente uma ´democracia´ (que, na verdade, nada mais é do que a ditadura do partido), aceitaremos também qualquer medida que nos leve a esse rumo, seja ela a demolição de instituições, seja ela a abolição da propriedade privada, seja ela o fim mesmo da democracia como sempre a entendemos até então, acreditando que será muito normal que essa ´volta à democracia´ se faça por decretos, leis ou reformas constitucionais”.
Lênin sustentava que a revolução deveria começar pela tomada do Estado para, a partir daí, transformar a sociedade. Gramsci inverteu esses termos: a revolução deveria começar pela transformação da sociedade, privando a classe dominante da direção da “sociedade civil” e, só então, atacar o poder do Estado. Sem essa prévia “revolução do espírito” , toda e qualquer vitória comunista seria efêmera.
Para tanto, Gramsci definiu a sociedade como “um complexo sistema de relações ideais e culturais” onde a batalha deveria ser travada no plano das idéias religiosas, filosóficas, científicas, artísticas etc. Por essa razão, a caminhada ao socialismo proposta por Gramsci não passava pelos proletariados de Marx e Lênin e nem pelos camponeses de Mão Tse Tung, e sim pelos intelectuais, pela classe média, pelos estudantes, pela cultura, pela educação e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação social, buscando, por meio de métodos persuasivos, sugestivos ou compulsivos, mudar a mentalidade, desvinculando-a do sistema de valores tradicionais, para implantar os valores da ideologia comunista.
Fidel Castro, com certeza, foi o último dinossauro a adotar os métodos de Lênin. Poder-se-á dizer que Fidel é o último dos moicanos às avessas considerando que seus discipulos Chávez, Lula, Vasquez e Zapatero, estão aplicando, com sucesso, as teses do Caderno do Cárcere , de Antônio Gramsci.
Todos os valores que a civilização ocidental construiu ao longo de milênios vêm sendo sistematicamente derrubados, sob o olhar complacente de todos os brasileiros, os quais, por uma inocência pueril, seja pelo resultado de uma proposital fraqueza do ensino, seja por uma ignorância dos reais intentos das esquerdas, nem mesmo se dão conta de que é a sobrevivência da própria sociedade que está sendo destruída.
Perdidos esses valores, não sobra sequer espaço para a indignação que, em outros tempos, brotaria instantaneamente do simples fato de se tomar conhecimento dos últimos acontecimentos envolvendo escancaradas corrupções em todos os níveis do Estado.
O entorpecimento da razão humana, com o conseqüente distanciamento entre governantes e governados, já atingiu um ponto tal que, se não impossibilitou, pelo menos tornou extremamente difícil qualquer tipo de reação por parte do povo. Estando os órgãos responsáveis pela sua defesa – imprensa, associações civis, empresariado, clero, entre outros – totalmente dominados pelo sistema de governo gramsciano que há anos comanda o País, o resultado não poderia ser outro: a absoluta indefensabilidade do povo brasileiro. A este, alternativa não resta senão a de assistir, inerme e inerte, aos abusos e desmandos daqueles que, por dever de ofício, deveriam protegê-lo em todos os sentidos.
A verdade é que os velhos métodos para implantação do socialismo-comunismo foram definitivamente sepultados. Um novo paradigma está sendo adotado, cuja força avassaladora está sendo menosprezada, e o que é pior, nem percebido pelo povo brasileiro.
O Brasil está sendo transformado, pelas esquerdas, num laboratório político do pensamento de Gramsci sob a batuta do aluno aplicado, que deseja superar ao “velho mestre moicano, às avessas”.
Anatoli Oliynik ( * )
Em lugar algum no mundo o pensamento de Gramsci foi tão disciplinadamente aplicado como está sendo no Brasil. Inicialmente, pelo governo anterior, e agora pelo atual, cuja nomenklatura (1) segue com rigor as orientações dos intelectualóides que compõem o Foro de São Paulo e que têm como cartilha os Cadernos do Cárcere , de Gramsci.
Quem não está familiarizado com as ideologias políticas, por certo estará perguntando: Quem foi Gramsci e qual sua relação com o “socialismo” brasileiro?
Antonio Gramsci (1891-1937), filósofo e político foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em 1921, e o primeiro teórico marxista a defender que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito do rumo seguido pelos bolcheviques russos, capitaneados por Vladimir Illitch Ulianov Lênin (1870-1924) e seguido por Iossif Vissirianovitch Djugatchvili Stalin (1879-1953).
Durante sua prisão na Itália em 1926, que se prolongou até 1935, escreveu inúmeros textos sobre o comunismo os quais começaram a ser publicados por partes na década de 30, e integralmente em 1975, sob o título Cadernos do Cárcere . Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coréia do Norte e no Vietnã do Norte, países que se tornaram vítimas da loucura coletiva detonada por ideólogos mentecaptos.
Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a idéia revolucionária. A estratégia é utilizar-se de diplomas legais e de ações políticas que sejam docilmente aceitas pelo povo, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, a priori , representam a grande maioria da população, de modo que, entorpecidos pelo melífluo discurso gramsciano, as consciências já não possam mais perceber o engodo em que estão sendo envolvidas.
A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de “ditadura do proletariado” por “hegemonia do proletariado” e “ocupação de espaços” , cuja classe, por sua vez, deveria ser, ao mesmo tempo, dirigente e dominante. Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser primeiramente, político e intelectual.
A doutora Marli Nogueira, juíza do trabalho em Brasília, e estudiosa do assunto, nos dá a seguinte explicação sobre a “hegemonia” :
“A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela ´análise da situação´, de modo que quando o comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência. Isto deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo ´intelectual coletivo´ (o partido), que as dissemina pelos ´intelectuais orgânicos´ (ou formadores de opinião), sendo estes constituídos de intelectualóides de toda sorte, como professores – principalmente universitários (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população”.
Quanto à “ocupação de espaços” , pode ser claramente vislumbrada pela nomeação de 20 mil cargos de confiança pelo PT em todo o território brasileiro, cujos detentores desses cargos têm a missão de fazer a conexão com a primeira técnica – a “hegemonia” .
Retornando a Gramsci e segundo ele, os principais objetivos de luta pela mudança são conquistar, um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica ( escolas , universidades , editoras , meios de comunicação social , sindicatos etc .), uma vez que, os principais confrontos ocorrem na esfera cultural e não nas fábricas, nas ruas ou nos quartéis. O proletariado precisa transformar-se em força cultural e política, dirigente dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado-burguês. E o partido deve adaptar sua tática a esses preceitos, sem receio de parecer que não é revolucionário. Isso o povo brasileiro não está percebendo, pois suas mentes já foram entorpecidas pelo sistema de governo, especialmente o último e o atual.
Desta forma, Gramsci abandonou a generalizada tese marxista de uma crise catastrófica que permitiria, como um relâmpago, uma bem sucedida intervenção de uma vanguarda revolucionária organizada. Ou seja, uma intervenção do Partido. Para ele, nem a mais severa recessão do capitalismo levaria à revolução, como não a induziria nenhuma crise econômica, a menos que, antes, tenha havido uma preparação ideológica. É exatamente isto que está acontecendo no presente momento aqui no Brasil: A preparação ideológica.
Segundo a doutora Marli Nogueira:
“É essa "hegemonia" que faz com que todos os brasileiros, independentemente da idade, da condição sócio-econômica e do grau de instrução que tenham atingido, pensem de maneira uniforme sobre todo e qualquer assunto, nacional ou internacional. O poder de manipulação é tamanho, que até mesmo o senso crítico fica completamente imobilizado, incapaz de ajudar o indivíduo a analisar as questões de maneira isenta. Os exemplos são numerosos: do desarmamento, ao aborto, da guerra do Iraque à eutanásia, do movimento gay às políticas sociais, do racismo ao trabalho escravo, da inculpação social pelos crimes individuais à aceitação do caráter ´social´ de movimentos guerrilheiros (MST, FARC, MIR, ETA, etc.), todos eles visando destruir, por completo, valores que a sociedade tinha entranhados em sua alma, mas que, justamente por isso, não servem aos interesses do partido. É que esses valores representam um conjunto de virtudes diametralmente opostas aos conceitos que o partido deseja inserir no corpo social e que servirão de embasamento para as transformações que pretende implantar”.
“Uma vez superada a opinião que essa mesma sociedade tinha a respeito de várias questões, atinge-se o que Gramsci denominava ´superação do senso-comum´, que outra coisa não é senão a hegemonia de pensamento. Cada um de nós passa, assim, a ser um ventríloquo a repetir, impensadamente, as opiniões que já vêm prontas do forno ideológico comunista. E quando chegar a hora de dizer ´agora estamos prontos para ter realmente uma ´democracia´ (que, na verdade, nada mais é do que a ditadura do partido), aceitaremos também qualquer medida que nos leve a esse rumo, seja ela a demolição de instituições, seja ela a abolição da propriedade privada, seja ela o fim mesmo da democracia como sempre a entendemos até então, acreditando que será muito normal que essa ´volta à democracia´ se faça por decretos, leis ou reformas constitucionais”.
Lênin sustentava que a revolução deveria começar pela tomada do Estado para, a partir daí, transformar a sociedade. Gramsci inverteu esses termos: a revolução deveria começar pela transformação da sociedade, privando a classe dominante da direção da “sociedade civil” e, só então, atacar o poder do Estado. Sem essa prévia “revolução do espírito” , toda e qualquer vitória comunista seria efêmera.
Para tanto, Gramsci definiu a sociedade como “um complexo sistema de relações ideais e culturais” onde a batalha deveria ser travada no plano das idéias religiosas, filosóficas, científicas, artísticas etc. Por essa razão, a caminhada ao socialismo proposta por Gramsci não passava pelos proletariados de Marx e Lênin e nem pelos camponeses de Mão Tse Tung, e sim pelos intelectuais, pela classe média, pelos estudantes, pela cultura, pela educação e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação social, buscando, por meio de métodos persuasivos, sugestivos ou compulsivos, mudar a mentalidade, desvinculando-a do sistema de valores tradicionais, para implantar os valores da ideologia comunista.
Fidel Castro, com certeza, foi o último dinossauro a adotar os métodos de Lênin. Poder-se-á dizer que Fidel é o último dos moicanos às avessas considerando que seus discipulos Chávez, Lula, Vasquez e Zapatero, estão aplicando, com sucesso, as teses do Caderno do Cárcere , de Antônio Gramsci.
Todos os valores que a civilização ocidental construiu ao longo de milênios vêm sendo sistematicamente derrubados, sob o olhar complacente de todos os brasileiros, os quais, por uma inocência pueril, seja pelo resultado de uma proposital fraqueza do ensino, seja por uma ignorância dos reais intentos das esquerdas, nem mesmo se dão conta de que é a sobrevivência da própria sociedade que está sendo destruída.
Perdidos esses valores, não sobra sequer espaço para a indignação que, em outros tempos, brotaria instantaneamente do simples fato de se tomar conhecimento dos últimos acontecimentos envolvendo escancaradas corrupções em todos os níveis do Estado.
O entorpecimento da razão humana, com o conseqüente distanciamento entre governantes e governados, já atingiu um ponto tal que, se não impossibilitou, pelo menos tornou extremamente difícil qualquer tipo de reação por parte do povo. Estando os órgãos responsáveis pela sua defesa – imprensa, associações civis, empresariado, clero, entre outros – totalmente dominados pelo sistema de governo gramsciano que há anos comanda o País, o resultado não poderia ser outro: a absoluta indefensabilidade do povo brasileiro. A este, alternativa não resta senão a de assistir, inerme e inerte, aos abusos e desmandos daqueles que, por dever de ofício, deveriam protegê-lo em todos os sentidos.
A verdade é que os velhos métodos para implantação do socialismo-comunismo foram definitivamente sepultados. Um novo paradigma está sendo adotado, cuja força avassaladora está sendo menosprezada, e o que é pior, nem percebido pelo povo brasileiro.
O Brasil está sendo transformado, pelas esquerdas, num laboratório político do pensamento de Gramsci sob a batuta do aluno aplicado, que deseja superar ao “velho mestre moicano, às avessas”.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Vejam este ¨achado¨. São 9 vídeos depoimento de um ex-agente da KGB Soviética yuri Bezmenov, onde ele explica em detalhes toda a estratégia comunista para desmoralizar e desestabilizar a sociedade norte americana. Isto serve de alerta para o que está atualmente acontecendo em nosso país e continente sul americano! Se alguem ainda tem dúvidas sobre a intenção desses agentes do mal em nossa sociedade, e acha que tudo não passa de teorias conspiratórias, que tire suas conclusões aqui e agora!!!
Primeiro
Segundo
Terceiro
Quarto
Quinto
Sexto
Sétimo
Oitavo
Nono
Primeiro
Segundo
Terceiro
Quarto
Quinto
Sexto
Sétimo
Oitavo
Nono
sexta-feira, 14 de março de 2008
A Ideologia para a uma nova cultura centralizada em Deus
UNIFICATION THOUGHT: PHILOSOPHY AND IDEOLOGY FOR THE COMING NEW CULTURE CENTERED ON GOD
THE URGENT INTELLECTUAL TASK: A NEW IDEOLOGY BASED ON THEISM AND THE UNIVERSAL VALUES COMMON TO ALL THE WORLD'S MAJOR RELIGIONSIN REVEREND MOON'S WORDS: Unification Thought is "A new view of life, a new view of the world, universe and the providence of history that has never before existed. It is also a principle of integration that can encompass the whole into one unity, while at the same time preserving the individual characteristics of all religious doctrines and philosophies." He explained further, "God's truth is sent to earth as revelation given through certain providential persons. God's truth is the absolute truth, which is an almighty key capable of solving any problem, no matter how difficult it may be. I have encountered the living God through a lifetime of prayer and meditation, and have been given this absolute truth. Its remarkable contents clarify all the secrets hidden behind the entire universe, behind human life and behind human history."One of the most urgent tasks of these times of conflict between religions iis the establishment of a universal philosophy and an ideological system based on theism and universal values common to all religions. WHAT IS UNIFICATION THOUGHT?:Unification Thought is the philosophical systematization of the Divine Principle received as revelation by Reverend Moon and systematized by his early disciple, Dr. San Hun Lee, It is a philosophical theory covering the questions of being, logic, cognition, value, art, history, and practice. It assumes theological nature in that it deals with the attributes of God, creation, providence, etc. It offers a theory of standards for solving actual problems, a reform theory which is aimed at restoration to the original world, a complementary theory which recognizes the truth in existing philosophies and theologies, a theory for cultural revolution which provides the basis for the culture of the Kingdom of Heaven, and a true liberation theory which aims to liberate all humankind from Satan and thus to liberate God. As Dr. Lee has said, "Unification Thought begins with God in its logical development. That is to say, this thought system starts with the theory of the attributes of God and the theory of His creation. Thus, the first premise in the establishment of Unification Thought is the clarification of the attributes of God. The second premise is the creation of the universe, and the third premise is creation according to the law of resemblance. The reason why these three points are chosen as the premises for its logical development is that Unification Thought is revealed for the salvation of mankind through the settlement of actual problems." Faith and Reason: Unification Thought is a philosophy that is meant to be practically applied; it intends to provide the ideological basis for a global society in which true love (unselfish living for others) is the way of life and all actual problems of the individual and society can be solved. However, does the fact that it is based on God mean that accepting Unification Thought is a matter of faith? According to Dr. Lee, it does not. UnificationThought is scientifically tenable. Two major hypotheses in its ontology, the Theory of the Original Image, are verified by scientific observation. These are that God is the harmonious Subject of the dual characteristics of Sung Sang and Hyung Sang and of the dual characteristics of Yang and Yin. Since all things created according to the Law of Resemblance resemble God, they should reflect these two types of dual characteristics of God. By examining the characteristics of human beings, animals, plants and minerals, these hypotheses are verified. Thus, it need not be a matter of faith to accept Unification Thought.Unification Thought is a comprehensive philosophical system. It begins with the Theory of the Original Image, an understanding of the nature and characteristics of God, the creator of the universe. This theory states that God's central aspect is "Shim Jung" or heart, the source of love, and that God's purpose in creating was to produce joy through love. Secondly, one section of Ontology deals with all created things except human beings, and another (the Theory of Original Human Nature) deals with human beings. According to Unification Thought, all things were created to be the object partners of humankind with the purpose of producing joy. Human beings were created in the image of God, as God's children with eternal spiritual life, to exercise loving dominion over all creation and to be object partners of love to God. (Note: the term "object" in Unification Thought does not refer only to things, but may also refer to human beings) These three theories form the root from which all other theories are developed, namely Axiology, Epistemology, Logic, Education, Ethics, Art, and History. Unification Epistemology deals with issues of cognition (its origin, object, and method), while Unification Logic complements the insufficiencies of traditional logics. Axiology, the theory of values, provides the foundation for the theories of Education, Ethics, and Art, which correspond to the values of truth, goodness, and beauty, which are sought by the three functions of mind: intellect, will, and emotion, respectively. The Theory of Education proposes three types of education, of heart, norm, and intellect, which correspond to God's three blessings in Genesis 1:28 (to be fruitful, multiply, and have dominion). The Theory of Ethics states that the most fundamental ethical system is the God-centered family. The Theory of Art details the elements of beauty, the conditions for creative work, and the conditions for appreciation. And, finally, the Theory of History shows God's providence of restoration working in history through the laws of creation and restoration. Thus, Unification Thought is a system which provides the basis for a new culture, the culture of the Kingdom of Heaven on Earth. The contents of Unification Thought encompass Ontology, the Theory of the Original Human Nature, Epistemology, Axiology, Ethics, the Theory of History, Logic, Pedagogy, and the Theory of Arts. Since Ontology is the most fundamental theory of the Unification Thought, it is dealt with in comparatively greater detail. As a theistic system, Unification Thought assumes creation by God and the action of Divine Providence in the process of human history. It finds the ultimate cause of today's social chaos and international disputes at the beginning of history. It attempts to solve the various realistic problems in a new dimension by recognizing the Human Fall at the beginning of history, the action of the Divine Providence in the process of human history, and the responsibility of people to inaugurate a new, ideal God-centered world.
