quinta-feira, 26 de março de 2009

Orando com os avestruzes

Orando com os avestruzes
Olavo de CarvalhoDiário do Comércio, 24 de março de 2009
Muitos daqueles a quem faço alusão, de passagem, como amostras de fenômenos de patologia social e cultural, ficam naturalmente enfezados, esperneiam um pouco pela internet e então saem por aí alardeando que tiveram um “debate” comigo. Como às vezes cito seus nomes para fins de mera documentação, iludem-se pensando que são meus interlocutores, que lhes dei alguma atenção individual, quando na verdade só os mencionei pela tipicidade anônima, pela uniformidade rasa e mecânica com que macaqueiam os cacoetes de seu grupo de referência e assim forjam, para alívio de sua mal disfarçada insegurança juvenil, uma espécie de identidade temporária, com prazo de validade a expirar na próxima troca de amigos.
Trata-se em geral de garotos de vinte e poucos anos, com idade para ser meus netos, mas afeiçoados desde o bercinho à arte genuinamente brasileira de simular autoridade intelectual – às vezes até mesmo eclesiástica – e uma longa experiência da vida.
O pior é que outros, vendo-me gastar tempo com opiniões de indivíduos que lhes parecem insignificantes, exigem que eu pare de fazer isso e me dedique a mais dignos afazeres, como se os grandes erros coletivos, geradores de tragédias mundiais, consistissem apenas em crenças gremiais de uma elite de homens ilustres, e não, justamente, na somatória das ilusões de incontáveis criaturas diminutas e anônimas.
Uma dessas criaturas, indignada de que eu cobrasse dos católicos alguma ação contra o avanço do comunismo no mundo e especialmente na América Latina, despejou na rede, desde o alto do seu púlpito imaginário, as seguintes palavras:
“Quem entende o remédio da crise de fé como uma postura anticomunista realmente desconhece a verdadeira missão da Igreja. Ensinar e pregar o anticomunismo é um ponto meramente terceiro ao lado de outras importâncias. Aquele que vive piedosamente os ensinamentos de Cristo, seguindo com um doce ar filial o Magistério, se aproximando da Eucaristia com devoção e contrição, se torna anticomunista em espírito sem nunca ter ouvido uma crítica direta ao socialismo – enquanto ferrenhos anticomunistas que não entendem a grandeza de Deus e seguem trilhas desconhecidas se aproximam da condenação. Assim a Igreja deve caminhar, sem se reduzir aos problemas do mundo, esquecendo as coisas do alto. Clamar a Verdade é clamar a conversão e a adesão a Cristo e Seus ensinamentos. A condenação ao marxismo, feita pela Igreja, é apenas a conseqüência imediata da vivência da Fé com oração e fidelidade, sem isso, ou seja, sem o caráter místico e transcendental, a Igreja perde o sentido. Por isso que digo que tanto as olavetes quanto os adeptos da Teologia da Libertação erram no mesmo ponto; ambos simplificam aMater Ecclesia, a esvaziam do seu sentido mais profundo.”
Neste mesmo momento, milhares de jovens católicos como esse estão sendo induzidos, por sacerdotes estúpidos ou maliciosos, a contentar-se com “ser anticomunistas em espírito”, na segurança dos seus lares e no doce ambiente da fraternidade cristã, sem arriscar o conforto de suas almas e o bem-estar de seus corpos no enfrentamento real com o inimigo, na agitação sangrenta do mundo.
Para dissuadi-los de tomar qualquer atitude objetiva contra o maior perigo que já ameaçou a Igreja desde fora e desde dentro, esses professores de um pietismo kitsch infundem nas mentes de seus discípulos uma falsa dicotomia entre a vida interior e a guerra santa e, corrompendo-os até à medula, cultivam neles a vaidade demoníaca de sentir-se superiores por abster-se da segunda para dedicar-se à primeira, como se o sangue dos mártires e dos heróis pouco ou nada valesse perto das orações dos monges, e aliás como se não houvesse monges entre os mártires e heróis. Os papas da era das Cruzadas, em contrapartida, prometiam a indulgência plenária àqueles que arriscassem sua vida no campo de batalha, jamais àqueles que fugissem ao combate sob a desculpa de que estavam muito ocupados com sua “vida interior”.
Lembro-me de que na igreja de padres italianos em que me criei na infância, e onde decorei a missa em latim aos oito anos para realizar o sonho de ser coroinha (donde se vê minha total inexperiência da vida católica), havia dois altares votivos, em mármore, permanentemente acesos, com as inscrições: “Ai martiri” e “Agli eroi” (“Aos mártires” e “aos heróis”). Não havia nenhum para as pessoas ocupadas em coisas importantes.
O pior é que o menino que escreveu aquelas palavras desastradas está seguro de jamais ter-me ofendido (muito menos de haver ofendido ao próprio Cristo), e até garante: “Não pretendo ser presunçoso nem soberbo.” Haverá maior presunção e soberba do que, em nome de uma pretensa experiência mística, fazer pouco daqueles que, atendendo ao chamamento de Pio XII, professaram combater o comunismo “com a maior energia, dentro e fora da Igreja” e “até mesmo com o sacrifício de suas próprias vidas”? Haverá maior soberba do que ignorar que esse chamamento, na verdade, não veio de Pio XII, mas da própria Virgem de Fátima? Haverá maior presunção e soberba do que imaginar que a luta contra o inimigo que mais odiou e matou cristãos ao longo de toda a história humana, e que superou nisso infinitamente todas as heresias e todas as invasões de bárbaros, “é um ponto meramente terceiro ao lado de outras importâncias”? Como pode a vida religiosa ter-se prostituído a tal ponto que um fiel católico já não enxerga nada de ofensivo em acreditar que os mais de trinta milhões de mártires e combatentes cristãos sacrificados pela sanha comunista na Rússia, na Polônia, na Hungria, na China, em Cuba e um pouco por toda parte merecem apenas as nossas orações, se tanto, em vez da nossa firme disposição de correr o mesmo risco que eles correram?
Faço a pergunta e já tenho a resposta, que recebi pronta de mentes mais sábias.
O cardeal Pallavicini ensinava que “convocar um concílio geral, exceto quando exigido pela mais absoluta necessidade, é tentar Deus”. Desde a fundação da Igreja até a década de 60 do século findo, realizaram-se vinte concílios. Nenhum deles incorreu nesse pecado. Cada um, segundo enfatizava o cardeal Manning, “foi convocado para extinguir a heresia principal ou para corrigir o mal maior da respectiva época”. O primeiro a desprezar essa exigência, e a desprezá-la não por descuido, não por um lapso, não por negligência, mas por vontade expressa e por firme decisão de seus convocantes, foi o Concílio Vaticano II. Depois de Nossa Senhora de Fátima ter advertido, logo antes da Revolução Russa, que os erros e desvarios vindos de Moscou seriam o flagelo mais cruel que já se abatera sobre a humanidade, depois de vários papas proclamarem da maneira mais inequívoca que o comunismo era não só o maior mal da nossa época mas um perigo praticamente ilimitado, ameaçando, segundo Pio XII, invadir, corromper e destruir “tudo o que é espiritual – filosofia, ciência, lei, educação, as artes, os meios de comunicação, a literatura, o teatro e a religião em geral”, o Concílio Vaticano II comprometeu-se oficialmente, em troca de amabilidades irrelevantes do governo soviético, a não condenar esse mal, a não dizer uma só palavra que fosse contra o comunismo. Podem procurar em todos os documentos oficiais do Concílio: não encontrarão essa palavra.