THE URGENT INTELLECTUAL TASK: A NEW IDEOLOGY BASED ON THEISM AND THE UNIVERSAL VALUES COMMON TO ALL THE WORLD'S MAJOR RELIGIONSIN REVEREND MOON'S WORDS: Unification Thought is "A new view of life, a new view of the world, universe and the providence of history that has never before existed. It is also a principle of integration that can encompass the whole into one unity, while at the same time preserving the individual characteristics of all religious doctrines and philosophies." He explained further, "God's truth is sent to earth as revelation given through certain providential persons. God's truth is the absolute truth, which is an almighty key capable of solving any problem, no matter how difficult it may be. I have encountered the living God through a lifetime of prayer and meditation, and have been given this absolute truth. Its remarkable contents clarify all the secrets hidden behind the entire universe, behind human life and behind human history."One of the most urgent tasks of these times of conflict between religions iis the establishment of a universal philosophy and an ideological system based on theism and universal values common to all religions. WHAT IS UNIFICATION THOUGHT?:Unification Thought is the philosophical systematization of the Divine Principle received as revelation by Reverend Moon and systematized by his early disciple, Dr. San Hun Lee, It is a philosophical theory covering the questions of being, logic, cognition, value, art, history, and practice. It assumes theological nature in that it deals with the attributes of God, creation, providence, etc. It offers a theory of standards for solving actual problems, a reform theory which is aimed at restoration to the original world, a complementary theory which recognizes the truth in existing philosophies and theologies, a theory for cultural revolution which provides the basis for the culture of the Kingdom of Heaven, and a true liberation theory which aims to liberate all humankind from Satan and thus to liberate God. As Dr. Lee has said, "Unification Thought begins with God in its logical development. That is to say, this thought system starts with the theory of the attributes of God and the theory of His creation. Thus, the first premise in the establishment of Unification Thought is the clarification of the attributes of God. The second premise is the creation of the universe, and the third premise is creation according to the law of resemblance. The reason why these three points are chosen as the premises for its logical development is that Unification Thought is revealed for the salvation of mankind through the settlement of actual problems." Faith and Reason: Unification Thought is a philosophy that is meant to be practically applied; it intends to provide the ideological basis for a global society in which true love (unselfish living for others) is the way of life and all actual problems of the individual and society can be solved. However, does the fact that it is based on God mean that accepting Unification Thought is a matter of faith? According to Dr. Lee, it does not. UnificationThought is scientifically tenable. Two major hypotheses in its ontology, the Theory of the Original Image, are verified by scientific observation. These are that God is the harmonious Subject of the dual characteristics of Sung Sang and Hyung Sang and of the dual characteristics of Yang and Yin. Since all things created according to the Law of Resemblance resemble God, they should reflect these two types of dual characteristics of God. By examining the characteristics of human beings, animals, plants and minerals, these hypotheses are verified. Thus, it need not be a matter of faith to accept Unification Thought.Unification Thought is a comprehensive philosophical system. It begins with the Theory of the Original Image, an understanding of the nature and characteristics of God, the creator of the universe. This theory states that God's central aspect is "Shim Jung" or heart, the source of love, and that God's purpose in creating was to produce joy through love. Secondly, one section of Ontology deals with all created things except human beings, and another (the Theory of Original Human Nature) deals with human beings. According to Unification Thought, all things were created to be the object partners of humankind with the purpose of producing joy. Human beings were created in the image of God, as God's children with eternal spiritual life, to exercise loving dominion over all creation and to be object partners of love to God. (Note: the term "object" in Unification Thought does not refer only to things, but may also refer to human beings) These three theories form the root from which all other theories are developed, namely Axiology, Epistemology, Logic, Education, Ethics, Art, and History. Unification Epistemology deals with issues of cognition (its origin, object, and method), while Unification Logic complements the insufficiencies of traditional logics. Axiology, the theory of values, provides the foundation for the theories of Education, Ethics, and Art, which correspond to the values of truth, goodness, and beauty, which are sought by the three functions of mind: intellect, will, and emotion, respectively. The Theory of Education proposes three types of education, of heart, norm, and intellect, which correspond to God's three blessings in Genesis 1:28 (to be fruitful, multiply, and have dominion). The Theory of Ethics states that the most fundamental ethical system is the God-centered family. The Theory of Art details the elements of beauty, the conditions for creative work, and the conditions for appreciation. And, finally, the Theory of History shows God's providence of restoration working in history through the laws of creation and restoration. Thus, Unification Thought is a system which provides the basis for a new culture, the culture of the Kingdom of Heaven on Earth. The contents of Unification Thought encompass Ontology, the Theory of the Original Human Nature, Epistemology, Axiology, Ethics, the Theory of History, Logic, Pedagogy, and the Theory of Arts. Since Ontology is the most fundamental theory of the Unification Thought, it is dealt with in comparatively greater detail. As a theistic system, Unification Thought assumes creation by God and the action of Divine Providence in the process of human history. It finds the ultimate cause of today's social chaos and international disputes at the beginning of history. It attempts to solve the various realistic problems in a new dimension by recognizing the Human Fall at the beginning of history, the action of the Divine Providence in the process of human history, and the responsibility of people to inaugurate a new, ideal God-centered world.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Vergonha Nacional
Por Gerson Camata
Há um movimento nacional de organismos – e vou usar a palavra subversivos, bandidos – para desestabilizar a economia do Brasil. Eles são comandados pelo foro de São Paulo e pelas Farc. Estou dizendo aqui há cinco anos que as Farc estão atuando no Brasil. A Abin sabe que as Farc estão atuando no Brasil; a Abin sabe que as Farc estão matando mais no Brasil do que na Colômbia.
Os jovens brasileiros estão morrendo em conseqüência do tráfico de cocaína que as Farc enfiam pelas fronteiras do Brasil. As armas que estão matando os jovens brasileiros são infiltradas pela fronteira, pelas Farc, e não se vê uma providência a ser tomada pelo Brasil.O Brasil, o contribuinte brasileiro, você, brasileiro, paga a Marinha mais cara da América Latina; paga o Exército mais caro e melhor aparelhado da América Latina; paga a Aeronáutica melhor aparelhada da América Latina e não recebe nada de volta.
A fronteira do Brasil é um queijo cheio de buracos – entram armas, drogas, maconha. E o nosso Exército? Cheio de unidades no Rio e em São Paulo, aqueles quartéis precisam estar na divisa. Por que a Marinha não patrulha as nossas águas, onde são lançadas as armas para serem recolhidas pelos bandidos? Por que não vigiamos as nossas fronteiras? Por que temos as Forças Armadas mais poderosas da América Latina e ninguém nos respeita? Os paraguaios roubam as nossas armas, enchem o Brasil de maconha, metem contrabando para dentro do Brasil; a Bolívia faz a mesma coisa, a Colômbia faz isso também. E quem respeita o País?
Temos de começar a pensar, pois as Farc atuam na divisa do Espírito Santo com Minas. Paralisaram os trens da Companhia Vale do Rio Doce. Trezentas mil toneladas, comprometendo o prestígio do Brasil no mercado internacional, de minério de ferro deixaram de ser embarcadas. Navios parados ao longo do litoral do Espírito Santo, congestionando os portos, aguardando serem abastecidos, Sr. Presidente. E mais, 2.500 passageiros da única ferrovia do Brasil que tem dois trens por dia, que liga Vitória a Belo Horizonte, que é uma ferrovia para a Companhia Vale do Rio Doce, deficitária, mas que serve ao fluxo de passageiros, 2.500 a 3.000 passageiros por dia, entre Belo Horizonte e todas aquelas cidades vizinhas ao longo do Rio Doce, que estão dentre Vitória e Belo Horizonte.
E víamos na televisão, na estação ferroviária de Vitória e na estação ferroviária de Belo Horizonte – e é preciso dizer que são as pessoas mais humildes, porque a passagem de trem custa um terço da passagem de ônibus. Essas pessoas usam esses trens, gente humilde, que estavam indo ao médico, parados, passando fome, porque acabou o dinheiro deles. Foi preciso que a assistência social da Prefeitura de Cariacica se deslocasse ate à estação com lanche para aquelas pessoas paralisadas ali. O que essa gente ganha fazendo o pobre sofrer?
Essa Via Campesina, esse MST, essas organizações marxistas, que desapareceram na Europa e nos países civilizados, nem na África existem mais, mas prosperam na América Latina. Quem é que mantém essa associação que um dia invade no Pará, noutro dia invade no Rio Grande do Sul? De onde vem esse volume de dinheiro para manter esses malandros fazendo baderna pelo País afora, desonrando o Brasil, fazendo que o País passe vergonha em âmbito nacional? Quem paga os aviões fretados dos índios de Aracruz – falsos índios – que vão para Europa, para porta dos concorrentes desfilar de tanga?
Quem aluga esses aviões? Quem é que leva esses caras para Portugal, para a Suécia, para a Itália, para fazer dança na chuva na porta dos escritórios Aracruz Celulose, que é brasileira? Precisamos saber disso. Precisamos fazer uma CPI porque eles chegam aqui e rebentam, quebram os vidros do Congresso Nacional. Sabe o que aconteceu? Nada, Sr. Presidente. Param as estações de pedágio, quebram os computadores todos. Sabe o que acontece? Nada. Vão para a sede do Incra, arrebentam os computadores, quebram os vidros, destroem os escritórios. Sabe o que acontece? Nada. Que diabo de País é este em que não acontece nada com essa gente? Quem patrocina essa gente? Quem os abriga? Quem os defende? É na Justiça que está o problema ou na estrutura do País que está apodrecendo ideologicamente a favor dessas ideologias ultrapassadas, que não existem no mundo e que só o atraso do Brasil permite que existam aqui? Eu acho que isso é que merece uma CPI; isso precisa de uma CPI.
Essas leis precisam ser mudadas, para que o brasileiro não fique cada vez mais passando vergonha aos olhos do mundo por ações antiquadas, ultrapassadas, orquestradas, bem pagas e, com a conivência de altas autoridades brasileiras, envergonhando o Brasil, fazendo mal aos brasileiros, diminuindo as oportunidades de investimentos, as oportunidades de trabalho para milhões de brasileiros. Eram essas as colocações que queria fazer, apresentando a solidariedade à Vale do Rio Doce, que está sendo perseguida por criar tantos empregos no Brasil.Como católico, eu tenho medo que alguns setores da Igreja Católica estejam metido nisso.
Eu falei, aqui, há algum tempo, que estava assistindo a uma missa, em São Paulo, quando veio o padre e parou tudo para distribuir um folheto, no qual se pedia a reestatização da Vale. E, dentro da igreja, estava ali a Via Campesina. Eu me retirei de lá, pois se vai num domingo à igreja para rezar, fazer uma reconciliação com Deus e é agredido com uma coisa dessas! Será que a Igreja Católica está atrás dessas coisas? Um amigo meu disse outro dia: “Gerson, quando eu vou à missa, eu não dou mais contribuição, porque eu não sei, se esse dinheiro é para financiar o culto, se é para melhorar a minha igreja, ou se vai parar lá na mão de uma organização clandestina, comunista para fazer baderna, no Brasil, por trás de alguns sacerdotes da Igreja Católica”.
Os bispos, a CNBB... Eu, que sou católico, tenho o direito de cobrar uma certa posição diante de certos extremismos, porque, no final, a gente vê que, lá por trás, há alguma ação de alguns padres que, desviados da doutrina de Jesus Cristo, partem para a doutrina marxista para agredir, atacar, semear a cizânia e o ódio entre os brasileiros. Isso não é função de quem é cristão.
Há um movimento nacional de organismos – e vou usar a palavra subversivos, bandidos – para desestabilizar a economia do Brasil. Eles são comandados pelo foro de São Paulo e pelas Farc. Estou dizendo aqui há cinco anos que as Farc estão atuando no Brasil. A Abin sabe que as Farc estão atuando no Brasil; a Abin sabe que as Farc estão matando mais no Brasil do que na Colômbia.
Os jovens brasileiros estão morrendo em conseqüência do tráfico de cocaína que as Farc enfiam pelas fronteiras do Brasil. As armas que estão matando os jovens brasileiros são infiltradas pela fronteira, pelas Farc, e não se vê uma providência a ser tomada pelo Brasil.O Brasil, o contribuinte brasileiro, você, brasileiro, paga a Marinha mais cara da América Latina; paga o Exército mais caro e melhor aparelhado da América Latina; paga a Aeronáutica melhor aparelhada da América Latina e não recebe nada de volta.
A fronteira do Brasil é um queijo cheio de buracos – entram armas, drogas, maconha. E o nosso Exército? Cheio de unidades no Rio e em São Paulo, aqueles quartéis precisam estar na divisa. Por que a Marinha não patrulha as nossas águas, onde são lançadas as armas para serem recolhidas pelos bandidos? Por que não vigiamos as nossas fronteiras? Por que temos as Forças Armadas mais poderosas da América Latina e ninguém nos respeita? Os paraguaios roubam as nossas armas, enchem o Brasil de maconha, metem contrabando para dentro do Brasil; a Bolívia faz a mesma coisa, a Colômbia faz isso também. E quem respeita o País?
Temos de começar a pensar, pois as Farc atuam na divisa do Espírito Santo com Minas. Paralisaram os trens da Companhia Vale do Rio Doce. Trezentas mil toneladas, comprometendo o prestígio do Brasil no mercado internacional, de minério de ferro deixaram de ser embarcadas. Navios parados ao longo do litoral do Espírito Santo, congestionando os portos, aguardando serem abastecidos, Sr. Presidente. E mais, 2.500 passageiros da única ferrovia do Brasil que tem dois trens por dia, que liga Vitória a Belo Horizonte, que é uma ferrovia para a Companhia Vale do Rio Doce, deficitária, mas que serve ao fluxo de passageiros, 2.500 a 3.000 passageiros por dia, entre Belo Horizonte e todas aquelas cidades vizinhas ao longo do Rio Doce, que estão dentre Vitória e Belo Horizonte.
E víamos na televisão, na estação ferroviária de Vitória e na estação ferroviária de Belo Horizonte – e é preciso dizer que são as pessoas mais humildes, porque a passagem de trem custa um terço da passagem de ônibus. Essas pessoas usam esses trens, gente humilde, que estavam indo ao médico, parados, passando fome, porque acabou o dinheiro deles. Foi preciso que a assistência social da Prefeitura de Cariacica se deslocasse ate à estação com lanche para aquelas pessoas paralisadas ali. O que essa gente ganha fazendo o pobre sofrer?
Essa Via Campesina, esse MST, essas organizações marxistas, que desapareceram na Europa e nos países civilizados, nem na África existem mais, mas prosperam na América Latina. Quem é que mantém essa associação que um dia invade no Pará, noutro dia invade no Rio Grande do Sul? De onde vem esse volume de dinheiro para manter esses malandros fazendo baderna pelo País afora, desonrando o Brasil, fazendo que o País passe vergonha em âmbito nacional? Quem paga os aviões fretados dos índios de Aracruz – falsos índios – que vão para Europa, para porta dos concorrentes desfilar de tanga?
Quem aluga esses aviões? Quem é que leva esses caras para Portugal, para a Suécia, para a Itália, para fazer dança na chuva na porta dos escritórios Aracruz Celulose, que é brasileira? Precisamos saber disso. Precisamos fazer uma CPI porque eles chegam aqui e rebentam, quebram os vidros do Congresso Nacional. Sabe o que aconteceu? Nada, Sr. Presidente. Param as estações de pedágio, quebram os computadores todos. Sabe o que acontece? Nada. Vão para a sede do Incra, arrebentam os computadores, quebram os vidros, destroem os escritórios. Sabe o que acontece? Nada. Que diabo de País é este em que não acontece nada com essa gente? Quem patrocina essa gente? Quem os abriga? Quem os defende? É na Justiça que está o problema ou na estrutura do País que está apodrecendo ideologicamente a favor dessas ideologias ultrapassadas, que não existem no mundo e que só o atraso do Brasil permite que existam aqui? Eu acho que isso é que merece uma CPI; isso precisa de uma CPI.
Essas leis precisam ser mudadas, para que o brasileiro não fique cada vez mais passando vergonha aos olhos do mundo por ações antiquadas, ultrapassadas, orquestradas, bem pagas e, com a conivência de altas autoridades brasileiras, envergonhando o Brasil, fazendo mal aos brasileiros, diminuindo as oportunidades de investimentos, as oportunidades de trabalho para milhões de brasileiros. Eram essas as colocações que queria fazer, apresentando a solidariedade à Vale do Rio Doce, que está sendo perseguida por criar tantos empregos no Brasil.Como católico, eu tenho medo que alguns setores da Igreja Católica estejam metido nisso.
Eu falei, aqui, há algum tempo, que estava assistindo a uma missa, em São Paulo, quando veio o padre e parou tudo para distribuir um folheto, no qual se pedia a reestatização da Vale. E, dentro da igreja, estava ali a Via Campesina. Eu me retirei de lá, pois se vai num domingo à igreja para rezar, fazer uma reconciliação com Deus e é agredido com uma coisa dessas! Será que a Igreja Católica está atrás dessas coisas? Um amigo meu disse outro dia: “Gerson, quando eu vou à missa, eu não dou mais contribuição, porque eu não sei, se esse dinheiro é para financiar o culto, se é para melhorar a minha igreja, ou se vai parar lá na mão de uma organização clandestina, comunista para fazer baderna, no Brasil, por trás de alguns sacerdotes da Igreja Católica”.
Os bispos, a CNBB... Eu, que sou católico, tenho o direito de cobrar uma certa posição diante de certos extremismos, porque, no final, a gente vê que, lá por trás, há alguma ação de alguns padres que, desviados da doutrina de Jesus Cristo, partem para a doutrina marxista para agredir, atacar, semear a cizânia e o ódio entre os brasileiros. Isso não é função de quem é cristão.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
"A Justiça tem de intimar Lula a explicar suas reuniões clandestinas com narcotraficantes e seqüestradores
Há dezesseis anos o sr. Luís Inácio Lula da Silva, junto com outros líderes esquerdistas, se reúne regularmente com os representantes de entidades criminosas como as Farc, fornecedoras de cocaína ao mercado nacional, e o MIR chileno, seqüestrador de brasileiros. O órgão que promove esses encontros chama-se Foro de São Paulo. Foi Lula quem o fundou e presidiu até 2002, mas mesmo depois de assumir a presidência da República continuou participando dos encontros. Recentemente ele declarou, entre os participantes do Foro, que nessas reuniões eram propositadamente camufladas, para que ninguém soubesse o teor do que ali se falava. Mas admitiu também que as conversações foram decisivas para ajudar Hugo Chávez a sair vencedor no referendo de 2004. Outro resultado foi uma resolução coletiva, emitida poucos meses antes da eleição de 2002, que tomava partido das Farc no confronto com o governo colombiano, acusando este último de "terrorismo de Estado". A resolução foi assinada por Lula depois de o traficante Fernadinho Beira-Mar ter confessado que comprava cocaína das Farc para distribuí-la no Brasil, destruindo as vidas de milhões de nossos compatriotas, inclusive crianças. Ao mesmo tempo, o Exército notificava freqüentes tiroteios com as Farc na selva amazônica, e as polícias estaduais informavam que agentes dessa organização narcotraficante estavam dando treinamento de guerrilha urbana aos bandidos do Comando Vermelho e do PCC. Com que autoridade um presidente da República se reúne em segredo com criminosos notórios para ajudar um político estrangeiro seu amigo, intervindo nos assuntos de uma nação vizinha sem dar ciência disto ao Congresso ou à opinião pública? Com que autoridade ele nos torna a todos "solidários" com agressores do país, com seqüestradores de brasileiros e com assassinos das nossas crianças? As Farc e o MIR são inimigos do Brasil. Lula é amigo deles. Ele tem sabido proteger esse segredo tenebroso graças à ajuda de seus colaboradores infiltrados na mídia. Simplesmente não é possível admitir que esse conspirador sinistro se apresente candidato às eleições presidenciais antes de prestar esclarecimentos cabais sobre esse aspecto encoberto e clandestino das suas atividades. As autoridades judiciais devem intimar Lula a entregar imediatamente toda a documentação das reuniões do Foro de São Paulo e a explicar as estarrecedoras declarações que fez no discurso que proferiu no décimo-quinto aniversário dessa entidade em 2 de julho de 2005, no qual confessa ter ludibriado o Congresso e o povo para ajudar Hugo Chávez por baixo do pano".
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
O Livro Negro do Comunismo

O livro negro do comunismo
Escrito por Roberto Campos
08 de maio de 2007
"Le livre noir du communisme" (Edições Robert Laffont, Paris, 1997), escrito por seis historiadores europeus, com acesso a arquivos soviéticos recém-abertos, é uma espécie de enciclopédia da violência do comunismo. O chamado "socialismo real" foi uma tragédia de dimensões planetárias, superior em abrangência e intensidade ao seu êmulo totalitário do entreguerras - o nazifascismo.Ao contrário da repressão episódica e acidental das ditaduras latino-americanas, a violência comunista se tornou um instrumento político-ideológico, fazendo parte da rotina de governo. Essa sistematização do terror não é rara na história humana, tendo repontado na Revolução Francesa do século 18 na fase violenta do jacobinismo, na "industrialização do extermínio judaico" pelos nazistas, e - confesso-o com pudor - na inquisição da Igreja Católica, que durante séculos queimava os corpos para purificar as almas.O "Livre noir" me veio às mãos num momento oportuno em que, reaberto na mídia e no Congresso o debate sobre a violência de nossos "anos de chumbo" nas décadas de 60 e 70, me pusera a reler o "Brasil Nunca Mais", editado em 1985 pela Arquidiocese de São Paulo.Comparados os dois, verifica-se que o Brasil não ultrapassou o abecedário da violência, palco que foi de um miniconflito da Guerra Fria, enquanto que o "Livre noir" é um tratado ecumênico sobre as depravações ínsitas do comunismo, este sem dúvida o experimento mais sangrento de toda a história humana.Produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas, indicando que a violência comunista não foi mera aberração da psique eslava, mas, sim, algo diabolicamente inerente à engenharia social marxista, que, querendo reformar o homem pela força, transforma os dissidentes primeiro em inimigos e, depois, em vítimas.A aritmética macabra do comunismo assim se classifica por ordem de grandeza: China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2 milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu (1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).O comunismo fabricou três dos maiores carniceiros da espécie humana - Lênin, Stálin e Mao Tse-tung. Lênin foi o iniciador do terror soviético. Enquanto os czares russos em quase um século (1825 a 1917) executaram 3.747 pessoas, Lênin superou esse recorde em apenas quatro meses após a revolução de outubro de 1917.Alguns líderes do Terceiro Mundo figuram com distinção nessa galeria de assassinos. Em termos de percentagem da população, o campeão absoluto foi Pol Pot, que exterminou em 3,5 anos um quarto da população do Camboja.Fidel Castro, por sua vez, é o campeão absoluto da "exclusão social", pois 2,2 milhões de pessoas, equivalentes a 20% da população da ilha, tiveram de fugir. Juntamente com o Vietnã, Fidel criou uma nova espécie de refugiado, o "boat people" - ou seja, os "balseros", milhares dos quais naufragaram, engordando os tubarões do Caribe.A vasta maioria dos países comunistas é culpada dos três crimes definidos no artigo 6º do Estatuto de Nuremberg: crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.A discussão brasileira sobre os nossos "anos de chumbo" raramente situa as coisas no contexto internacional da Guerra Fria, a qual alcançou seu apogeu nos anos 60 e 70, provocando um "refluxo autoritário" no Terceiro Mundo. Houve intervenções militares no Brasil e na Bolívia em 1964, na Argentina em 1966, no Peru em 1968, no Equador em 1972, e no Uruguai em 1973.Fenômeno idêntico ocorreu em outros continentes. Os militares coreanos subiram ao governo em 1961 e adquiriram poderes ditatoriais em 1973. Houve golpes militares na Indonésia em 1965, na Grécia em 1967 e, nesse mesmo ano, o presidente Marcos impunha a lei marcial nas Filipinas, e Indira Gandhi declarava um "regime de emergência". Em Taiwan e Cingapura houve autoritarismo civil sob um partido dominante.O grande mérito dos regimes democráticos é preservar os direitos humanos, estigmatizando qualquer iniciativa de violá-los. Mas por lamentáveis que sejam as violências e torturas denunciadas no "Brasil, Nunca Mais", elas empalidecem perto das brutalidades do comunismo cubano, minudenciadas no "Livre noir".Comparados ao carniceiro profissional do Caribe, os militares brasileiros parecem escoteiros destreinados apartando um conflito de subúrbio... Enquanto Fidel fuzilou entre 15 mil e 17 mil pessoas (sendo 10 mil só na década de 60), o número de mortos e desaparecidos no Brasil, entre 1964 e 1979, a julgar pelos pedidos de indenização, seria em torno de 288, segundo a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, e de 224 casos comprovados, segundo a Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça. O Brasil perde de longe nessa aritmética macabra.Em 1978, quando em nosso Congresso já se discutia a "Lei da Anistia", havia em Cuba entre 15 mil e 20 mil prisioneiros políticos, número que declinou para cerca de 12 mil em 1986. No ano passado, 38 anos depois da Revolução de Sierra Maestra, ainda havia, segundo a Anistia Internacional, entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos na ilha. Em matéria de prisões e torturas, a tecnologia cubana era altamente sofisticada, havendo "ratoneras", "gavetas" e "tostadoras". Registre-se um traço de inventividade tecnológica - a tortura "merdácea", pela imersão de prisioneiros na merda.Não houve prisões brasileiras comparáveis a La Cabaña (onde ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato, Kilo 5,5 ou Pinar Del Rio. Com estranha incongruência, artistas e intelectuais e políticos que denunciam a tortura brasileira visitam Cuba e chegam mesmo a tecer homenagens líricas a Fidel e a seu algoz-adjunto Che Guevara.Este, como procurador-geral, foi comandante da prisão La Cabaña, onde, nos primeiros meses da revolução, ocorreram 120 fuzilamentos (dos 550 confessados por Fidel Castro), inclusive as execuções de Jesus Carreras, guerrilheiro contra a ditadura batista, e de Sori Marin, ex-ministro da agricultura de Fidel. Note-se que Che foi o inventor dos "campos de trabalho coletivos", na península de Guanaha, versão cubana dos "gulags soviéticos" e dos "campos de reeducação" do Vietnã.A repressão comunista tem características particularmente selvagens. A responsabilidade é "coletiva", atingindo não apenas as pessoas, mas as famílias. É habitual o recurso a trabalhos forçados, em campos de concentração. Não há separação carcerária, ou mesmo judicial, entre criminosos comuns e políticos. Em Cuba, criou-se um instituto original, o da "periculosidade pré-delitual", podendo a pessoa ser presa por mera suspeita das autoridades, independentemente de fatos ou ações.Causa-me infinda perplexidade, na mídia internacional e em nosso discurso político local, a "angelização" de Fidel e Guevara e a "satanização" de Pinochet. Isso só pode resultar de ignorância factual ou de safadeza ideológica.Pinochet foi ditador por 17 anos; Fidel está no poder há 39 anos. Pinochet promoveu a abertura econômica e iniciou a redemocratização do país, retirando-se após derrotado em plebiscito e em eleições democráticas como senador vitalício (solução que, se imitada em Cuba, facilitaria o fim do embargo).Fidel considera uma obscenidade a alternância no poder, preferindo submeter a nação cubana à miséria e à fome, para se manter ditador. Pinochet deixou a economia chilena numa trajetória de crescimento sustentado de 6,5% ao ano. Antes de Fidel, a economia cubana era a terceira em renda por habitante entre os latino-americanos e hoje caiu ao nível do Haiti e da Bolívia.O Chile exporta capitais, enquanto Fidel foi um pensionista da União Soviética e, agora, para arranjar divisas, conta com remessas de exilados e receitas de turismo e prostituição. Em termos de violência, o número de mortos e desaparecidos no Chile foi estimado em 3.000, enquanto Fidel fuzilou 17 mil!Apesar de fronteiras terrestres porosas, o Chile, com população comparável à de Cuba e sem os tubarões do Caribe, sofreu um êxodo de apenas 30 mil chilenos, hoje em grande parte retornados. Sob Fidel, 20% da população da ilha, ou seja, algo que nas dimensões brasileiras seria comparável à Grande São Paulo, teve de fugir.Em suma, Pinochet submeteu-se à democracia e tem bom senso em economia. Fidel é um PhD em tirania e um analfabeto em economia. O "Livre noir" nos dá uma idéia da bestialidade de que escapamos se triunfassem os radicais de esquerda. Lembremo-nos que, em 1963, Luiz Carlos Prestes declarava desinibidamente que "nós os comunistas já estamos no governo, mas não ainda no poder".Parece-me ingenuidade histórica imaginar que, na ausência da revolução de 1964, o Brasil manteria apenas com alguns tropeços sua normalidade democrática. A verdade é que Jango Goulart não planejara minimamente sua sucessão, gerando suspeitas de continuísmo. E estava exposto a ventos de radicalização de duas origens: a radicalização sindical, que levaria à hiperinflação, e a radicalização ideológica, pregada por Brizola e Arraes, que podia resultar em guerra civil.É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que, no albor dos anos 60, este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: "anos de chumbo" ou "rios de sangue"...Roberto Campos foi economista, diplomata, senador pelo PDS-MT e ministro do Planejamento (governo Castello Branco). É autor de "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994). Este e outros artigos podem ser encontrados no livro de Roberto Campos, Na Virada do Milênio, ed. Topbooks, 1998.