Bem, se o próprio Concílio tinha mais o que fazer em vez de prestar atenção à advertência de Nossa Senhora e combater o maior dos males presentes, por que haveria um jovem católico brasileiro de perceber o quanto é ofensivo e presunçoso achar que sua suposta “vida mística” vale mais do que tentar parar a matança de cristãos (e aliás também de não-cristãos)? O Concílio, sem dúvida, inaugurou uma nova espiritualidade: a espiritualidade dos avestruzes.
O jovem a que me referi não é exceção. Suas idéias valem muito como indícios de um estado de coisas. Elas mostram, como única alternativa aparente à falsa igreja ativíssima e entusiasta dos padres e bispos comunistas, a Igreja omissa, entorpecida, hipnotizada na contemplação vaidosa de sua própria alienação.
Que eficácia têm, nessas condições, a “devoção e contrição” de que se gaba o nosso personagem, e as de tantos outros como ele? Mateus, 5:23-24, ensina: “Se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” Será que trinta e tantos milhões de mártires não têm queixa nenhuma contra os irmãos que os ignoram em favor de “coisas mais importantes”, como os ignorou solenemente o Concílio?
P. S. – Quem quiser detalhes sobre o pacto hediondo que impôs à Igreja o silêncio quanto ao comunismo, leia Pope John’s Council, de Michael Davies (2nd. ed., Kansas City, Missouri, Angelus Press, 2008), e Las Puertas del Infierno, de Ricardo de la Cierva (Barcelona, Editorial Fénix, 1995).

quarta-feira, 25 de março de 2009

O PROJETO COMUNISTA PARA O BRASIL E A AMÉRICA LATINA

O PROJETO COMUNISTA PARA O BRASIL E A AMÉRICA LATINA
Por Taiguara Fernandes de Sousa
Há décadas os comunistas planejam a instauração de um regime ditatorial comunista no Brasil e em toda a América Latina.No dia 23 de maio de 2008, uma reunião em Brasília tornou realidade a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), através de um Tratado Constitutivo que crio uma personalidade política própria para o Bloco e, entre outras coisas, um Conselho Sul-Americano de Segurança.Este Bloco – estipulado nos moldes da União Européia como união política e econômica, com moeda única e parlamento comum – é divulgado como a última salvação econômica da América do Sul, como se o simples ingresso no mesmo fosse tornar qualquer país sul-americano desenvolvido instantaneamente.E promessas como esta atraem mentes ingênuas...A Unasul é apenas uma mal-disfarçada tentativa de implantar na América do Sul um regime ditatorial comunista, exatamente igual ao que foi feito na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a extinta URSS. Diríamos que a Unasul é tão-somente a URSS trazida para a América.E quem deseje confirmar tal coisa, basta abrir os olhos e analisar as pistas que a própria Unasul nos dá...Não por coincidência, sua bandeira carrega as cores vermelho-sangue e amarelo... exatamente as mesmas da bandeira da URSS, ainda hoje utilizadas pelo Partido Comunista.A Sede da Unasul será em Quito, Equador... o Equador do socialista Rafael Correa.O Parlamento da Unasul será em Cochabamba, Bolívia... a Bolívia hoje dominada pelos comunistas de Evo Morales.E o Banco do Sul, o centro financeiro do Bloco, por onde circulará a moeda única (que Evo Morales sugeriu chamar-se “pacha”: “terra”, em idioma quíchua...) será... em Caracas! Caracas, a capital venezuelana, do déspota totalitarista Hugo Chávez... que nunca escondeu seu desejo tão caro de estabelecer uma união das nações do Sul, como propôs Bolívar....Estas pistas revelam bem o que, realmente, é a Unasul: uma tentativa – já uma realidade política – de implantar na América Latina uma nova URSS.A diferença entre União Soviética a União das Nações Sul-Americanas é tão somente o método de implementação: a URSS foi implantada de chofre, por uma revolução violenta e anárquica; hoje, como já não se dá mais valor a estas revoluções – o mundo está cansado de revoluções que no final tornam tudo pior do que era antes – a Unasul é implantada aos poucos, gradativamente, de forma sutil, em um movimento lento, cuja intenção é desviar as atenções. E, de fato, quase ninguém está percebendo para onde estamos caminhando.No Brasil, onde a ingenuidade chega às raias da ignorância, o povo não percebe a que ponto está sendo conduzida a lenta revolução comunista do governo Lula. É incompreensível que o povo brasileiro se deixe seduzir por promessas de milagres econômicos e feche os olhos à realidade: em breve, neste caminho, o Brasil se tornará uma república socialista, de regime ditatorial!O Presidente Lula põe em postos-chave de seu governo pessoas abertamente ligadas às causas revolucionárias comunistas, com um passado terrorista e guerrilheiro envergonhável.José Genoíno, o “companheiro Zé” do Lula, sempre foi genuinamente a favor de uma revolução comunista, e nem mesmo hoje, quando o PT tenta passar uma imagem mais bonita e disfarçada de seu esquerdismo, não esconde esta sua pretensão. A Guerrilha do Araguaia, na qual ele lutou, tinha este objetivo. Felizmente foi suprimida pelo Exército Brasileiro...José Dirceu, outro “companheiro Zé”, é revolucionário comunista e guerrilheiro de carteirinha, inclusive treinado em Cuba pelos mais preparados assassinos... ops! oficiais cubanos para implantar o regime comunista no Brasil.Esta figura foi deslocada do governo Lula após o escândalo do Mensalão, mas em seu lugar foi posta criatura muito melhor, de credenciais tão ou mais aptas que as de Dirceu à condução da Revolução que o Presidente teme promover abertamente: Dilma Roussef, a “camarada de armas” de José Dirceu, como ele mesmo lhe chamava, unindo numa só expressão o tratamento soviético e o ideal comuno-guerrilheiro.Que beleza de Ministra! E agora já se fala em lançá-la à Presidência, em 2010. Deus nos livre!A Ministra Dilma “Estela” Roussef, em seus tempos de juventude, foi guerrilheira e participou ativamente das fileiras de dois grupos terroristas no país: o COLINA, Comando da Libertação Nacional, organização terrorista e subversiva; e o VAR-Palmares, a Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares, uma verdadeira FARC brasileira, a qual, como o próprio nome diz, tencionava realizar a Revolução Comunista por meio das armas e da violência. No VAR-Palmares, a Ministra usava o codinome de “Estela”. E, tomando como base as atitudes da Ministra, nada nos faz supor que tenha esquecido suas idéias revolucionárias.A Sra. Estela Roussef fez até um showzinho na CPI dos Cartões Corporativos, dizendo orgulhar-se de ter combatido a ditadura... Ora, sejamos ao menos sensato (sensatez é muito a exigir-se de um comunista): a Ministra Roussef, ou Camarada Estela, não lutou contra a ditadura militar, mas sim em prol da ditadura, só que uma outra ditadura: a comunista, cuja implantação era objetivo do COLINA e do VAR-Palmares.E isto não se aplica somente aos grupos terroristas dos quais a Ministra Estela participou, dado que é fato inegável que os comunistas que lutaram contra a ditadura militar no Brasil, lutavam, na verdade, pela implantação de um regime comunista nos moldes cubanos. Negar isso é negar o fato histórico concreto.Eis a Ministra Estela, que se quer fazer Presidente... Estela.O Lula, com seu jeitinho tímido e de “homão” nordestino, na verdade é muito inteligente: move tudo por debaixo dos panos. Uma revolução tão habilmente traçada e planejada, há tantos anos. Não uma revolução: uma conspiração contra a nação brasileira.São estes os políticos que hoje dominam o Brasil. São estes os políticos que querem implantar um regime comunista na soberana nação brasileira, suprimindo as liberdades individuais e propugnando ideais há muito demonstrados errôneos. São estes os políticos que querem