Folha de S. Paulo e O Globo, 19/04/98
Fonte: http://pensadoresbrasileiros.home.comcast.net/RobertoCampos/index.html
Escrito por Roberto Campos
08 de maio de 2007
"Le livre noir du communisme" (Edições Robert Laffont, Paris, 1997), escrito por seis historiadores europeus, com acesso a arquivos soviéticos recém-abertos, é uma espécie de enciclopédia da violência do comunismo. O chamado "socialismo real" foi uma tragédia de dimensões planetárias, superior em abrangência e intensidade ao seu êmulo totalitário do entreguerras - o nazifascismo.Ao contrário da repressão episódica e acidental das ditaduras latino-americanas, a violência comunista se tornou um instrumento político-ideológico, fazendo parte da rotina de governo. Essa sistematização do terror não é rara na história humana, tendo repontado na Revolução Francesa do século 18 na fase violenta do jacobinismo, na "industrialização do extermínio judaico" pelos nazistas, e - confesso-o com pudor - na inquisição da Igreja Católica, que durante séculos queimava os corpos para purificar as almas.O "Livre noir" me veio às mãos num momento oportuno em que, reaberto na mídia e no Congresso o debate sobre a violência de nossos "anos de chumbo" nas décadas de 60 e 70, me pusera a reler o "Brasil Nunca Mais", editado em 1985 pela Arquidiocese de São Paulo.Comparados os dois, verifica-se que o Brasil não ultrapassou o abecedário da violência, palco que foi de um miniconflito da Guerra Fria, enquanto que o "Livre noir" é um tratado ecumênico sobre as depravações ínsitas do comunismo, este sem dúvida o experimento mais sangrento de toda a história humana.Produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas, indicando que a violência comunista não foi mera aberração da psique eslava, mas, sim, algo diabolicamente inerente à engenharia social marxista, que, querendo reformar o homem pela força, transforma os dissidentes primeiro em inimigos e, depois, em vítimas.A aritmética macabra do comunismo assim se classifica por ordem de grandeza: China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2 milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu (1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).O comunismo fabricou três dos maiores carniceiros da espécie humana - Lênin, Stálin e Mao Tse-tung. Lênin foi o iniciador do terror soviético. Enquanto os czares russos em quase um século (1825 a 1917) executaram 3.747 pessoas, Lênin superou esse recorde em apenas quatro meses após a revolução de outubro de 1917.Alguns líderes do Terceiro Mundo figuram com distinção nessa galeria de assassinos. Em termos de percentagem da população, o campeão absoluto foi Pol Pot, que exterminou em 3,5 anos um quarto da população do Camboja.Fidel Castro, por sua vez, é o campeão absoluto da "exclusão social", pois 2,2 milhões de pessoas, equivalentes a 20% da população da ilha, tiveram de fugir. Juntamente com o Vietnã, Fidel criou uma nova espécie de refugiado, o "boat people" - ou seja, os "balseros", milhares dos quais naufragaram, engordando os tubarões do Caribe.A vasta maioria dos países comunistas é culpada dos três crimes definidos no artigo 6º do Estatuto de Nuremberg: crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.A discussão brasileira sobre os nossos "anos de chumbo" raramente situa as coisas no contexto internacional da Guerra Fria, a qual alcançou seu apogeu nos anos 60 e 70, provocando um "refluxo autoritário" no Terceiro Mundo. Houve intervenções militares no Brasil e na Bolívia em 1964, na Argentina em 1966, no Peru em 1968, no Equador em 1972, e no Uruguai em 1973.Fenômeno idêntico ocorreu em outros continentes. Os militares coreanos subiram ao governo em 1961 e adquiriram poderes ditatoriais em 1973. Houve golpes militares na Indonésia em 1965, na Grécia em 1967 e, nesse mesmo ano, o presidente Marcos impunha a lei marcial nas Filipinas, e Indira Gandhi declarava um "regime de emergência". Em Taiwan e Cingapura houve autoritarismo civil sob um partido dominante.O grande mérito dos regimes democráticos é preservar os direitos humanos, estigmatizando qualquer iniciativa de violá-los. Mas por lamentáveis que sejam as violências e torturas denunciadas no "Brasil, Nunca Mais", elas empalidecem perto das brutalidades do comunismo cubano, minudenciadas no "Livre noir".Comparados ao carniceiro profissional do Caribe, os militares brasileiros parecem escoteiros destreinados apartando um conflito de subúrbio... Enquanto Fidel fuzilou entre 15 mil e 17 mil pessoas (sendo 10 mil só na década de 60), o número de mortos e desaparecidos no Brasil, entre 1964 e 1979, a julgar pelos pedidos de indenização, seria em torno de 288, segundo a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, e de 224 casos comprovados, segundo a Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça. O Brasil perde de longe nessa aritmética macabra.Em 1978, quando em nosso Congresso já se discutia a "Lei da Anistia", havia em Cuba entre 15 mil e 20 mil prisioneiros políticos, número que declinou para cerca de 12 mil em 1986. No ano passado, 38 anos depois da Revolução de Sierra Maestra, ainda havia, segundo a Anistia Internacional, entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos na ilha. Em matéria de prisões e torturas, a tecnologia cubana era altamente sofisticada, havendo "ratoneras", "gavetas" e "tostadoras". Registre-se um traço de inventividade tecnológica - a tortura "merdácea", pela imersão de prisioneiros na merda.Não houve prisões brasileiras comparáveis a La Cabaña (onde ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato, Kilo 5,5 ou Pinar Del Rio. Com estranha incongruência, artistas e intelectuais e políticos que denunciam a tortura brasileira visitam Cuba e chegam mesmo a tecer homenagens líricas a Fidel e a seu algoz-adjunto Che Guevara.Este, como procurador-geral, foi comandante da prisão La Cabaña, onde, nos primeiros meses da revolução, ocorreram 120 fuzilamentos (dos 550 confessados por Fidel Castro), inclusive as execuções de Jesus Carreras, guerrilheiro contra a ditadura batista, e de Sori Marin, ex-ministro da agricultura de Fidel. Note-se que Che foi o inventor dos "campos de trabalho coletivos", na península de Guanaha, versão cubana dos "gulags soviéticos" e dos "campos de reeducação" do Vietnã.A repressão comunista tem características particularmente selvagens. A responsabilidade é "coletiva", atingindo não apenas as pessoas, mas as famílias. É habitual o recurso a trabalhos forçados, em campos de concentração. Não há separação carcerária, ou mesmo judicial, entre criminosos comuns e políticos. Em Cuba, criou-se um instituto original, o da "periculosidade pré-delitual", podendo a pessoa ser presa por mera suspeita das autoridades, independentemente de fatos ou ações.Causa-me infinda perplexidade, na mídia internacional e em nosso discurso político local, a "angelização" de Fidel e Guevara e a "satanização" de Pinochet. Isso só pode resultar de ignorância factual ou de safadeza ideológica.Pinochet foi ditador por 17 anos; Fidel está no poder há 39 anos. Pinochet promoveu a abertura econômica e iniciou a redemocratização do país, retirando-se após derrotado em plebiscito e em eleições democráticas como senador vitalício (solução que, se imitada em Cuba, facilitaria o fim do embargo).Fidel considera uma obscenidade a alternância no poder, preferindo submeter a nação cubana à miséria e à fome, para se manter ditador. Pinochet deixou a economia chilena numa trajetória de crescimento sustentado de 6,5% ao ano. Antes de Fidel, a economia cubana era a terceira em renda por habitante entre os latino-americanos e hoje caiu ao nível do Haiti e da Bolívia.O Chile exporta capitais, enquanto Fidel foi um pensionista da União Soviética e, agora, para arranjar divisas, conta com remessas de exilados e receitas de turismo e prostituição. Em termos de violência, o número de mortos e desaparecidos no Chile foi estimado em 3.000, enquanto Fidel fuzilou 17 mil!Apesar de fronteiras terrestres porosas, o Chile, com população comparável à de Cuba e sem os tubarões do Caribe, sofreu um êxodo de apenas 30 mil chilenos, hoje em grande parte retornados. Sob Fidel, 20% da população da ilha, ou seja, algo que nas dimensões brasileiras seria comparável à Grande São Paulo, teve de fugir.Em suma, Pinochet submeteu-se à democracia e tem bom senso em economia. Fidel é um PhD em tirania e um analfabeto em economia. O "Livre noir" nos dá uma idéia da bestialidade de que escapamos se triunfassem os radicais de esquerda. Lembremo-nos que, em 1963, Luiz Carlos Prestes declarava desinibidamente que "nós os comunistas já estamos no governo, mas não ainda no poder".Parece-me ingenuidade histórica imaginar que, na ausência da revolução de 1964, o Brasil manteria apenas com alguns tropeços sua normalidade democrática. A verdade é que Jango Goulart não planejara minimamente sua sucessão, gerando suspeitas de continuísmo. E estava exposto a ventos de radicalização de duas origens: a radicalização sindical, que levaria à hiperinflação, e a radicalização ideológica, pregada por Brizola e Arraes, que podia resultar em guerra civil.É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que, no albor dos anos 60, este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: "anos de chumbo" ou "rios de sangue"...Roberto Campos foi economista, diplomata, senador pelo PDS-MT e ministro do Planejamento (governo Castello Branco). É autor de "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994). Este e outros artigos podem ser encontrados no livro de Roberto Campos, Na Virada do Milênio, ed. Topbooks, 1998.
Folha de S. Paulo e O Globo, 19/04/98
Fonte: http://pensadoresbrasileiros.home.comcast.net/RobertoCampos/index.html
domingo, 14 de outubro de 2007
Teoria Evolu-criacionista
A multiplicidade como base para a sigularidade - Teoria Evolu-Criacionista.
Na criação vemos a presença de uma multiplicidade em cada categoria que através de um processo seletivo, conduz à singularidade da mesma em seu processo evolutivo. O PD concebe duas maneiras de ver a Criação de todas as coisas, uma como a formação do ambiente para o homem, e outra como uma espécie de esboço Divino para se chegar na sua obra prima que é o homem. Nessa segunda asserção, Deus seria como um pintor que aos poucos vai delineando sua criação colocando sua natureza nela até chegar no seu objeto perfeito. Poderíamos perguntar se essas duas concepções se contradizem, ou podem fazer parte de um esquema criacionário que englobe tanto uma criação não linear como a primeira, com a linear que é a segunda. Somando -se a isto temos a teoria da evolução Darwiniana que concebe uma evolução linear seletiva porém materialista.
Acredito que isto pode ser conciliada numa só visão evolucriacionária.
Observando o desenvolvimento de todas as coisas percebemos que tudo parte de uma variedade que seletivamente evolue numa singularidade. desta hipótese podemos entender melhor a evolução.
1- A evolução do Cosmos
2- A evolução das espécies
3-A evolução dos fenomenos históricos
Muitas vezes nos perguntamos, qual seria a finalidade desse inseto, daquela planta, ou mesmo de galáxias distantes que nada tem haver com nossas vidas. isso até mesmo reforça as teorias de uma evolução totalmente aleatória e casual, portanto dando margem ao darwinismo.
Fala-se muito em ecossistema como um espécie de relação interdependente entre os microorganismos, plantas e animais superiores incluindo ai o homem. Mas eu vejo que as inimeráveis formas de vida no universo querem nos dizer muito mais do que isto.
Gostaria de esclarecer este ponto dentro dessa visão evolucriacionária, e do princípio da multiplicidade como base para a seletividade do singular!
Segundo esse princípio, a evolução não se dá numa linha direta, mas ela se ramifica ao passo que evolue, e as ramificações ficam existindo fora da linha central até que ou sejam extintas, ou se fossilizam existencialmente. essa fossilização se traduz numa existencia cíclica repetitiva sem evoluir em algo superior.
desde a Ameba até ao homem a força vital da criação divina percorreu essas ramificações seletivamente. deixando um rastro de galhos isolados que uma vez servindo de base paa a evolução dos seres superiores, posteriormente perde o influxo da força vital caindo numa existencia fossilizada, ou seja apenas existencia cíclica e não evolutiva.
Como já se é sabido, as espécies da natureza desde a ameba até o homem se desenvolveram numa estratificação em forma de árvore, com seus troncos principais, galhos e folhas, assim como numa árvore mesma que tem por finalidade gerar o fruto mas que para isso desenvolve galhos e folhas por toda parte até que em um dos galhos o fruto aparece, daí que a função dos galhos é de tanto dar proteção ao fruto quanto de ser a base para a existência do mesmo. Portanto um fruto singular exige uma quantidade variada de galhos adjacentes que não tem uma relação muito direta com o mesmo, mas que de certa forma fora necessário para gerá-lo! Sempre do externo para o interno e do geral para o específico!
Assim, as variadas espécies da fauna e da flora, representam ramificaçoes que se perderam na longa evolução em direção ao homem. Um vez saindo da linha central da evolução aquela espécie fica se perpetuando em sua vida cíclica repordutiva porém sem evoluir mais. Outras simplesmente desapareceram.
Há vários exemplos na natureza desse princípio. O s espermatozóides que correm em direção ao útero para fecundação, são em milhoes, porém apenas um vai fecundar o óvulo. Então perguntaríamos, se só um espermatozoide é necessesário para a fecudação, qual a necesidade de se liberar milhçoes deles? Parece que eles ajudam a fazer a corrente necessária no fluxo até o óvulo. Daí muitas coisas podem fazer certo sentido, como por exemplo, será que foi necessários essas biilhões de galáxias para que a nossa viesse a existir? E essa por sua vez para que a nossa pequenina Terra viesse a gerar a vida? Não seriam os anjos um esboço para que Deus chegasse no homem?
O homem como a fina flor da cadeia evolucionária ainda continua a evoluir, não tanto fisicamente, mas principalemente mental e espiritualmente.
Dai então partimos para a História e a raiz de seus fenômenos. A sociedade humana também revela essas características evolutivas, e o princípio do multiplo que evolui o singular com culturas em constante evolução, suas tradições, filosofias e religiões. Mas qual seria o fruto da História e a direção de sua evolução? Sem dúvida nenhuma segundo o Princípio Divino é o advento do homem visível como encarnação do Deus invisível, ou o Messias!
Muitas sociedades simplesmente pararam no tempo e no espaço ao passo que outras evoluiram por demais. O Prof, leo villaverde denomeou muito bem tais sociedades de sociedades fossilizadas, como as dos indígenas, tribos africanas, e minorias raciais. É como se essa mesma força vital divina incindisse sobre algumas e em outras não. Quando estudamos as Religiões, não conseguimos entender certas disparidades entre elas e seus conflitos mostram que tem naturezas diferente muito embora sabemos pelo PD que Deus é a origem das grandes religiões.
então poderíamos dizer que para Deus chegar no messias, que é o fruto da História, ele tinha que ter uma religião central e essa por sua vez exigiu o aparecimento em paralelo de uma série de outras além de centenas de culturas como galhos de uma árvore que não tem muito haver com o fruto em si.
Esse fenômeno é muito interessante! As religiões que não são diretamente da linha central do fruto messianico então se fossiliza no tempo. O islamismo e o judaísmo são bons exemplos disso. Memo o nosso Cristianismo, demonstra nessa virada de século uma estagnação e uma carência de novas palavras de Verdade. Podemos assim dizer também que os santos e profetas experimentaram essa mesma espécie de evolução afim de que o verdadeiro santo aparecesse.
Para finalizar, vemos que todo ramo perdido da ávore evolutiva fica, e perde sua finalidade central, se fossiliza numa existéncia repetitiva e não evolutiva.