enxertar na América o carcinoma da União Soviética.Seríamos capazes de prever os passos desta Revolução Comunista lenta e gradual:1º Passo: Revolução culturalAntes de semear, o terreno deve ser arado e a terra preparada. Não se pode infiltrar a ideologia na mente de alguém sem que antes seu pensamento seja direcionado a recebê-la. Mão Tse-Tung sabia disto, e foi no que se baseou para sua Revolução Cultural na China, a partir de 1966.No Brasil, a Revolução Cultural acontece: o governo estimula uma degradação de valores como nunca antes vista. Foi no governo Lula que foi aprovada a perniciosa Lei de Biossegurança, que não garante a segurança dos mais indefesos, os seres humanos em idade embrionária. E é neste governo que se quer aprovar o nefasto e animalesco crime do aborto – por iniciativa do Presidente, que convocou uma Comissão Tripartite para elaborar um Projeto de Lei a respeito, e pôs no Ministério da Saúdo um médico abortista ao extremo da obsessão.Não bastando, ainda se quer neste governo do Lula aprovar uma Lei pela qual todos os brasileiros – todos, e absolutamente todos – são obrigados a tolerar e concordar com os atos imorais e pecaminosos praticados por um homossexual, sendo-lhe proibido o direito de manifestar-se contrariamente às práticas homossexuais. E sequer pense o brasileiro em tachar de “promíscuas” as perniciosas paradas gays, pois poderá ser levado ao hospício... afinal, ainda um dia desses disse o Presidente Lula que ser contrário ao homossexualismo é a “doença mais perversa que já entrou numa cabeça humana”...Mas nada é comparado às máquinas de camisinha nas escolas públicas, pelas quais os adolescentes são expostos e estimulados ao sexo livre e irresponsável. Sexo animalesco e bizarro, na verdade.É a Revolução Cultural, que no Brasil anda a mil.2º Passo: Amizade com regimes comunistasMas para preparar o pensamento do povo ao acolhimento de um regime comunista, é necessário ainda que sejam fechados laços de amizade com regimes do tipo, para que o cidadão já tenha como parte de sua experiência de vida a convivência com tal regime.E nisto se dá a lua-de-mel de Lula e Hugo Chávez, a quem o Presidente chama de “companheiro” (que bela qualidade de “companheiro”...). A entrada da Venezuela no Mercosul, não obstante as constantes violações dos direitos humanos naquele país, se dá no mesmo contexto.É nisto que se dá, também, a tímida reação brasileira às estatizações do gás boliviano, e a maravilhosa relação fraterna entre Lula e o comunista Evo Morales.Não se pode esquecer a grande amizade deste governo com a China comunista... China na qual não há liberdade; China que assassinou e assassina milhares – ou milhões; China na qual milhares de homens são presos em verdadeiros campos de concentração e forçados a trabalhar de forma escrava nas indústrias, fabricando estes produtos baratos que atolam o mercado brasileiro (“Made in China”... ou “Made by slave work”).3º Passo: CensuraA Lei da Mordaça Gay, da qual já falamos, é um exemplo do início da censura no Brasil.A censura já acontece.Durante o julgamento do STF sobre as células-tronco embrionárias, esta censura tmou proporções absurdas: nenhuma notícia, uma sequer, foi divulgada contra as pesquisas; apenas a favor. Não deve ser coincidência que o governo fosse o maior interessado nas pesquisas com células-tronco embrionárias.Não se falou nos tumores que estas células podem causar.Não se falou dos benefícios maravilhosos que se pode obter com células-tronco adultas.Não se falou de tantas crianças que nasceram mesmo após terem sido conservadas criogenicamente por mais de uma década (desmentindo o argumento dos “embriões inviáveis”...)Por não ter provas, o autor deste artigo exime-se de acusar o governo de estar por trás da manipulação midiática de informação a respeito das células-tronco e de censurar as informações em contrário às suas intenções.Mas que uma censura larga em ação no Brasil, isto ninguém pode negar.E se os brasileiros não tomarem cuidado, ela se alastrará.4º Passo: Reforma Agrária nos moldes soviéticosUma Reforma Agrária injusta, confiscatória e completamente desprovida de sentido deverá ser realizada por iniciativa governamental. O proprietário rural terá sua terra desonestamente confiscada para ser redistribuída da forma que o governo bem desejar. Exatamente como na URSS, não se fará distinção entre proprietário rural grande ou pequeno: o proprietário rural é o inimigo, seja ele quem for.O apoio do governo Lula ao revolucionário MST, que, invadindo propriedades (com o apoio da CNBB), desrespeita os Sétimo e Décimo Mandamentos de Deus, pode ser visto como o primeiro passo rumo a este ideal...5º Passo: Perseguição à religiãoA religião é a pior inimiga do comunismo quando não se dobra perante ele. E a única capaz de não se dobrar, por sua coerência e firmeza, é o Catolicismo. Por isto, ela deve ser perseguida.Nesta primeira fase da perseguição, o Catolicismo será desacreditado junto ao povo.Isto já está acontecendo.Basta observar o episódio das células-tronco embrionárias, onde a posição contrária da Igreja não era digna de crédito, simples e estapafurdiamente rejeitada pelos opositores (que conhecem sua coerência e exatidão), tachada de obscurantista e medieval. A expressão mais utilizada no episódio das células-tronco embrionárias foi “Estado laico”, e não “embrião humano”.Agora se quer tirar, por força de lei, o título de Padroeira do Brasil de Nossa Senhora Aparecida, algo que já faz parte da piedade popular.6º Passo: Censura formalCensura decretada sobre forma de lei.7º Passo: PrisõesInimigos políticos ou pessoas contrárias ao rumo tomado pelo país deverão ser presas e caladas. Primeiro com base em acusações falsas. Depois, sem motivo.8º Passo: Decretação do Regime ComunistaSerá decretado um regime ditatorial de cunho comunista. Se dirão palavras do tipo: “Uma nova era se inicia, uma era de igualdade e justiça”... Serão prometidos milagres econômicos, justiça social, o fim da fome e da pobreza, e outras coisas materiais que encantarão a muitos.9º Passo: UnasulUma nova URSS.10º Passo: Extinção aberta da religiãoA religião, em especial a católica, será perseguida de forma bizarra. O ódio comunista à religião fará muitas vítimas. Como na URSS e na China, o objetivo será claro: eliminar a religião até os seus fundamentos. Igrejas fechadas, católicos presos e assassinados. Verdadeiro “Holocausto Católico”, de feições demoníacas.Cada um destes passos já está em andamento. Deus nos livre que todos eles sejam dados!Podemos parecer pessimistas ou chocantes demais ao denunciarmos estes dez passos. Mas nada fazemos a não ser olhar para o passado e dele tirar lições para o presente: exatamente o que aconteceu na URSS, na China e na Guerra Civil Espanhola pode acontecer no Brasil. Não queremos ser sensacionalistas, mas é chegada a hora de o brasileiro deixar de lado a ingenuidade e ver a realidade de forma nua e crua, como ela é de fato.Seria ingênuo considerar que tudo ocorrerá durante este governo.Não.Este governo é o início de um antigo sonho comunista.Uma sucessão de governos deste tipo e logo teremos uma ditadura comunista no Brasil.Um futuro governo da Ministra Dilma “Estela” Roussef piorará as coisas.Cabe ao povo brasileiro não permitir tal coisa.Cabe ao Brasil reafirmar sua soberania perante este crápulas terroristas e mascarados, discípulos de Stálin, Mao e Fidel.O povo brasileiro não pode cruzar os braços diante da ofensiva comunista nesta nação.Se este povo não lutar contra esta ofensiva, o Brasil será deixado num berço de serpentes.E estas serpentes o envenenarão, com conseqüências trágicas para a nação.Levanta-te, brava gente brasileira!