1- A repetição é a base para a evolução!
2- A repetição nas espécies se traduz na sua multiplicação linear!
3- A evolução se dá na multiplicação onde atua a força vital da criação de Deus!
4- A repetição é cíclica, enquanto que a evolução é espiralada!
Qual seria a estrutura do processo evolutivo? Segundo o Princípio divino, todas as coisas se perpetuam e se multiplicam pela acão de Origem-Divisão-União realizando a base quádrupla. Nesse processo a pré-energia age para fomentar a ação sujeito-objeto para que uma nova geração se forme. Tomando isso como padrão podemos concluir que a evolução também se dá através desse processo. em algum instante no ciclo de gerações contínuas daquele ser, não só a força primária atua mas uma vontade que direciona essa nova criação para um nível de existência mais elevada. Sabemos que é na união entre Sujeito e Objeto que a energia Divina influi no ser, portanto é na cópula dos elementos pares da Criação que sae dá o acréscimo de informação genética necessária para a evolução. A criação, no seu curso para chegar até ao homem como a imagem do verbo, evoluiu através desse processo onde tanto a energia quanto a vontade ou força evolutiva, atuou para causar trasformações evolutivas.
Assim em cada divisão a criação se ramificava em miríades de espécies desde as mais primitivas até as elevadas, e as que ficavam como pontas soltas continuavam, mas no processo cíclico da base quádrupla estática (não evolutiva). O processo seletivo então se deu pelo influxo da energia divina, contrastando com a visão de Darwin da sobrevivencia do mais apto ou do mais forte.
com relação ao homem, desde os australoptecus,e homens semi primatas Deus agiu certamente da mesma maneira. em cada cópula desses primatas Sua energia e Sua vontade era injetada na alma humana afim de propiciar-lhe a luz do entendimento ao mesmo tempo que este experiementava o seu habitat e exercia sua criatividade. Karl marx dizia que o trabalho foi o fator catalistico na evolução do homem , mas só o trabalho em si é repetitivo a menos que haja uma procura interna pelo qual o homem desejasse conhecer e evoluir.
então qual foi o elemento realmente primordial para o fomento da evolução humana? Desde que é na relação sujeito-objeto que a evolução ocorre, O homem recebeu a luz divina gradualmente por meio não só de sua interação com o ambiente (mente-corpo) como seu objeto, mas primordialmente pela sua relação masculina -feminina, formando a base quádrupla onde a energia divina pode fluir gradualmente.
Com essa base as tres grandes benções como a estrutura para a evolução eterna do homem fica melhor entendida!
CASUALIDADE E PROPÓSITO:
Continuando, a evolução se deu por uma certa seletividade que é a manifestação da força criativa de Deus. Todas as coisas são manifestações do Verbo Divino, e os fenômenos também. O Princípio ensina que Deus criou a força do princípio e esta força é uma espécie de força autônoma que independe da ação direta de Deus. Os fenômenos dessa força admitem uma variedade infinita de manifestações casuais e expontâneas. Podemos dizer que a seletividade ocorre quando dentro desses fenômenos casuais, ocorre o fenômeno revestido de propósito, portanto seletivo, aí sim se dá a intervenção direta da Vontade Divina! Portanto os fenômenos puramente autônomos e despropositados, são fenômenos na posição Objeto, que servem de base para os fenômenos direcionados de propósito evolutivo, na posição de Sujeito. Essa é a base para que entendamos a riqueza de formas de vida na criação Divina que, ao mesmo tempo que tem o Homem como seu centro, não participaram no processo dc criação do homem e nem dependem diretamente do mesmo.
Portanto os fenômenos objetivos de forma externa são múltiplos e randômicos, ao passo que os fenômenos subjetivos de carater interno sao singulares e encerram um propósito criativo evolucionário.
O binômio Evolução-Perfeição:
Na sociedade humana a evolução se transforma na meta humana de auto perfeição, perfeição da sociedade e a busca do bem estar. Neste processo, o homem busca a felicidade, como uma força latente em si mesmo, toma consciencia de si e das coisas a sua volta e primordialmente busca entender seu Sujeito que é Deus. Portanto os fenômenos religiosos sempre fizeram parte na vida do Homem, que caiu da graça Divina, e busca se restaurar.
As revelações religiosas se mostram por demais contraditórias e causam conflitos ao invés de harmonia, isso porque o fenômeno das manifestações gerais e casuais são necessárias. A força atuante do Verbo Divino permite que hajam N maneiras de se perceber o sujeito Deus e a realidade total. esses são fenômenos reais que parecem contradizer que venham de uma só fonte que é o Criador, porém são necessárias como base para o surgimento da manifestação propositada da Verdade Divina dentro da linha central da providência para restaurar o homem. A verdade se apresenta em formas simbolicamente diversas e ás vezes quase que diametralmente constrastantes entre si, pois o mesmo princípio da casualidade como base para o propósital atua constantemente na natureza e na mente humana.
Só para se ter um exemplo:
Toda religião mostra um certa queda humana de sua luz e entendimento, e sua necessária salvação. Por elas se parecerem em seus conceitos, mas interpretadas de formas diferentes, elas vem a competirem entre si ao invés de se completarem. O próprio Marxismo prega um homem que ao possuir propriedades, veio a se corromper e precisa se redimir. O comunismo se equivale ao Reino dos céus dos religiosos, ao passo que o Estado assume a posição de Deus.
Como vê, esses pensadores e santos perceberam o mesmo conceito, mas interpretaram de acordo com sua formação, sensibilidade e tendências.
O importante aqui é observar a natureza do conceito que é igual. Por falarem das mesmas coisas, elas não se completam, antes se opoem e se conflituam, porém o fenômeno é idêntico e variado em sua manifestação, ao mesmo tempo que denuncia sua origem singular.
O Princípio divino então é a manifestação direta de Deus no fenômeno das revelações expontâneas, e com poder de unificá-las!
Na criação vemos a presença de uma multiplicidade em cada categoria que através de um processo seletivo, conduz à singularidade da mesma em seu processo evolutivo. O PD concebe duas maneiras de ver a Criação de todas as coisas, uma como a formação do ambiente para o homem, e outra como uma espécie de esboço Divino para se chegar na sua obra prima que é o homem. Nessa segunda asserção, Deus seria como um pintor que aos poucos vai delineando sua criação colocando sua natureza nela até chegar no seu objeto perfeito. Poderíamos perguntar se essas duas concepções se contradizem, ou podem fazer parte de um esquema criacionário que englobe tanto uma criação não linear como a primeira, com a linear que é a segunda. Somando -se a isto temos a teoria da evolução Darwiniana que concebe uma evolução linear seletiva porém materialista.
Acredito que isto pode ser conciliada numa só visão evolucriacionária.
Observando o desenvolvimento de todas as coisas percebemos que tudo parte de uma variedade que seletivamente evolue numa singularidade. desta hipótese podemos entender melhor a evolução.
1- A evolução do Cosmos
2- A evolução das espécies
3-A evolução dos fenomenos históricos
Muitas vezes nos perguntamos, qual seria a finalidade desse inseto, daquela planta, ou mesmo de galáxias distantes que nada tem haver com nossas vidas. isso até mesmo reforça as teorias de uma evolução totalmente aleatória e casual, portanto dando margem ao darwinismo.
Fala-se muito em ecossistema como um espécie de relação interdependente entre os microorganismos, plantas e animais superiores incluindo ai o homem. Mas eu vejo que as inimeráveis formas de vida no universo querem nos dizer muito mais do que isto.
Gostaria de esclarecer este ponto dentro dessa visão evolucriacionária, e do princípio da multiplicidade como base para a seletividade do singular!
Segundo esse princípio, a evolução não se dá numa linha direta, mas ela se ramifica ao passo que evolue, e as ramificações ficam existindo fora da linha central até que ou sejam extintas, ou se fossilizam existencialmente. essa fossilização se traduz numa existencia cíclica repetitiva sem evoluir em algo superior.
desde a Ameba até ao homem a força vital da criação divina percorreu essas ramificações seletivamente. deixando um rastro de galhos isolados que uma vez servindo de base paa a evolução dos seres superiores, posteriormente perde o influxo da força vital caindo numa existencia fossilizada, ou seja apenas existencia cíclica e não evolutiva.
Como já se é sabido, as espécies da natureza desde a ameba até o homem se desenvolveram numa estratificação em forma de árvore, com seus troncos principais, galhos e folhas, assim como numa árvore mesma que tem por finalidade gerar o fruto mas que para isso desenvolve galhos e folhas por toda parte até que em um dos galhos o fruto aparece, daí que a função dos galhos é de tanto dar proteção ao fruto quanto de ser a base para a existência do mesmo. Portanto um fruto singular exige uma quantidade variada de galhos adjacentes que não tem uma relação muito direta com o mesmo, mas que de certa forma fora necessário para gerá-lo! Sempre do externo para o interno e do geral para o específico!
Assim, as variadas espécies da fauna e da flora, representam ramificaçoes que se perderam na longa evolução em direção ao homem. Um vez saindo da linha central da evolução aquela espécie fica se perpetuando em sua vida cíclica repordutiva porém sem evoluir mais. Outras simplesmente desapareceram.
Há vários exemplos na natureza desse princípio. O s espermatozóides que correm em direção ao útero para fecundação, são em milhoes, porém apenas um vai fecundar o óvulo. Então perguntaríamos, se só um espermatozoide é necessesário para a fecudação, qual a necesidade de se liberar milhçoes deles? Parece que eles ajudam a fazer a corrente necessária no fluxo até o óvulo. Daí muitas coisas podem fazer certo sentido, como por exemplo, será que foi necessários essas biilhões de galáxias para que a nossa viesse a existir? E essa por sua vez para que a nossa pequenina Terra viesse a gerar a vida? Não seriam os anjos um esboço para que Deus chegasse no homem?
O homem como a fina flor da cadeia evolucionária ainda continua a evoluir, não tanto fisicamente, mas principalemente mental e espiritualmente.
Dai então partimos para a História e a raiz de seus fenômenos. A sociedade humana também revela essas características evolutivas, e o princípio do multiplo que evolui o singular com culturas em constante evolução, suas tradições, filosofias e religiões. Mas qual seria o fruto da História e a direção de sua evolução? Sem dúvida nenhuma segundo o Princípio Divino é o advento do homem visível como encarnação do Deus invisível, ou o Messias!
Muitas sociedades simplesmente pararam no tempo e no espaço ao passo que outras evoluiram por demais. O Prof, leo villaverde denomeou muito bem tais sociedades de sociedades fossilizadas, como as dos indígenas, tribos africanas, e minorias raciais. É como se essa mesma força vital divina incindisse sobre algumas e em outras não. Quando estudamos as Religiões, não conseguimos entender certas disparidades entre elas e seus conflitos mostram que tem naturezas diferente muito embora sabemos pelo PD que Deus é a origem das grandes religiões.
então poderíamos dizer que para Deus chegar no messias, que é o fruto da História, ele tinha que ter uma religião central e essa por sua vez exigiu o aparecimento em paralelo de uma série de outras além de centenas de culturas como galhos de uma árvore que não tem muito haver com o fruto em si.
Esse fenômeno é muito interessante! As religiões que não são diretamente da linha central do fruto messianico então se fossiliza no tempo. O islamismo e o judaísmo são bons exemplos disso. Memo o nosso Cristianismo, demonstra nessa virada de século uma estagnação e uma carência de novas palavras de Verdade. Podemos assim dizer também que os santos e profetas experimentaram essa mesma espécie de evolução afim de que o verdadeiro santo aparecesse.
Para finalizar, vemos que todo ramo perdido da ávore evolutiva fica, e perde sua finalidade central, se fossiliza numa existéncia repetitiva e não evolutiva.
1- A repetição é a base para a evolução!
2- A repetição nas espécies se traduz na sua multiplicação linear!
3- A evolução se dá na multiplicação onde atua a força vital da criação de Deus!
4- A repetição é cíclica, enquanto que a evolução é espiralada!
Qual seria a estrutura do processo evolutivo? Segundo o Princípio divino, todas as coisas se perpetuam e se multiplicam pela acão de Origem-Divisão-União realizando a base quádrupla. Nesse processo a pré-energia age para fomentar a ação sujeito-objeto para que uma nova geração se forme. Tomando isso como padrão podemos concluir que a evolução também se dá através desse processo. em algum instante no ciclo de gerações contínuas daquele ser, não só a força primária atua mas uma vontade que direciona essa nova criação para um nível de existência mais elevada. Sabemos que é na união entre Sujeito e Objeto que a energia Divina influi no ser, portanto é na cópula dos elementos pares da Criação que sae dá o acréscimo de informação genética necessária para a evolução. A criação, no seu curso para chegar até ao homem como a imagem do verbo, evoluiu através desse processo onde tanto a energia quanto a vontade ou força evolutiva, atuou para causar trasformações evolutivas.
Assim em cada divisão a criação se ramificava em miríades de espécies desde as mais primitivas até as elevadas, e as que ficavam como pontas soltas continuavam, mas no processo cíclico da base quádrupla estática (não evolutiva). O processo seletivo então se deu pelo influxo da energia divina, contrastando com a visão de Darwin da sobrevivencia do mais apto ou do mais forte.
com relação ao homem, desde os australoptecus,e homens semi primatas Deus agiu certamente da mesma maneira. em cada cópula desses primatas Sua energia e Sua vontade era injetada na alma humana afim de propiciar-lhe a luz do entendimento ao mesmo tempo que este experiementava o seu habitat e exercia sua criatividade. Karl marx dizia que o trabalho foi o fator catalistico na evolução do homem , mas só o trabalho em si é repetitivo a menos que haja uma procura interna pelo qual o homem desejasse conhecer e evoluir.
então qual foi o elemento realmente primordial para o fomento da evolução humana? Desde que é na relação sujeito-objeto que a evolução ocorre, O homem recebeu a luz divina gradualmente por meio não só de sua interação com o ambiente (mente-corpo) como seu objeto, mas primordialmente pela sua relação masculina -feminina, formando a base quádrupla onde a energia divina pode fluir gradualmente.
Com essa base as tres grandes benções como a estrutura para a evolução eterna do homem fica melhor entendida!
CASUALIDADE E PROPÓSITO:
Continuando, a evolução se deu por uma certa seletividade que é a manifestação da força criativa de Deus. Todas as coisas são manifestações do Verbo Divino, e os fenômenos também. O Princípio ensina que Deus criou a força do princípio e esta força é uma espécie de força autônoma que independe da ação direta de Deus. Os fenômenos dessa força admitem uma variedade infinita de manifestações casuais e expontâneas. Podemos dizer que a seletividade ocorre quando dentro desses fenômenos casuais, ocorre o fenômeno revestido de propósito, portanto seletivo, aí sim se dá a intervenção direta da Vontade Divina! Portanto os fenômenos puramente autônomos e despropositados, são fenômenos na posição Objeto, que servem de base para os fenômenos direcionados de propósito evolutivo, na posição de Sujeito. Essa é a base para que entendamos a riqueza de formas de vida na criação Divina que, ao mesmo tempo que tem o Homem como seu centro, não participaram no processo dc criação do homem e nem dependem diretamente do mesmo.
Portanto os fenômenos objetivos de forma externa são múltiplos e randômicos, ao passo que os fenômenos subjetivos de carater interno sao singulares e encerram um propósito criativo evolucionário.
O binômio Evolução-Perfeição:
Na sociedade humana a evolução se transforma na meta humana de auto perfeição, perfeição da sociedade e a busca do bem estar. Neste processo, o homem busca a felicidade, como uma força latente em si mesmo, toma consciencia de si e das coisas a sua volta e primordialmente busca entender seu Sujeito que é Deus. Portanto os fenômenos religiosos sempre fizeram parte na vida do Homem, que caiu da graça Divina, e busca se restaurar.
As revelações religiosas se mostram por demais contraditórias e causam conflitos ao invés de harmonia, isso porque o fenômeno das manifestações gerais e casuais são necessárias. A força atuante do Verbo Divino permite que hajam N maneiras de se perceber o sujeito Deus e a realidade total. esses são fenômenos reais que parecem contradizer que venham de uma só fonte que é o Criador, porém são necessárias como base para o surgimento da manifestação propositada da Verdade Divina dentro da linha central da providência para restaurar o homem. A verdade se apresenta em formas simbolicamente diversas e ás vezes quase que diametralmente constrastantes entre si, pois o mesmo princípio da casualidade como base para o propósital atua constantemente na natureza e na mente humana.
Só para se ter um exemplo:
Toda religião mostra um certa queda humana de sua luz e entendimento, e sua necessária salvação. Por elas se parecerem em seus conceitos, mas interpretadas de formas diferentes, elas vem a competirem entre si ao invés de se completarem. O próprio Marxismo prega um homem que ao possuir propriedades, veio a se corromper e precisa se redimir. O comunismo se equivale ao Reino dos céus dos religiosos, ao passo que o Estado assume a posição de Deus.
Como vê, esses pensadores e santos perceberam o mesmo conceito, mas interpretaram de acordo com sua formação, sensibilidade e tendências.
O importante aqui é observar a natureza do conceito que é igual. Por falarem das mesmas coisas, elas não se completam, antes se opoem e se conflituam, porém o fenômeno é idêntico e variado em sua manifestação, ao mesmo tempo que denuncia sua origem singular.
O Princípio divino então é a manifestação direta de Deus no fenômeno das revelações expontâneas, e com poder de unificá-las!
Evolução e Apreenção da Verdade
Gostaria de manifestar minha visão do que entendo como apreensão da verdade. Como vimos a evolução do cosmos, seguido da evolução das espécies que culminou no homem, continua evouli na sua busca da auto-perfeição tanto espiritual quanto material, por meio da ciencia, filosofia e religião. Vimos que o princípio da evolução segue um processo dual, tanto casual quanto direcionado, do externo para o interno, de acordo com a acão de origem-divisão e união.
Portanto o o homem vai evoluindo em seu conhecimento de acordo com sua capacidade de apreender a realidade total. A apreensão da realidade é percebida através dos conceitos e insights. Os conceitos são a forma com que a verdade é apreendida. A verdade é absoluta, como a manifestação do Verbo em sí mesmo, porém os conceitos são percebidos relativamente ao nível de compreensão do recipiente e sua maneira de interpretá-lo.
Elementos que desempenham na aquisição dos conceitos:
A aquisição de um conceito que expresse a realidade se dá através da ação de dar e receber entre as experiencias objetivas, com a intuição e busca que são subjetivas. As experiencias somente são insuficientes a menos que o homem busque entendê-las.
Os elementos principais são:
1- Fenômenos que impressionam os sentidos
2- Inspiração
3- Intuição
4- Revelação
A verdade não é dada por partes, e sim por graus, passando por um processo simbólico, em imagem e substancial.
A revelação desempenha umas manifestação quase que totalmente objetiva e mística, por isso ela precisa ser interpretada na linguagem simbólica da mente, para que o conceito possa ser transmitido e compatilhado. Enquanto que a filosofia racionaliza as experiencias em uma forma de linguagem compreensível ao raciocínio, a verdade apreendida por meio da Revelação nem sempre é simples e conexa!
A revelação por ser um fenômeno espiritual objetivo, segue um processo alheio à vontade humana que exige uma certa predisposição do recipiente e uma intenção providencial! Como um todo ela vem ou corroborar as idéias vigentes, ou na maioria dos casos trazer uma nova visão da realidade total!
Portanto o o homem vai evoluindo em seu conhecimento de acordo com sua capacidade de apreender a realidade total. A apreensão da realidade é percebida através dos conceitos e insights. Os conceitos são a forma com que a verdade é apreendida. A verdade é absoluta, como a manifestação do Verbo em sí mesmo, porém os conceitos são percebidos relativamente ao nível de compreensão do recipiente e sua maneira de interpretá-lo.
Elementos que desempenham na aquisição dos conceitos:
A aquisição de um conceito que expresse a realidade se dá através da ação de dar e receber entre as experiencias objetivas, com a intuição e busca que são subjetivas. As experiencias somente são insuficientes a menos que o homem busque entendê-las.
Os elementos principais são:
1- Fenômenos que impressionam os sentidos
2- Inspiração
3- Intuição
4- Revelação
A verdade não é dada por partes, e sim por graus, passando por um processo simbólico, em imagem e substancial.
A revelação desempenha umas manifestação quase que totalmente objetiva e mística, por isso ela precisa ser interpretada na linguagem simbólica da mente, para que o conceito possa ser transmitido e compatilhado. Enquanto que a filosofia racionaliza as experiencias em uma forma de linguagem compreensível ao raciocínio, a verdade apreendida por meio da Revelação nem sempre é simples e conexa!
A revelação por ser um fenômeno espiritual objetivo, segue um processo alheio à vontade humana que exige uma certa predisposição do recipiente e uma intenção providencial! Como um todo ela vem ou corroborar as idéias vigentes, ou na maioria dos casos trazer uma nova visão da realidade total!
Fidelidade Intelectual
Existe um termo filosófico chamado STATUS QUESTIONIS!
Outro dia escutando os comentários do Olavo de Carvalho. ele comentou que para se discutir qualquer coisa, qualquer tema ou conceito, deve-se saber o STATUS QUESTIONIS da questão em si, para que voce tenha os elementos necessários para discutí-la. Status questionis de um assunto qualquer significa que os assuntos debatidos atualmente já foram discutidos no passado pelos filósofos e pensadores, e esse tema já passou por um processo evolutivo no campo das idéias e práticas. É preciso saber o que no passado já se discutiu a respeito do tema antes de voce emitir qualquer opinião a respeito do mesmo. Ou seja, precisa saber o Status Questionis do tema a fim de voce mesmo tirar suas próprias conclusões, baseado no que os pensadores do passado discutiram sobre isto.
Vamos dar um exemplo: O Bem e o Mal.
Antes de sairmos por ai falando nossas opiniões sobre isto devemos saber o que Sócrates por exemplo, ou São tomás de Aquino, falaram a respeito disso? Quais as teorias que foram aceitas e quais as que foram refutadas? Quais foram os passos da evolução desse conceito ao longo da História?: Somente de posse desses conhecimento é que voce pode desenvolver suas próprias conclusões a respeito! O exemplo do maniqueísmo, que considerava o Bem e o Mal como sendo necessários e dependentes um do outro, ou seja, eles diziam que para se dar valor ao Bem temos que experimentar o Mal! Os maniqueístas foram desmascarados por muitos filósofos cristãos já na Idade Média. Agora, quantos de nós não ouve falar por aí tais conceitos? As pessoas na maioria das vezes repetem o que escutam na mídia, ou nos papos de boteco.
Portanto a fidelidade intelectual consiste em voce ser sério na sua busca da verdade sobre determinado assunto. Para Olavo de Carvalho, muitas das discussões hoje em dia giram em torno de achismos e conclusões carregadas de preconceitos. Nossas conclusões devem passar pela pesquisa sincera, pela análise objetiva dos fatos buscando saber o que até hoje se tem falado e debatido a respeito do tema em questão.
Um exemplo clássico é o Jargão Imperialismo ( como o imperialismo americano), que tanto a esquerda atribui aos países capitalistas. devemos primeiro saber o que significa inmperialismo antes de sairmos falando por ai falando que nem macacos ventriloquos a respeito de uma coisa que ignoramos ou sabemos muito pouco sobre. E assim temos inúmeros exemplos que basta-se prestar mais atenção para identificarmos.
Em suma, a verdadeira fidelidade intelectual está em dizer que sabe aquilo que voce realmente sabe e dizer que não sabe aquilo que voce desconhece com um coração sincero!
Outro dia escutando os comentários do Olavo de Carvalho. ele comentou que para se discutir qualquer coisa, qualquer tema ou conceito, deve-se saber o STATUS QUESTIONIS da questão em si, para que voce tenha os elementos necessários para discutí-la. Status questionis de um assunto qualquer significa que os assuntos debatidos atualmente já foram discutidos no passado pelos filósofos e pensadores, e esse tema já passou por um processo evolutivo no campo das idéias e práticas. É preciso saber o que no passado já se discutiu a respeito do tema antes de voce emitir qualquer opinião a respeito do mesmo. Ou seja, precisa saber o Status Questionis do tema a fim de voce mesmo tirar suas próprias conclusões, baseado no que os pensadores do passado discutiram sobre isto.
Vamos dar um exemplo: O Bem e o Mal.
Antes de sairmos por ai falando nossas opiniões sobre isto devemos saber o que Sócrates por exemplo, ou São tomás de Aquino, falaram a respeito disso? Quais as teorias que foram aceitas e quais as que foram refutadas? Quais foram os passos da evolução desse conceito ao longo da História?: Somente de posse desses conhecimento é que voce pode desenvolver suas próprias conclusões a respeito! O exemplo do maniqueísmo, que considerava o Bem e o Mal como sendo necessários e dependentes um do outro, ou seja, eles diziam que para se dar valor ao Bem temos que experimentar o Mal! Os maniqueístas foram desmascarados por muitos filósofos cristãos já na Idade Média. Agora, quantos de nós não ouve falar por aí tais conceitos? As pessoas na maioria das vezes repetem o que escutam na mídia, ou nos papos de boteco.
Portanto a fidelidade intelectual consiste em voce ser sério na sua busca da verdade sobre determinado assunto. Para Olavo de Carvalho, muitas das discussões hoje em dia giram em torno de achismos e conclusões carregadas de preconceitos. Nossas conclusões devem passar pela pesquisa sincera, pela análise objetiva dos fatos buscando saber o que até hoje se tem falado e debatido a respeito do tema em questão.
Um exemplo clássico é o Jargão Imperialismo ( como o imperialismo americano), que tanto a esquerda atribui aos países capitalistas. devemos primeiro saber o que significa inmperialismo antes de sairmos falando por ai falando que nem macacos ventriloquos a respeito de uma coisa que ignoramos ou sabemos muito pouco sobre. E assim temos inúmeros exemplos que basta-se prestar mais atenção para identificarmos.
Em suma, a verdadeira fidelidade intelectual está em dizer que sabe aquilo que voce realmente sabe e dizer que não sabe aquilo que voce desconhece com um coração sincero!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Os Dez Princípios Conservadores
Dez princípios conservadores
por Russel Kirk
Tradução de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Fonte: http://www.kirkcenter.org/kirk/ten-principles.html
Não sendo nem uma religião nem uma ideologia, o conjunto de opiniões designado como conservadorismo não possui nem uma Escritura Sagrada nem um Das Kapital que lhe forneça um dogma. Na medida em que seja possível determinar o que os conservadores crêem, os primeiros princípios do pensamento conservador provêm daquilo que professaram os principais escritores e homens públicos conservadores ao longo dos últimos dois séculos. Sendo assim, depois de algumas observações introdutórias a respeito deste tema geral, eu irei arrolar dez destes princípios conservadores.
Talvez seja mais apropriado, a maior parte das vezes, usar a palavra "conservador" principalmente como adjetivo. Já que não existe um Modelo Conservador, sendo o conservadorismo, na verdade, a negação da ideologia: trata-se de um estado da mente, de um tipo de caráter, de uma maneira de olhar para ordem social civil.
A atitude que nós chamamos de conservadorismo é sustentada por um conjunto de sentimentos, mais do que por um sistema de dogmas ideológicos. É quase verdade que um conservador pode ser definido como sendo a pessoa que se acha conservadora. O movimento ou o conjunto de opiniões conservadoras pode comportar uma diversidade considerável de visões a respeito de um número considerável de temas, não havendo nenhuma Lei do Teste (Test Act) ou Trinta e Nove Artigos (Thirty-Nine Articles) do credo conservador.
Em suma, uma pessoa conservadora é simplesmente uma pessoa que considera as coisas permanentes mais satisfatórias do que o "caos e a noite primitiva". (Mesmo assim, os conservadores sabem, como Burke, que a saudável "mudança é o meio de nossa preservação"). A continuidade da experiência de um povo, diz o conservador, oferece uma direção muito melhor para a política do que os planos abstratos dos filósofos de botequim. Mas é claro que a convicção conservadora é muito mais do que esta simples atitude genérica.
Não é possível redigir um catálogo completo das convicções conservadoras; no entanto, ofereço aqui, de forma sumária, dez princípios gerais; tudo indica que se possa afirmar com segurança que a maioria dos conservadores subscreveria a maior parte destas máximas. Nas várias edições do meu livro The Conservative Mind, fiz uma lista de alguns cânones do pensamento conservador – a lista foi sendo levemente modificada de uma edição para a outra edição; em minha antologia The Portable Conservative Reader, ofereço algumas variações sobre este assunto. Agora, lhes apresento uma resenha dos pontos de vista conservadores que difere um pouco dos cânones que se encontram nestes meus dois livros. Por fim, as diferentes maneiras através das quais as opiniões conservadoras podem se expressar são, em si mesmas, uma prova de que o conservadorismo não é uma ideologia rígida. Os princípios específicos enfatizados pelos conservadores, em um dado período, variam de acordo com as circunstâncias e as necessidades daquela época. Os dez artigos de convicções abaixo refletem as ênfases dos conservadores americanos da atualidade.
Primeiro, um conservador crê que existe uma ordem moral duradoura.
Esta ordem é feita para o homem, e o homem é feito para ela: a natureza humana é uma constante e as verdades morais são permanentes.
Esta palavra ordem quer dizer harmonia. Há dois aspectos ou tipos de ordem: a ordem interior da alma e a ordem exterior do estado. Vinte e cinco séculos atrás, Platão ensinou esta doutrina, mas hoje em dia até as pessoas instruídas acham difícil de compreendê-la. O problema da ordem tem sido uma das principais preocupações dos conservadores desde que a palavra conservador se tornou um termo político.
O nosso mundo do século XX experimentou as terríveis conseqüências do colapso na crença em uma ordem moral. Assim como as atrocidades e os desastres da Grécia do V século a.C., a ruína das grandes nações, em nosso século, nos mostra o poço dentro do qual caem as sociedades que fazem confusão entre o interesse pessoal, ou engenhosos controles sociais, e as soluções satisfatórias da ordem moral tradicional.
Foi dito pelos intelectuais progressistas que os conservadores acreditam que todas as questões sociais, no fundo, são uma questão de moral pessoal. Se entendida corretamente esta afirmação é bastante verdadeira. Uma sociedade onde homens e mulheres são governados pela crença em uma ordem moral duradoura, por um forte sentido de certo e errado, por convicções pessoais sobre a justiça e a honra, será uma boa sociedade – não importa que mecanismo político se possa usar; enquanto se uma sociedade for composta de homens e mulheres moralmente à deriva, ignorantes das normas, e voltados primariamente para a gratificação de seus apetites, ela será sempre uma má sociedade – não importa o número de seus eleitores e não importa o quanto seja progressista sua constituição formal.
Segundo, o conservador adere ao costume, à convenção e à continuidade.
É o costume tradicional que permite que as pessoas vivam juntas pacificamente; os destruidores dos costumes demolem mais do que o que eles conhecem ou desejam. É através da convenção – uma palavra bastante mal empregada em nossos dias – que nós conseguimos evitar as eternas discussões sobre direitos e deveres: o Direito é fundamentalmente um conjunto de convenções. Continuidade é uma forma de atar uma geração com a outra; isto é tão importante para a sociedade com o é para o indivíduo; sem isto a vida seria sem sentido. Revolucionários bem sucedidos conseguem apagar os antigos costumes, ridicularizar as velhas convenções e quebrar a continuidade das instituições sociais – motivo pelo qual, nos últimos tempos, eles têm descoberto a necessidade de estabelecer novos costumes, convenções e continuidade; mas este processo é lento e doloroso; e a nova ordem social que eventualmente emerge pode ser muito inferior à antiga ordem que os radicais derrubaram um seu zelo pelo Paraíso Terrestre.