Taiguara Fernandes de Sousa.

domingo, 8 de março de 2009

PRINCÍPIO DIVINO
3a Edição - 1994
Reverendo SUN MYUNG MOON
Introdução Geral
Todos, sem exceção, estão lutando para alcançar a felicidade. O primeiro passo para atingir esta meta é superar a presente infelicidade. Desde pequenos assuntos individuais até os acontecimentos globais que fazem história, tudo são expressões das vidas humanas, em sua luta para alcançar a felicidade. Como, então, poderá a felicidade ser alcançada?
Toda pessoa se sente feliz quando seu desejo é satisfeito. A palavra “desejo”, porém, é apta a ser mal interpretada. A razão disto é que todos estão agora vivendo em circunstâncias que podem levar o desejo para a direção do mal, em vez da direção do bem. O “desejo” que resulta em iniqüidade não vem da “mente original do homem”, isto é, o seu ser íntimo, que se deleita na lei de Deus. O caminho da felicidade é alcançado quando a pessoa supera o desejo que leva para o mal e segue o desejo que procura o bem. A mente original do homem sabe que o desejo mau levará somente para a infelicidade e o infortúnio. Assim é a realidade da vida humana; o homem está tateando nas trevas da morte, procurando a luz da vida.
Por acaso já houve algum homem que, seguindo o caminho do desejo mau, tivesse conseguido encontrar a felicidade, em que sua mente original pudesse se deleitar? A resposta é “não”. Sempre que o homem atinge o objeto de seus maus desejos, sente a agonia de uma consciência ferida. Existem, porventura, pais que ensinem seus filhos a fazer o mal, ou professores que instruam seus estudantes a seguir o caminho da iniqüidade? Mais uma vez, a resposta deve ser “não”. É da natureza da mente original do homem odiar o mal e exaltar o bem.
Nas vidas de homens religiosos podem-se observar muitas tensas e implacáveis lutas para atingir o bem, seguindo apenas o desejo da mente original. Contudo, desde o começo dos tempos, nenhum homem jamais conseguiu seguir completamente sua mente original. Por esse motivo, a Bíblia diz: “Não há um justo, nenhum sequer; não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus” (Rm 3.10-11).
O Apóstolo Paulo, que teve de enfrentar tal maldade do coração, diz em lamentação: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus, mas vejo em meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está em meus membros. Miserável homem que eu sou” (Rm 7. 22-24).
Existe uma grande contradição no homem. Dentro do mesmo indivíduo o poder da mente original, que deseja o bem, está em violenta guerra contra o poder da mente má, que deseja o mal. Toda vida, toda matéria, estão fadadas à destruição, enquanto contiver tal contradição. Todos os homens que tiverem tal contradição dentro de si mesmos, estão vivendo à beira da destruição.
Será possível que o homem tenha sido criado com tal contradição? A resposta mais uma vez é “não”. Nada na criação poderia ter sido criado com tal contradição inerente. Portanto, a contradição deve ter-se desenvolvido no homem depois da criação. No Cristianismo, esse desenvolvimento tem o nome de “Queda do Homem”.
Devido à “Queda” o homem sempre se encontra à beira da destruição. Por isso ele faz esforços desesperados para remover a contradição, seguindo o bom desejo de sua mente original e repelindo o mau desejo de sua mente má.
Para a tristeza da humanidade, a resposta última à questão do bem e do mal ainda não foi atingida. Com respeito às doutrinas de teísmo e ateísmo; se uma for julgada boa, a outra deverá ser má. No entanto ainda não conseguimos uma teoria absoluta com respeito à questão do bem e do mal. Além disto, muitas pessoas continuam em total ignorância a respeito de respostas a muitas questões fundamentais, tais como: o que é a mente original, a fonte do bom desejo? Qual foi a origem da mente má, que causou o desejo mau? Ou, o que foi a causa fundamental da queda, que possibilitou ao homem conter tal contradição? Antes de poder levar uma vida boa, seguindo o desejo bom da mente original e repelindo o desejo mau, é necessário superar a ignorância e saber distinguir entre o bem e o mal.
Observada do ponto de vista do conhecimento, a queda humana significa a descida do homem à escuridão da ignorância. Já que o homem contém dois aspectos, o interno e o externo ou o espiritual e o físico, há também dois tipos de conhecimento, interno e externo e dois tipos de ignorância, interna e externa.
Ignorância interna, no sentido religioso, significa ignorância espiritual; isto é, a ignorância das respostas de questões tais como: Qual é a origem do homem? Qual é a finalidade de sua vida? Será que Deus e o mundo futuro existem? Que são o bem e o mal?
Ignorância externa é a ignorância da realidade física; isto é, a ignorância com respeito ao mundo natural, que inclui o corpo humano; como também a ignorância de questões tais como: Qual é a base do mundo material? De acordo com quais leis naturais ocorrem todos os fenômenos físicos?
Desde os primórdios da história até o presente, os homens, constante e assiduamente, têm procurado a verdade, com a qual possam superar esta ignorância e restaurar a luz do conhecimento. O homem tem lutado para descobrir a verdade interna através do caminho da religião. A ciência tem sido a trilha seguida para a descoberta da verdade externa.
A religião e a ciência têm sido métodos de procurar os dois aspectos da verdade, a fim de superar os dois aspectos da ignorância e restaurar os dois aspectos do conhecimento. O dia há de chegar quando a religião e a ciência hão de caminhar em um só caminho, para que o homem possa desfrutar da felicidade eterna, completamente liberto da ignorância, dirigindo-se para o bem, que a mente original deseja. Então haverá de vir a compreensão mútua entre os dois aspectos da verdade, o interno e o externo.
O homem tem se aproximado de uma solução para as questões fundamentais da vida, seguindo dois cursos diferentes. O primeiro curso é procurar a solução dentro do mundo material. Aqueles que seguem esta rota, pensando ser uma trilha sublime, rendem-se à ciência, orgulhando-se de sua onipotência e procuram a felicidade material. Contudo, será que o homem pode desfrutar da felicidade total se ele limita sua busca às condições materiais externas centralizadas no corpo físico? É possível à ciência criar um ambiente social agradável, no qual o homem possa desfrutar de máxima riqueza, mas poderia tal ambiente satisfazer os desejos espirituais do homem interior?