Os conservadores são defensores do costume, da convenção e da continuidade porque preferem o diabo conhecido ao diabo que não conhecem. Eles crêem que ordem, justiça e liberdade são produtos artificiais de uma longa experiência social, o resultado de séculos de tentativas, reflexão e sacrifício. Por isto, o organismo social é uma espécie de corporação espiritual, comparável à Igreja; pode até ser chamado de comunidade de almas. A sociedade humana não é uma máquina, para ser tratada mecanicamente. A continuidade, a seiva vital de uma sociedade não pode ser interronpida. A necessidade de uma mudança prudente, recordada por Burke, está na mente de um conservador. Mas a mudança necessária, redargúem os conservadores, deve ser gradual e descriminativa, nunca se desvencilhando de uma só vez dos antigos cuidados.
Terceiro, os conservadores acreditam no que se poderia chamar de princípio do preestabelecimento.
Os conservadores percebem que as pessoas atuais são anões nos ombros de gigantes, capazes de ver mais longe do que seus ancestrais apenas por causa da grande estatura dos que nos precederam no tempo. Por isto os conservadores com freqüência enfatizam a importância do preestabelecimento – ou seja, as coisas estabelecidas por costume imemorial, de cujo contrário não há memória de homem que se recorde. Há direitos cuja principal ratificação é a própria antiguidade – inclusive, com freqüência, direitos de propriedade. Da mesma forma a nossa moral é, em grande parte, preestabelecida. Os conservadores argumentam que seja improvável que nós modernos façamos alguma grande descoberta em termos de moral, de política ou de bom gosto. É perigoso avaliar cada tema eventual tendo como base o julgamento pessoal e a racionalidade pessoal. O indivíduo é tolo, mas a espécie é sábia, declarou Burke. Na política nós agimos bem se observarmos o precedente, o preestabelecido e até o preconceito, porque a grande e misteriosa incorporação da raça humana adquiriu uma sabedoria prescritiva muito maior do que a mesquinha racionalidade privada de uma pessoa.
Quarto, os conservadores são guiados pelo princípio da prudência.
Burke concorda com Platão que entre os estadistas a prudência é a primeira das virtudes. Toda medida política deveria ser medida a partir das prováveis conseqüências de longo prazo, não apenas pela vantagem temporária e pela popularidade. Os progressistas e os radicais, dizem os conservadores, são imprudentes: porque eles se lançam aos seus objetivos sem dar muita importância ao risco de novos abusos, piores do que os males que esperam varrer. Com diz John Randolph of Roanoke, a Providência se move devagar, mas o demônio está sempre com pressa. Sendo a sociedade humana complexa, os remédios não podem ser simples, se desejam ser eficazes. O conservador afirma que só agirá depois de uma reflexão adequada, tendo pesado as conseqüências. Reformas repentinas e incisivas são tão perigosas quanto as cirurgias repentinas e incisivas.
Quinto, os conservadores prestam atenção no princípio da variedade.
Eles gostam do crescente emaranhado de instituições sociais e dos modos de vida tradicionais, e isto os diferencia da uniformidade estreita e do igualitarismo entorpecente dos sistemas radicais. Em qualquer civilização, para que seja preservada uma diversidade sadia, devem sobreviver ordens e classes, diferenças em condições matérias e várias formas de desigualdade. As únicas formas verdadeiras de igualdade são a igualdade do Juízo Final e a igualdade diante do tribunal de justiça; todas as outras tentativas de nivelamento irão conduzir, na melhor das hipóteses, à estagnação social. Uma sociedade precisa de liderança honesta e capaz; e se as diferenças naturais e institucionais forem abolidas, algum tirano ou algum bando de oligarcas desprezíveis irá rapidamente criar novas formas de desigualdade.
Sexto, os conservadores são refreados pelo princípio da imperfectibilidade.
A natureza humana sofre irremediavelmente de certas falhas graves, bem conhecidas pelos conservadores. Sendo o homem imperfeito, nenhuma ordem social perfeita poderá jamais ser criada. Por causa da inquietação humana, a humanidade tornar-se-ia rebelde sob qualquer dominação utópica e se desmantelaria, mais uma vez, em violento desencontro – ou então morreria de tédio. Buscar a utopia é terminar num desastre, dizem os conservadores: nós não somos capazes de coisas perfeitas. Tudo o que podemos esperar razoavelmente é uma sociedade que seja sofrivelmente ordenada, justa e livre, na qual alguns males, desajustes e desprazeres continuarão a se esconder. Dando a devida atenção à prudente reforma, podemos preservar e aperfeiçoar esta ordem sofrível. Mas se os baluartes tradicionais de instituição e moralidade de uma nação forem negligenciados, se dá largas ao impulso anárquico que está no ser humano: "afoga-se o ritual da inocência". Os ideólogos que prometem a perfeição do homem e da sociedade transformaram boa parte do século XX em um inferno terrestre.
Sétimo, conservadores estão convencidos que liberdade e propriedade estão intimamente ligadas.
Separe a propriedade do domínio privado e Leviatã se tornará o mestre de tudo. Sobre o fundamento da propriedade privada, construíram-se grandes civilizações. Quanto mais se espalhar o domínio da propriedade privada, tanto mais a nação será estável e produtiva. Os conservadores defendem que o nivelamento econômico não é progresso econômico. Aquisição e gasto não são as finalidades principais da existência humana; mas deve-se desejar uma sólida base econômica para a pessoa, a família e o estado. Sir Henry Maine, em sua Village Communities, defende vigorosamente a causa da propriedade privada, como diferente da propriedade pública: "Ninguém pode ao mesmo tempo atacar a propriedade privada e dizer que aprecia a civilização. A história destas duas realidades não pode ser desintrincada". Pois a instituição da propriedade privada tem sido um instrumento poderoso, ensinando a responsabilidade a homens e mulheres, dando motivos para a integridade, apoiando a cultura geral e elevando a humanidade acima do nível do mero trabalho pesado, proporcionando tempo livre para pensar e liberdade para agir. Ser capaz de guardar o fruto do próprio trabalho; ser capaz de ver o próprio trabalho transformado em algo de duradouro; ser capaz de deixar em herança a sua propriedade para sua posteridade; ser capaz de se erguer da condição natural da oprimente pobreza para a segurança de uma realização estável; ter algo que é realmente propriedade pessoal – estas são vantagens difíceis de refutar. O conservador reconhece que a posse de propriedade estabelece certos deveres do possuidor; ele reconhece com alegria estas obrigações morais e legais.
Oitavo, os conservadores promovem comunidades voluntárias, assim como se opõem ao coletivismo involuntário.
Embora os americanos tenham se apegado vigorosamente aos direitos privados e de privacidade, também têm sido um povo conhecido por seu bem sucedido espírito comunitário. Na verdadeira comunidade, as decisões que afetam de forma mais direta as vidas dos cidadãos são tomadas no âmbito local e de forma voluntária. Algumas destas função são desempenhadas por organismos políticos locais, outras por associações privadas: enquanto permanecem no âmbito local e são caracterizadas pelo comum acordo das pessoas envolvidas, elas constituem comunidades saudáveis. Mas quando as funções, quer por deficiência, quer por usurpação, passam para uma autoridade central, a comunidade se encontra em sério perigo. Se existe algo de benéfico ou prudente em uma democracia moderna, isto se dá através da volição cooperativa. Se, então, em nome de uma democracia abstrata, as funções da comunidade são transferidas para uma coordenação política distante, o governo verdadeiro, através do consentimento dos governados, cede lugar para um processo de padronização hostil à liberdade e à dignidade humanas.
Uma nação não é mais forte do que as numerosas pequenas comunidades pelas quais é composta. Uma administração central, ou um grupo seleto de administradores e servidores públicos, por mais bem intencionado e bem treinado que seja, não pode produzir justiça, prosperidade e tranqüilidade para uma massa de homens e mulheres privada de suas responsabilidades de outrora. Esta experiência já foi feita; e foi desastrosa. É a realização de nossos deveres em comunidade que nos ensina a prudência, a eficiência e a caridade.
Nono, o conservador percebe a necessidade de uma prudente contenção do poder e das paixões humanas.
Politicamente falando, poder é a capacidade de se fazer aquilo que se queira, a despeito da aspiração dos próprios companheiros. Um estado em que um indivíduo ou um pequeno grupo é capaz de dominar as aspirações de seus companheiros sem controles é um despotismo, quer seja monárquico, aristocrático ou democrático. Quando cada pessoa pretende ser um poder em si mesmo, então a sociedade se transforma numa anarquia. A anarquia nunca dura muito tempo, já que, sendo intolerável para todos e contrária ao fato irrefutável de que algumas pessoas são mais fortes e espertas do que seus próximos. À anarquia sucede a tirania ou a oligarquia, nas quais o poder é monopolizado por pouquíssimos.
O conservado se esforça por limitar e balancear o poder político para que não surjam nem a anarquia, nem a tirania. No entanto, em todas as épocas, homens e mulheres foram tentados a derrubar os limites colocados sobre o poder, a favor de um capricho temporário. É uma característica do radical que ele pense o poder como uma força para o bem – desde que o poder caia em suas mãos. Em nome da liberdade, os revolucionários franceses e russos aboliram os limites tradicionais ao poder; mas o poder não pode ser abolido; e ele sempre acha um jeito de terminar nas mãos de alguém. O poder que os revolucionários pensavam ser opressor nas mãos do antigo regime, tornou-se muitas vezes mais tirânico nas mãos dos novos mestres do estado.
Sabendo que a natureza humana é uma mistura do bem e do mal, o conservador não coloca sua confiança na mera benevolência. Restrições constitucionais, freios e contrapesos políticos (checks and balances), correta coerção das leis, a rede tradicional e intricada de contenções sobre a vontade e o apetite – tudo isto o conservador aprova como instrumento de liberdade e de ordem. Um governo justo mantém uma tensão saudável entre as reivindicações da autoridade e as reivindicações da liberdade.
Décimo, o pensador conservador compreende que a estabilidade e a mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas em uma sociedade robusta.
O conservado não se opõe ao aprimoramento da sociedade, embora ele tenha suas dúvidas sobre a existência de qualquer força parecida com um místico Progresso, com P maiúsculo, em ação no mundo. Quando uma sociedade progride em alguns aspectos, geralmente ela está decaindo em outros. O conservador sabe que qualquer sociedade sadia é influenciada por duas forças, que Samuel Taylor Coleridge chamou de Conservação e Progressão (Permanence and Progression). A Conservação de uma sociedade é formada pelos interesses e convicções duradouros que nos dão estabilidade e continuidade; sem esta a Conservação as fontes do grande abismo se dissolvem, a sociedade resvala para a anarquia. A Progressão de uma sociedade é aquele espírito e conjunto de talentos que nos instiga a realizar uma prudente reforma e aperfeiçoamento; sem esta Progressão, um povo fica estagnado. Por isto o conservador inteligente se esforça por reconciliar as reivindicações da Conservação e as reivindicações da Progressão. Ele pensa que o progressista e o radical, cegos aos justos reclamos da Conservação, colocariam em perigo a herança que nos foi legada, num esforço de nos apressar na direção de um duvidoso Paraíso Terrestre. O conservador, em suma, é a favor de um razoável e moderado progresso; ele se opõe ao culto do Progresso, cujos devotos crêem que tudo o que é novo é necessariamente superior a tudo o que é velho.
O conservador raciocina que a mudança é essencial para um corpo social da mesma forma que o é para o corpo humano. Um corpo que deixou de se renovar, começou a morrer. Mas se este corpo deve ser vigoroso, a mudança deve acontecer de uma forma harmoniosa, adequando-se à forma e à natureza do corpo; do contrário a mudança produz um crescimento monstruoso, um câncer que devora o seu hospedeiro. O conservado cuida para que numa sociedade nada nunca seja completamente velho e que nada nunca seja completamente novo. Esta é a forma de conservar uma nação, da mesma forma que é o meio de conservar um organismo vivo. Quanta mudança seja necessária em uma sociedade, e que tipo de mudança, depende das circunstâncias de uma época e de uma nação.
* * *
Assim, este são os dez princípios que tiveram grande destaque durante os dois séculos do pensamento conservador moderno. Outros princípios de igual importância poderiam ter sido discutidos aqui: a compreensão conservadora de justiça, por exemplo, ou a visão conservadora de educação. Mas estes temas, com o tempo que passa, eu deverei deixar para a sua investigação pessoal.
Eric Voegelin costumava dizer que a grande linha de demarcação na política moderna não é a divisão entre progressistas de um lado e totalitários do outro. Não, de um lado da linha estão todos os homens e mulheres que imaginam que a ordem temporal é a única ordem e que as necessidades materiais são as únicas necessidades e que eles podem fazer o que quiserem do patrimônio da humanidade. No outro lado da linha estão todas as pessoas que reconhecem uma ordem moral duradoura no universo, uma natureza humana constante e deveres transcendentes para com a ordem espiritual e a ordem temporal.
por Russel Kirk
Tradução de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Fonte: http://www.kirkcenter.org/kirk/ten-principles.html
Não sendo nem uma religião nem uma ideologia, o conjunto de opiniões designado como conservadorismo não possui nem uma Escritura Sagrada nem um Das Kapital que lhe forneça um dogma. Na medida em que seja possível determinar o que os conservadores crêem, os primeiros princípios do pensamento conservador provêm daquilo que professaram os principais escritores e homens públicos conservadores ao longo dos últimos dois séculos. Sendo assim, depois de algumas observações introdutórias a respeito deste tema geral, eu irei arrolar dez destes princípios conservadores.
Talvez seja mais apropriado, a maior parte das vezes, usar a palavra "conservador" principalmente como adjetivo. Já que não existe um Modelo Conservador, sendo o conservadorismo, na verdade, a negação da ideologia: trata-se de um estado da mente, de um tipo de caráter, de uma maneira de olhar para ordem social civil.
A atitude que nós chamamos de conservadorismo é sustentada por um conjunto de sentimentos, mais do que por um sistema de dogmas ideológicos. É quase verdade que um conservador pode ser definido como sendo a pessoa que se acha conservadora. O movimento ou o conjunto de opiniões conservadoras pode comportar uma diversidade considerável de visões a respeito de um número considerável de temas, não havendo nenhuma Lei do Teste (Test Act) ou Trinta e Nove Artigos (Thirty-Nine Articles) do credo conservador.
Em suma, uma pessoa conservadora é simplesmente uma pessoa que considera as coisas permanentes mais satisfatórias do que o "caos e a noite primitiva". (Mesmo assim, os conservadores sabem, como Burke, que a saudável "mudança é o meio de nossa preservação"). A continuidade da experiência de um povo, diz o conservador, oferece uma direção muito melhor para a política do que os planos abstratos dos filósofos de botequim. Mas é claro que a convicção conservadora é muito mais do que esta simples atitude genérica.
Não é possível redigir um catálogo completo das convicções conservadoras; no entanto, ofereço aqui, de forma sumária, dez princípios gerais; tudo indica que se possa afirmar com segurança que a maioria dos conservadores subscreveria a maior parte destas máximas. Nas várias edições do meu livro The Conservative Mind, fiz uma lista de alguns cânones do pensamento conservador – a lista foi sendo levemente modificada de uma edição para a outra edição; em minha antologia The Portable Conservative Reader, ofereço algumas variações sobre este assunto. Agora, lhes apresento uma resenha dos pontos de vista conservadores que difere um pouco dos cânones que se encontram nestes meus dois livros. Por fim, as diferentes maneiras através das quais as opiniões conservadoras podem se expressar são, em si mesmas, uma prova de que o conservadorismo não é uma ideologia rígida. Os princípios específicos enfatizados pelos conservadores, em um dado período, variam de acordo com as circunstâncias e as necessidades daquela época. Os dez artigos de convicções abaixo refletem as ênfases dos conservadores americanos da atualidade.