As alegrias passageiras do homem que se deleita nos prazeres da carne não são nada, quando comparadas com a felicidade experimentada por um homem que se devota a Deus. Não foi somente o Gautama Buda que, deixando a glória do palácio real, tomou a longa jornada da vida à procura do caminho. Sua meta era o lar perdido do homem; o seu estado antes da queda, o seu domicílio permanente, embora não soubesse onde encontrá-lo. Assim como o homem é completo e sadio quando a sua mente está em harmonia com seu corpo, assim também acontece com a alegria. A alegria do corpo torna-se completa e sadia, quando está em harmonia com a alegria da mente.
Qual é o destino da ciência? Até agora, o objetivo da pesquisa científica não incluía o mundo interno da causa, mas somente o mundo externo do efeito; não o mundo da essência, mas somente o mundo dos fenômenos. Hoje a ciência está entrando numa dimensão mais alta; não se preocupa somente com o mundo externo do efeito ou dos fenômenos, mas começa a examinar também o mundo interno da causa e da essência. Aqueles que tomaram a trilha da ciência estão agora chegando à conclusão de que sem a verdade relativa ao mundo espiritual da causa, isto é, a verdade interna, o homem não pode atingir a finalidade última da ciência, isto é, a descoberta da verdade externa, que pertence ao mundo externo do efeito.
O marinheiro que se puser a viajar no mar do mundo material, levado pelo barco da ciência à procura dos prazeres da carne, talvez encontre o litoral do seu ideal, mas logo descobrirá que aquilo nada mais é do que um cemitério preparado para sua carne. Mas quando o marinheiro, depois de ter completado sua viagem à procura da verdade externa no barco da ciência, vier a encontrar a rota marítima da verdade interna, no barco da religião, ele será capaz de terminar a sua viagem no mundo ideal, que é a meta do desejo da mente original.
O segundo curso do esforço humano tem sido na direção da solução das questões fundamentais da vida no mundo essencial da “causa”. A filosofia e a religião, que percorreram esse caminho, fizeram contribuições substanciais. Por outro lado, tanto a filosofia como a religião se encontram sobrecarregadas de muitos fardos espirituais. Em sua própria época, os filósofos e santos do passado foram pioneiros na abertura do caminho da vida, mas suas realizações freqüentemente resultaram no acréscimo de outros fardos sobre o povo da época atual.
Consideremos este assunto objetivamente. Será que já existiu um filósofo que tenha sido capaz de pôr fim ao sofrimento humano? Existiu alguma vez um santo que nos tivesse mostrado claramente o caminho da vida? Os princípios e as ideologias até agora apresentados à humanidade deram origem ao ceticismo, criaram muitos temas que devem ser desemaranhados e numerosos problemas que devem ser resolvidos. As luzes renovadoras, com as quais todas as religiões iluminaram suas respectivas idades, desapareceram com o decair de sua idade, deixando apenas pavios de faíscas enfraquecidas, brilhando tenuemente nas trevas que se aproximam.
Estudemos a história do Cristianismo. Por quase 2000 anos o Cristianismo cresceu, professou a salvação da humanidade e estabeleceu um domínio mundial. Mas, o que é do espírito cristão que projetou uma luz de vida tão brilhante que, mesmo nos dias da perseguição sob o Império Romano, levou os romanos a ajoelharem-se perante Jesus crucificado? A sociedade feudal medieval enterrou o Cristianismo vivo. Contudo, mesmo em seu túmulo, a tocha da reforma religiosa cristã brilhou de novo sobre as trevas ameaçadoras daquela idade. Não lhe foi possível, porém, virar a maré daqueles dias obscuros.
Quando o amor eclesiástico expirou, quando o desejo agitado da riqueza material varreu a sociedade da Europa e incontáveis milhões de pessoas das massas esfomeadas gritavam amargamente nas favelas industriais, a promessa de salvação veio, não do Céu, mas da terra. Seu nome era Comunismo. O Cristianismo, embora professasse o amor a Deus, transformou-se no corpo sem vida do clero arrastando chavões vazios. Era, pois, natural que uma bandeira de revolta fosse levantada contra um Deus aparentemente impiedoso. A sociedade cristã tornou-se o foco do materialismo. Extraindo adubo deste solo, o comunismo, a ideologia mais materialista de todas, cresceu rápida e desenfreadamente.
O Cristianismo perdeu a capacidade de superar a prática do comunismo e não foi capaz de apresentar uma verdade que pudesse sobrepujar a teoria comunista. Os cristãos observam o comunismo crescer dentro de seu próprio meio, expandindo o seu domínio sobre o mundo todo. Os cristãos, que ensinam e crêem que todos os homens são descendentes dos mesmos pais, não gostam de sentar-se com irmãos e irmãs com pele de cor diferente. Este é um exemplo representativo do Cristianismo de hoje, que é destituído da força vital para praticar a palavra de Cristo.
Virá, talvez, o dia em que tais tragédias sociais terminarão, mas existe um vício social que está além do controle de muitos homens e mulheres do dia de hoje: o adultério. A doutrina cristã afirma que este é o maior de todos os pecados. Que tragédia não poder a sociedade cristã de hoje bloquear este caminho de degradação para o qual tantas pessoas correm cegamente.
O que esta realidade representa para nós é que o Cristianismo de hoje está em estado de confusão, dividido pela túrbida maré da presente geração, incapaz de fazer coisa alguma pelas vidas das pessoas que foram atraídas pela fúria do redemoinho da imoralidade de hoje. Será, porventura, o Cristianismo incapaz de alcançar a promessa divina da salvação para a era atual da humanidade? Qual poderia ser o motivo por que até agora os homens de religião têm sido incapazes de realizar suas missões, mesmo tendo lutado com empenho e devotamento, em busca da verdade interna?
O relacionamento entre o mundo essencial e o mundo fenomenal é semelhante ao que existe entre a mente e o corpo. É o relacionamento entre a causa e o efeito, interno e externo, sujeito e objeto. Assim como o homem pode atingir a perfeita personalidade somente quando sua mente e seu corpo estiverem harmonizados em perfeita unidade, assim também o mundo ideal poderá ser realizado somente quando os dois mundos, o da essência e o dos fenômenos, estiverem juntos em perfeita unidade.
Como acontece no relacionamento entre a mente e o corpo, assim também não pode haver mundo fenomenal separado do mundo essencial, nem pode haver mundo essencial separado do mundo fenomenal. Do mesmo modo, não pode haver um mundo espiritual separado do mundo físico, nem pode haver felicidade espiritual separada da felicidade física. A religião até agora tem colocado pouca ênfase no valor da realidade diária; tem negado o valor da felicidade física a fim de enfatizar a consecução da alegria espiritual. Mesmo fazendo extremos esforços, o homem não pode cortar-se da realidade, nem aniquilar o desejo de ter a felicidade física que, como uma sombra, sempre o segue. Na realidade, o desejo de ter felicidade física, persistentemente se apodera dos homens de religião, conduzindo-os aos vales da agonia. Tais contradições existem mesmo na vida dos líderes espirituais. Muitos líderes espirituais tiveram um triste fim, dilacerados por tais contradições. Aqui está a principal causa da fraqueza e inatividade da religião de hoje: a fraqueza se encontra na contradição, que ainda não foi superada.
Também outro motivo tem conduzido a religião ao declínio fatal; o homem moderno, cuja inteligência está muito desenvolvida, exige provas científicas para todas as coisas. A doutrina religiosa, porém, que permanece inalterada, não interpreta as coisas cientificamente, isto é, a interpretação da verdade interna pelo homem (religião) e sua interpretação da verdade externa (ciência) não estão em acordo entre si.
A finalidade máxima da religião só pode ser realizada, primeiro, crendo na verdade, depois, praticando-a. Contudo, hoje não pode haver verdadeira crença sem conhecimento e compreensão. Nós estudamos a Bíblia para confirmar nossa crença através do conhecimento da verdade. A realização de milagres por Jesus e a revelação de sinais eram para levar o povo a sa-ber que ele era o Messias, tornando possível que eles cressem nele. O conhecimento vem da cognição e, hoje, o homem não pode ter cognição de coisa alguma, que não tenha lógica e nem prova científica. Para compreender alguma coisa, primeiro deve haver cognição. Assim, a verdade interna também requer prova lógica. A religião tem caminhado, através do longo percurso da história, para uma idade na qual ela deve ser explicada cientificamente.
A religião e a ciência começaram com as respectivas missões de eliminar os dois aspectos da ignorância humana. Em seus cursos, estas duas áreas de pensamento e investigação têm-se encontrado em um conflito aparentemente irreconciliável. Para que o homem possa atingir a boa finalidade do desejo da mente original, deve vir uma época em que uma nova expressão da verdade venha a existir, tornando a humanidade capaz de unir estes dois assuntos sob um só tema unificado. Estas duas matérias são a religião, que tem se aproximado da ciência, e a ciência, que está cada vez mais perto da religião.
Talvez desagrade a crentes religiosos, especialmente aos cristãos, aprenderem que deve surgir uma nova expressão da verdade. Acreditam que a Bíblia que agora têm é perfeita e absoluta em si mesma. A verdade, logicamente, é única, eterna, imutável e absoluta. A Bíblia, porém, não é a própria verdade, senão um livro de textos que ensina a verdade. Naturalmente, a qualidade do ensinamento, o método e a amplitude da verdade dada, devem variar de acordo com cada idade, pois a verdade é dada a povos de épocas diferentes, cujos níveis espirituais e intelectuais são diferentes. Portanto, não devemos considerar um livro de textos como absoluto em todos os detalhes (cf. Parte I, Capítulo III, Seção V).
A religião veio a existir como um meio de realizar a finalidade do bem, seguindo o caminho de Deus, de acordo com a intenção da mente original. A necessidade de variadas espécies de conhecimentos obrigou a aparição de várias religiões. As escrituras das diferentes religiões variaram de acordo com a missão da religião, com o povo que as recebeu e com a idade em que vieram. A escritura pode ser comparada a uma lâmpada que ilumina a verdade. Sua missão é espalhar a luz da verdade. Quando uma luz mais brilhante aparece, extingue-se a missão da antiga. Todas as religiões de hoje falharam em conduzir a presente geração do vale escuro da morte para o brilho da vida, de forma que deve agora surgir uma nova verdade, que possa espalhar nova luz.
Muitas passagens da Bíblia dizem que novas palavras de verdade serão dadas à humanidade nos “Últimos Dias”.
Qual será a missão da Nova Verdade? Sua missão será apresentar sob um só tema unificado, a verdade interna, que a religião tem buscado, e a verdade externa, procurada pela ciência. Deve também procurar superar tanto a ignorância interna como a externa do homem e oferecer-lhe o conhecimento interno e externo. Deve eliminar a contradição interna do homem, que é receptivo tanto ao bem como ao mal, ajudando o homem decaído a resistir ao caminho do mal e a alcançar a finalidade do bem. Para o homem decaído, o conhecimento é a luz da vida e tem a força da revivificação; a ignorância é a sombra da morte e a causa da ruína. Nenhum sentimento ou emoção pode ser derivado da ignorância; nenhum ato de vontade pode surgir da ignorância. Por isso, quando o conhecimento, a emoção e a vontade não funcionam devidamente no homem, não vale mais a pena vi-ver.
Já que o homem foi criado para ser incapaz de viver separado de Deus, como a vida deve ser infeliz, quando ele se encontra na ignorância sobre Deus! Contudo, será que o homem pode conhecer a Deus claramente, mesmo que diligentemente consulte a Bíblia? Além disso, como poderá o homem vir a conhecer o coração de Deus? A Nova Verdade deve ser capaz de nos informar sobre Deus como uma realidade. Deve também ser capaz de revelar Seu coração e sentimento de alegria por ocasião da criação, Seu coração partido e sentimento de dor, ao lutar para salvar o homem decaído, que se rebela contra Ele.
A história humana, tecida com vidas de homens que se inclinam tanto para o bem como para o mal, está repleta de narrativas de lutas. Estas lutas têm sido batalhas externas com respeito a propriedade, terras e homens. Hoje, porém, a luta externa está diminuindo. Povos de nações diferentes vivem juntos sem racismo. Lutam pela realização de um governo mundial. Os vencedores das guerras procuram libertar suas colônias, dando a elas direitos iguais aos direitos dos grandes poderes. Relações internacionais, anteriormente hostis e discordantes, são harmonizadas em torno de problemas econômicos semelhantes, ao moverem-se as nações para a formação de sistemas de mercado comum em todo o mundo. Enquanto isso, a cultura está livremente circulando; o isolamento das nações está sendo superado e a distância cultural entre o Oriente e o Ocidente está sendo interligada.
Resta, portanto, uma guerra final diante de nós, ou seja, a guerra entre as ideologias da Democracia e do Comunismo. Estas ideologias em conflito interno estão agora em preparação para outra guerra externa, estando ambos os lados equipados com armas terríveis. As preparações externas são, na realidade, para a luta de uma guerra interna (espiritual) final e decisiva. Quem haverá de triunfar? Todo aquele que acredita na realidade de Deus responderá: a Democracia. Contudo, a democracia de hoje não está equipada com uma teoria ou prática que seja suficientemente poderosa para conquistar o Comunismo. Por isso, para que a providência da salvação de Deus seja completamente realizada, a Nova Verdade deve levar toda a humanidade a um novo mundo de bem absoluto, através da elevação do espiritualismo defendido no mundo democrático a uma nova e mais alta dimensão, finalmente até mesmo assimilando o materialismo. Desta maneira, a verdade deve ser capaz de unir, em um só caminho absoluto, todas as religiões existentes, como também todos os “ismos” e idéias que existiram desde o início da história humana.
Algumas pessoas, de fato, se recusam mesmo a acreditar na religião. Não acreditam porque não conhecem a realidade de Deus e do mundo futuro. Contudo, mesmo que usem toda sua força para negar a realidade espiritual, é da natureza do homem aceitar e crer naquilo que é provado de maneira científica. É também uma manifestação da natureza inerente do homem sentir-se vazio, fútil e apreensivo consigo mesmo, se tiver colocado a finalidade máxima de sua vida no mundo externo das coisas diárias. Quando uma pessoa passa a conhecer Deus através da Nova Verdade, compreende a realidade espiritual e percebe que a finalidade fundamental da vida deve ser colocada não no mundo externo da matéria, mas no mundo interno do espírito. Todos os que estão percorrendo este caminho único haverão de encontrar-se um dia como irmãos e irmãs.