Primeiro, um conservador crê que existe uma ordem moral duradoura.
Esta ordem é feita para o homem, e o homem é feito para ela: a natureza humana é uma constante e as verdades morais são permanentes.
Esta palavra ordem quer dizer harmonia. Há dois aspectos ou tipos de ordem: a ordem interior da alma e a ordem exterior do estado. Vinte e cinco séculos atrás, Platão ensinou esta doutrina, mas hoje em dia até as pessoas instruídas acham difícil de compreendê-la. O problema da ordem tem sido uma das principais preocupações dos conservadores desde que a palavra conservador se tornou um termo político.
O nosso mundo do século XX experimentou as terríveis conseqüências do colapso na crença em uma ordem moral. Assim como as atrocidades e os desastres da Grécia do V século a.C., a ruína das grandes nações, em nosso século, nos mostra o poço dentro do qual caem as sociedades que fazem confusão entre o interesse pessoal, ou engenhosos controles sociais, e as soluções satisfatórias da ordem moral tradicional.
Foi dito pelos intelectuais progressistas que os conservadores acreditam que todas as questões sociais, no fundo, são uma questão de moral pessoal. Se entendida corretamente esta afirmação é bastante verdadeira. Uma sociedade onde homens e mulheres são governados pela crença em uma ordem moral duradoura, por um forte sentido de certo e errado, por convicções pessoais sobre a justiça e a honra, será uma boa sociedade – não importa que mecanismo político se possa usar; enquanto se uma sociedade for composta de homens e mulheres moralmente à deriva, ignorantes das normas, e voltados primariamente para a gratificação de seus apetites, ela será sempre uma má sociedade – não importa o número de seus eleitores e não importa o quanto seja progressista sua constituição formal.
Segundo, o conservador adere ao costume, à convenção e à continuidade.
É o costume tradicional que permite que as pessoas vivam juntas pacificamente; os destruidores dos costumes demolem mais do que o que eles conhecem ou desejam. É através da convenção – uma palavra bastante mal empregada em nossos dias – que nós conseguimos evitar as eternas discussões sobre direitos e deveres: o Direito é fundamentalmente um conjunto de convenções. Continuidade é uma forma de atar uma geração com a outra; isto é tão importante para a sociedade com o é para o indivíduo; sem isto a vida seria sem sentido. Revolucionários bem sucedidos conseguem apagar os antigos costumes, ridicularizar as velhas convenções e quebrar a continuidade das instituições sociais – motivo pelo qual, nos últimos tempos, eles têm descoberto a necessidade de estabelecer novos costumes, convenções e continuidade; mas este processo é lento e doloroso; e a nova ordem social que eventualmente emerge pode ser muito inferior à antiga ordem que os radicais derrubaram um seu zelo pelo Paraíso Terrestre.
Os conservadores são defensores do costume, da convenção e da continuidade porque preferem o diabo conhecido ao diabo que não conhecem. Eles crêem que ordem, justiça e liberdade são produtos artificiais de uma longa experiência social, o resultado de séculos de tentativas, reflexão e sacrifício. Por isto, o organismo social é uma espécie de corporação espiritual, comparável à Igreja; pode até ser chamado de comunidade de almas. A sociedade humana não é uma máquina, para ser tratada mecanicamente. A continuidade, a seiva vital de uma sociedade não pode ser interronpida. A necessidade de uma mudança prudente, recordada por Burke, está na mente de um conservador. Mas a mudança necessária, redargúem os conservadores, deve ser gradual e descriminativa, nunca se desvencilhando de uma só vez dos antigos cuidados.
Terceiro, os conservadores acreditam no que se poderia chamar de princípio do preestabelecimento.
Os conservadores percebem que as pessoas atuais são anões nos ombros de gigantes, capazes de ver mais longe do que seus ancestrais apenas por causa da grande estatura dos que nos precederam no tempo. Por isto os conservadores com freqüência enfatizam a importância do preestabelecimento – ou seja, as coisas estabelecidas por costume imemorial, de cujo contrário não há memória de homem que se recorde. Há direitos cuja principal ratificação é a própria antiguidade – inclusive, com freqüência, direitos de propriedade. Da mesma forma a nossa moral é, em grande parte, preestabelecida. Os conservadores argumentam que seja improvável que nós modernos façamos alguma grande descoberta em termos de moral, de política ou de bom gosto. É perigoso avaliar cada tema eventual tendo como base o julgamento pessoal e a racionalidade pessoal. O indivíduo é tolo, mas a espécie é sábia, declarou Burke. Na política nós agimos bem se observarmos o precedente, o preestabelecido e até o preconceito, porque a grande e misteriosa incorporação da raça humana adquiriu uma sabedoria prescritiva muito maior do que a mesquinha racionalidade privada de uma pessoa.
Quarto, os conservadores são guiados pelo princípio da prudência.
Burke concorda com Platão que entre os estadistas a prudência é a primeira das virtudes. Toda medida política deveria ser medida a partir das prováveis conseqüências de longo prazo, não apenas pela vantagem temporária e pela popularidade. Os progressistas e os radicais, dizem os conservadores, são imprudentes: porque eles se lançam aos seus objetivos sem dar muita importância ao risco de novos abusos, piores do que os males que esperam varrer. Com diz John Randolph of Roanoke, a Providência se move devagar, mas o demônio está sempre com pressa. Sendo a sociedade humana complexa, os remédios não podem ser simples, se desejam ser eficazes. O conservador afirma que só agirá depois de uma reflexão adequada, tendo pesado as conseqüências. Reformas repentinas e incisivas são tão perigosas quanto as cirurgias repentinas e incisivas.
Quinto, os conservadores prestam atenção no princípio da variedade.
Eles gostam do crescente emaranhado de instituições sociais e dos modos de vida tradicionais, e isto os diferencia da uniformidade estreita e do igualitarismo entorpecente dos sistemas radicais. Em qualquer civilização, para que seja preservada uma diversidade sadia, devem sobreviver ordens e classes, diferenças em condições matérias e várias formas de desigualdade. As únicas formas verdadeiras de igualdade são a igualdade do Juízo Final e a igualdade diante do tribunal de justiça; todas as outras tentativas de nivelamento irão conduzir, na melhor das hipóteses, à estagnação social. Uma sociedade precisa de liderança honesta e capaz; e se as diferenças naturais e institucionais forem abolidas, algum tirano ou algum bando de oligarcas desprezíveis irá rapidamente criar novas formas de desigualdade.
Sexto, os conservadores são refreados pelo princípio da imperfectibilidade.
A natureza humana sofre irremediavelmente de certas falhas graves, bem conhecidas pelos conservadores. Sendo o homem imperfeito, nenhuma ordem social perfeita poderá jamais ser criada. Por causa da inquietação humana, a humanidade tornar-se-ia rebelde sob qualquer dominação utópica e se desmantelaria, mais uma vez, em violento desencontro – ou então morreria de tédio. Buscar a utopia é terminar num desastre, dizem os conservadores: nós não somos capazes de coisas perfeitas. Tudo o que podemos esperar razoavelmente é uma sociedade que seja sofrivelmente ordenada, justa e livre, na qual alguns males, desajustes e desprazeres continuarão a se esconder. Dando a devida atenção à prudente reforma, podemos preservar e aperfeiçoar esta ordem sofrível. Mas se os baluartes tradicionais de instituição e moralidade de uma nação forem negligenciados, se dá largas ao impulso anárquico que está no ser humano: "afoga-se o ritual da inocência". Os ideólogos que prometem a perfeição do homem e da sociedade transformaram boa parte do século XX em um inferno terrestre.
Sétimo, conservadores estão convencidos que liberdade e propriedade estão intimamente ligadas.
Separe a propriedade do domínio privado e Leviatã se tornará o mestre de tudo. Sobre o fundamento da propriedade privada, construíram-se grandes civilizações. Quanto mais se espalhar o domínio da propriedade privada, tanto mais a nação será estável e produtiva. Os conservadores defendem que o nivelamento econômico não é progresso econômico. Aquisição e gasto não são as finalidades principais da existência humana; mas deve-se desejar uma sólida base econômica para a pessoa, a família e o estado. Sir Henry Maine, em sua Village Communities, defende vigorosamente a causa da propriedade privada, como diferente da propriedade pública: "Ninguém pode ao mesmo tempo atacar a propriedade privada e dizer que aprecia a civilização. A história destas duas realidades não pode ser desintrincada". Pois a instituição da propriedade privada tem sido um instrumento poderoso, ensinando a responsabilidade a homens e mulheres, dando motivos para a integridade, apoiando a cultura geral e elevando a humanidade acima do nível do mero trabalho pesado, proporcionando tempo livre para pensar e liberdade para agir. Ser capaz de guardar o fruto do próprio trabalho; ser capaz de ver o próprio trabalho transformado em algo de duradouro; ser capaz de deixar em herança a sua propriedade para sua posteridade; ser capaz de se erguer da condição natural da oprimente pobreza para a segurança de uma realização estável; ter algo que é realmente propriedade pessoal – estas são vantagens difíceis de refutar. O conservador reconhece que a posse de propriedade estabelece certos deveres do possuidor; ele reconhece com alegria estas obrigações morais e legais.
Oitavo, os conservadores promovem comunidades voluntárias, assim como se opõem ao coletivismo involuntário.
Embora os americanos tenham se apegado vigorosamente aos direitos privados e de privacidade, também têm sido um povo conhecido por seu bem sucedido espírito comunitário. Na verdadeira comunidade, as decisões que afetam de forma mais direta as vidas dos cidadãos são tomadas no âmbito local e de forma voluntária. Algumas destas função são desempenhadas por organismos políticos locais, outras por associações privadas: enquanto permanecem no âmbito local e são caracterizadas pelo comum acordo das pessoas envolvidas, elas constituem comunidades saudáveis. Mas quando as funções, quer por deficiência, quer por usurpação, passam para uma autoridade central, a comunidade se encontra em sério perigo. Se existe algo de benéfico ou prudente em uma democracia moderna, isto se dá através da volição cooperativa. Se, então, em nome de uma democracia abstrata, as funções da comunidade são transferidas para uma coordenação política distante, o governo verdadeiro, através do consentimento dos governados, cede lugar para um processo de padronização hostil à liberdade e à dignidade humanas.
Uma nação não é mais forte do que as numerosas pequenas comunidades pelas quais é composta. Uma administração central, ou um grupo seleto de administradores e servidores públicos, por mais bem intencionado e bem treinado que seja, não pode produzir justiça, prosperidade e tranqüilidade para uma massa de homens e mulheres privada de suas responsabilidades de outrora. Esta experiência já foi feita; e foi desastrosa. É a realização de nossos deveres em comunidade que nos ensina a prudência, a eficiência e a caridade.
Nono, o conservador percebe a necessidade de uma prudente contenção do poder e das paixões humanas.
Politicamente falando, poder é a capacidade de se fazer aquilo que se queira, a despeito da aspiração dos próprios companheiros. Um estado em que um indivíduo ou um pequeno grupo é capaz de dominar as aspirações de seus companheiros sem controles é um despotismo, quer seja monárquico, aristocrático ou democrático. Quando cada pessoa pretende ser um poder em si mesmo, então a sociedade se transforma numa anarquia. A anarquia nunca dura muito tempo, já que, sendo intolerável para todos e contrária ao fato irrefutável de que algumas pessoas são mais fortes e espertas do que seus próximos. À anarquia sucede a tirania ou a oligarquia, nas quais o poder é monopolizado por pouquíssimos.
O conservado se esforça por limitar e balancear o poder político para que não surjam nem a anarquia, nem a tirania. No entanto, em todas as épocas, homens e mulheres foram tentados a derrubar os limites colocados sobre o poder, a favor de um capricho temporário. É uma característica do radical que ele pense o poder como uma força para o bem – desde que o poder caia em suas mãos. Em nome da liberdade, os revolucionários franceses e russos aboliram os limites tradicionais ao poder; mas o poder não pode ser abolido; e ele sempre acha um jeito de terminar nas mãos de alguém. O poder que os revolucionários pensavam ser opressor nas mãos do antigo regime, tornou-se muitas vezes mais tirânico nas mãos dos novos mestres do estado.
Sabendo que a natureza humana é uma mistura do bem e do mal, o conservador não coloca sua confiança na mera benevolência. Restrições constitucionais, freios e contrapesos políticos (checks and balances), correta coerção das leis, a rede tradicional e intricada de contenções sobre a vontade e o apetite – tudo isto o conservador aprova como instrumento de liberdade e de ordem. Um governo justo mantém uma tensão saudável entre as reivindicações da autoridade e as reivindicações da liberdade.
Décimo, o pensador conservador compreende que a estabilidade e a mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas em uma sociedade robusta.
O conservado não se opõe ao aprimoramento da sociedade, embora ele tenha suas dúvidas sobre a existência de qualquer força parecida com um místico Progresso, com P maiúsculo, em ação no mundo. Quando uma sociedade progride em alguns aspectos, geralmente ela está decaindo em outros. O conservador sabe que qualquer sociedade sadia é influenciada por duas forças, que Samuel Taylor Coleridge chamou de Conservação e Progressão (Permanence and Progression). A Conservação de uma sociedade é formada pelos interesses e convicções duradouros que nos dão estabilidade e continuidade; sem esta a Conservação as fontes do grande abismo se dissolvem, a sociedade resvala para a anarquia. A Progressão de uma sociedade é aquele espírito e conjunto de talentos que nos instiga a realizar uma prudente reforma e aperfeiçoamento; sem esta Progressão, um povo fica estagnado. Por isto o conservador inteligente se esforça por reconciliar as reivindicações da Conservação e as reivindicações da Progressão. Ele pensa que o progressista e o radical, cegos aos justos reclamos da Conservação, colocariam em perigo a herança que nos foi legada, num esforço de nos apressar na direção de um duvidoso Paraíso Terrestre. O conservador, em suma, é a favor de um razoável e moderado progresso; ele se opõe ao culto do Progresso, cujos devotos crêem que tudo o que é novo é necessariamente superior a tudo o que é velho.
O conservador raciocina que a mudança é essencial para um corpo social da mesma forma que o é para o corpo humano. Um corpo que deixou de se renovar, começou a morrer. Mas se este corpo deve ser vigoroso, a mudança deve acontecer de uma forma harmoniosa, adequando-se à forma e à natureza do corpo; do contrário a mudança produz um crescimento monstruoso, um câncer que devora o seu hospedeiro. O conservado cuida para que numa sociedade nada nunca seja completamente velho e que nada nunca seja completamente novo. Esta é a forma de conservar uma nação, da mesma forma que é o meio de conservar um organismo vivo. Quanta mudança seja necessária em uma sociedade, e que tipo de mudança, depende das circunstâncias de uma época e de uma nação.
* * *
Assim, este são os dez princípios que tiveram grande destaque durante os dois séculos do pensamento conservador moderno. Outros princípios de igual importância poderiam ter sido discutidos aqui: a compreensão conservadora de justiça, por exemplo, ou a visão conservadora de educação. Mas estes temas, com o tempo que passa, eu deverei deixar para a sua investigação pessoal.
Eric Voegelin costumava dizer que a grande linha de demarcação na política moderna não é a divisão entre progressistas de um lado e totalitários do outro. Não, de um lado da linha estão todos os homens e mulheres que imaginam que a ordem temporal é a única ordem e que as necessidades materiais são as únicas necessidades e que eles podem fazer o que quiserem do patrimônio da humanidade. No outro lado da linha estão todas as pessoas que reconhecem uma ordem moral duradoura no universo, uma natureza humana constante e deveres transcendentes para com a ordem espiritual e a ordem temporal.
Assinar:
Postagens (Atom)