Já que toda a humanidade deverá encontrar-se desta maneira, como irmãos e irmãs, num destino único por meio desta Verdade única, como seria o mundo fundado sobre esta base? Seria o mundo em que toda a humanidade teria formado uma só grande família sob Deus. A finalidade da verdade é buscar e alcançar o bem, e a origem do bem é o próprio Deus. Por isso, o mundo realizado através desta verdade seria o mundo em que toda a humanidade viveria em maravilhoso amor fraterno sob Deus como nosso Pai. Quando o homem perceber que, ao fazer de seu próximo uma vítima para seu próprio benefício, o sofrimento que lhe advém do remorso da consciência é maior do que as vantagens que obtém de seu ganho injusto, descobrirá que lhe será impossível prejudicar seu próximo. Por isso, quando o verdadeiro amor fraterno aparecer no fundo do coração do homem, ele não poderá fazer nada que venha a causar sofrimento a seu próximo. Como isto se aplicaria mais ainda a homens que vivessem em uma sociedade, na qual tivessem experiência do sentimento real de que Deus é seu Pai, transcendente de tempo e espaço, que observa todas as suas ações, e que este Pai quer que nós nos amemos uns aos outros a cada momento? O novo mundo, que será estabelecido pela nova verdade, introduzirá uma nova idade em que a história pecaminosa da humanidade será liqüidada. Deverá ser um mundo no qual pecado algum jamais poderá existir. Na história humana até agora, mesmo os que acreditavam em Deus cometeram pecados. Sua fé em Deus tem sido na forma de conceito, em vez de ser na forma de uma experiência viva. Se o homem sentisse a presença de Deus e conhecesse a lei celeste de que os pecadores são mandados para o inferno, quem então ousaria cometer pecado?
O mundo sem pecado poderia ser chamado de “Reino do Céu”, mundo este que todos os homens decaídos há muito têm buscado. Sendo este mundo estabelecido como realidade na Terra, poderá ser chamado de “O Reino de Deus na Terra”.
Podemos assim chegar à conclusão de que a finalidade máxima da providência da salvação de Deus é estabelecer o Reino de Deus na Terra. Já ficou claro, da exposição anterior, que o homem caiu da graça e que a queda humana veio depois da criação do homem. Do ponto de vista da realidade de Deus, a resposta à questão sobre que tipo de mundo Deus originalmente desejava na criação, torna-se evidente (cf. Parte I, Capítulo III). Podemos aqui dizer, contudo, que este mundo é o Reino de Deus na Terra, no qual a finalidade da criação de Deus é realizada.
Por causa da queda, porém, a humanidade não tem sido capaz de realizar este mundo. Ao invés, o homem produziu o mundo do pecado e caiu na ignorância. Por isso, o homem decaído tem lutado incessantemente para restaurar o Reino de Deus na Terra, o qual Deus originalmente desejava. Ele tem feito isto, superando a ignorância interna e externa, para buscar o bem máximo, no decurso de todos os períodos da história humana. A história da humanidade, portanto, é a história da Providência de Deus, na qual Ele pretende restaurar o mundo em que a finalidade de Sua criação é realizada. Para restaurar o homem decaído de volta ao seu devido estado original, a nova verdade deve ser capaz de revelar a ele o seu destino final no curso da restauração, ensinando-lhe a finalidade original da criação, para a qual Deus criou o homem e o universo. Muitas questões devem, pois, ser respondidas.
Será que o homem caiu pelo ato de comer o fruto da Árvore da Ciência do Bem e do Mal, como diz a Bíblia literalmente? Se assim não foi, qual é a causa da queda humana? Como poderia o Deus de perfeição e beleza criar o homem com a possibilidade de cair? Por que razão Deus não pôde impedir que o homem viesse a cair, já que Ele, sendo onipotente e onisciente, devia saber que a queda viria a acontecer? Por que Deus não pôde salvar o homem pecaminoso em um só instante, sendo Ele todo-poderoso? Estas e muitas outras questões têm desassossegado a mente dos profundos pensadores e devem ser resolvidas pela Nova Verdade.
Quando se observa a natureza científica do mundo pode-se concluir que Deus, o criador, é a própria origem da ciência. Já que a história humana é a providência de Deus para restaurar o mundo à sua finalidade original da criação, deve ser verdade que Deus, o mestre de todas as leis, tem dirigido a história providencial com um plano e uma ordem. Por isso, é nossa tarefa urgentíssima descobrir como foi que a história pecaminosa da humanidade começou, que tipo de curso ela deve seguir, de que maneira será concluída, e a que tipo de mundo a Providência finalmente conduzirá a humanidade. A Nova Verdade, pois, deve ser capaz de resolver todas as questões da vida. Com o esclarecimento de todas estas questões, a realidade de Deus, como um ser absoluto que planeja e guia a história, não pode ser negada. Quando a verdade for conhecida, todos virão a compreender que os acontecimentos históricos que o homem viu e experimentou são as reflexões do coração de Deus, lutando para salvar o homem decaído.
Além disto, a Nova Verdade deve ser capaz de estudar claramente todos os difíceis problemas do Cristianismo, porque o Cristianismo tem um papel importante na formação da esfera cultural mundial. As pessoas intelectuais não podem satisfazer-se apenas ouvindo que Jesus Cristo é o filho de Deus e o Salvador da humanidade. Muitas controvérsias surgiram nos círculos teológicos no sentido de entender o significado mais profundo das doutrinas cristãs. Assim, a Nova Verdade deve ser capaz de esclarecer o relacionamento entre Deus, Jesus e o homem, à vista do princípio da criação. Além disso, as difíceis questões da Trindade devem ser esclarecidas. A questão sobre o motivo por que a salvação da humanidade por Deus foi possível apenas através da crucifixão de Seu filho, deve ser respondida. Quando vemos que nenhum pai pode jamais gerar um filho sem pecado, com direito ao Reino do Céu, sem redenção por um salvador, não é isto boa prova de que os pais ainda transmitem o pecado original a seus filhos, mesmo depois de seu próprio renascimento em Cristo? Esta investigação conduz a mais uma pergunta: até que ponto houve redenção pela cruz?
Tem sido vasto o número de cristãos, durante os 2000 anos de história cristã, que tinham plena confiança de terem sido completamente salvos pelo sangue da crucifixão de Jesus. No entanto, na realidade, nenhum indivíduo, lar ou sociedade foi estabelecido sem pecado. Na verdade, o espírito cristão tem estado na trilha do declínio dia após dia. Por isso, restam muitos problemas difíceis, conduzindo a uma contradição central entre a atual rea-lidade do Cristianismo e a crença da redenção completa pelo resgate da cruz. A Nova Verdade que buscamos deve explicar todas estas questões clara e completamente. Há mais questões como: por que Cristo virá de novo? Quando, onde e como virá? De que maneira a ressurreição dos homens decaídos será realizada? Qual é o sentido das profecias bíblicas que dizem que o céu e a terra serão destruídos por fogo e outras calamidades naturais? A Nova Verdade deve fornecer a chave de todos estes difíceis mistérios bíblicos, que estão escritos em parábolas e símbolos e deve fazer isto em linguagem clara, de modo que cada um possa entender, como Jesus disse em João 16.25.
Mediante estas respostas e somente mediante verdades claras, todas as denominações serão unidas, à medida que as divisões causadas por diferentes interpretações das passagens bíblicas forem eliminadas.
Esta Nova Verdade, máxima e final, porém, não pode vir nem da pesquisa sintética das escrituras ou da literatura, feita por algum homem, nem de cérebro humano algum. Como diz a Bíblia: “Urge que ainda profetizes de novo a numerosas nações, povos, línguas e reis” (Ap 10.11). Esta Nova Verdade deve aparecer como uma revelação do próprio Deus. Esta Nova Verdade já apareceu!
Com a plenitude do tempo, Deus enviou Seu mensageiro para resolver as questões fundamentais da vida e do universo. Seu nome é Sun Myung Moon. Por muitas décadas ele vagou em um vasto mundo espiritual à procura da verdade última. Neste caminho ele suportou sofrimentos ainda não imaginados por pessoa alguma na história humana. Somente Deus se lembrará disto. Sabendo que ninguém pode encontrar a verdade última para salvar a humanidade sem passar pelas mais amargas provas, ele lutou sozinho contra uma multidão de forças satânicas, tanto no mundo espiritual como no mundo físico e, finalmente, triunfou sobre todas elas. Desta maneira ele entrou em contato com muitos santos no paraíso e com Jesus, revelando assim todos os segredos celestes, mediante sua comunhão com Deus.
O Princípio Divino revelado neste Iivro é apenas parte desta Nova Verdade. Nós registramos aqui o que os discípulos de Sun Myung Moon até agora ouviram e testemunharam. Nós acreditamos com alegre expectativa que, com o passar do tempo, partes mais profundas da verdade serão continuamente reveladas. É nossa oração mais sincera, que a luz da verdade rapidamente encha toda a Terra.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Diário do Passado

por Olavo de Carvalho
Ao passar pela malha seletiva da mídia as ações dos agentes da Nova Ordem Mundial se tornam secretas muitas vezes não por ocultação premeditada, mas pelo simples fato de que não se enquadram nas categorias descritivas aceitas pelos órgãos midiáticos.
Praticamente toda a linguagem do jornalismo político em circulação hoje em dia foi criada para descrever um mundo que não existe mais – o mundo do Pós-Guerra . As notícias já não podem refletir os fatos porque são pensadas e escritas segundo esquemas descritivos estreitos demais para a situação atual. As mudanças ocorridas ao longo das últimas cinco décadas no quadro internacional são tão gigantescas que escapam ao horizonte de visão do jornalismo – daí que os fatos mais importantes fiquem fora do noticiário ou recebam cobertura irrisória, enquanto futilidades merecem atenção desproporcional. As conseqüências disso para a alma popular são devastadoras, principalmente porque aí se introduz um segundo fator complicante: como já não existe propriamente cultura popular e a produção da indústria cultural atropela a criatividade espontânea do povo, o resultado é que a mídia se torna a fornecedora única dos símbolos e valores com que o cidadão comum se explica a si mesmo e enquadra, como pode, a sua experiência pessoal num esboço de visão geral do mundo.
A força com que a mídia influencia a própria estruturação das personalidades individuais e das relações pessoais é hoje imensurável. Isso quer dizer que, se essa mídia se aliena da realidade, todos se alienam com ela. Cada um sente na sua própria vida diária os efeitos diretos de profundas transformações globais, mas, como estas não aparecem no debate público, ou aparecem deformadas por estereótipos, a equação psicológica que se estabelece é a seguinte: por mais que o cidadão tente amoldar sua visão da realidade ao recorte deformante, buscando uma falsa sensação de segurança no ajustamento à pseudo-realidade legitimada pelo consenso midiático, setores inteiros da sua experiência pessoal, familiar e grupal permanecem encobertos e inexpressáveis, latejando no escuro como infecções não diagnosticadas. O sentimento de desajuste externo e insegurança interna, que era próprio da adolescência, espalha-se por todas as faixas etárias: não há mais pessoas maduras, todos são teenagers vacilantes, incapazes de uma decisão firme, de um raciocínio conclusivo.
Dois documentos, a meu ver, ilustram bem o esquema interpretativo que partir do fim da II Guerra foi adotado mais ou menos uniformemente por toda a mídia do Ocidente para a descrição da política mundial: o livro de Hans J. Morgenthau, Politics Among Nations: The Struggle for Power and Peace , publicado em 1948 pela Alfred A. Knopf, e a Carta da ONU , assinada em São Francisco em 25 de junho de 1945. O primeiro tornou-se a bíblia do Departamento de Estado americano e, por isso mesmo, o código geral com que os políticos e os formadores de opinião nos outros países interpretavam as ações e palavras do governo de Washington, automaticamente expressando nos termos desse mesmo código as suas posições – e as de seus respectivos governos – com relação à política americana e, no fim das contas, a tudo o mais.
A Doutrina Morgenthau , como veio a ser chamada, é complexa, mas duas de suas características interessam de maneira mais direta ao que estou tentando dizer aqui: 1º . Ela explicava as ações desenroladas no cenário internacional em função de interesses objetivos, racionalmente formulados e identificáveis. 2º . Embora reconhecendo que os Estados nacionais poderiam no futuro dissolver-se em unidades políticas maiores, ela os tratava como agentes principais do processo político mundial (daí o título do livro). As conseqüências imediatas desse enfoque eram: a noção de interesse nacional tornava-se o conceito descritivo fundamental e os agentes supranacionais sem natureza estatal desapareciam do cenário: suas ações tornavam-se invisíveis ou tinham de ser explicadas, bastante artificialmente, como expressões camufladas de interesses nacionais.
Na orientação da política americana, externa e interna, as limitações que daí decorreram foram – e continuam sendo – catastróficas: 1ª . No combate ao comunismo, todos os esforços do governo americano limitaram-se à busca de agentes diretamente controlados pelo governo soviético. A New Left , sem ligações formais com o Partido Comunista da URSS, mas sob certos aspectos mais virulenta do que qualquer agente soviético, não só saiu vitoriosa da guerra do Vietnã, mas impôs a quase toda a população americana os novos padrões de cultura politicamente corretos que hoje bloqueiam qualquer iniciativa séria contra os inimigos internos e externos do país. 2ª . Até hoje o governo americano está travado por uma autocensura, que o impede de reconhecer em voz alta a realidade da guerra de civilizações , tendo de explicar suas ações defensivas mediante o subterfúgio metonímico da guerra contra o terrorismo , ao mesmo tempo que fortalece o inimigo islâmico interno no campo da guerra cultural e vai podando as raízes cristãs de onde a sociedade americana extrai toda a sua força de resistência. 3ª . A luta de vida e morte entre o interesse nacional americano e os grupos globalistas que tentam subjugar a nação aos organismos internacionais é assunto proibido em debates eleitorais (v. o parágrafo final do artigo Uma nova fachada do Foro de São Paulo , DC, 9 de junho de 2008, http://www.olavodecarvalho.org/semana/080609dc.html ). Entre nós, a adoção do conceito de interesse nacional como um fetiche explicativo pela Escola Superior de Guerra faz com que até hoje muitos analistas militares brasileiros sejam incapazes de entender o esquema de dominação globalista senão como instrumento das grandes nações – o que quer dizer, em última análise, dos EUA. Esses erros de perspectiva são retroalimentados pela mídia mundial, que desde os anos 40 adotou informalmente a doutrina do Departamento de Estado como chave descritiva da política internacional.
Não é preciso examinar uma infinidade de jornais e noticiários de rádio e TV para perceber que, embora tagarelem obsessivamente sobre globalização , os jornalistas em geral só enxergam a distribuição de poder no mundo através da sua manifestação visível na forma de Estados nacionais. A religião, por exemplo, continua sendo a seus olhos uma força cultural extrapolítica, que só resvala na política por acidente ou por submissão perversa de seus altos fins originários aos propósitos de algum Estado nacional ou organização terrorista. Eles não podem, por isso, entender o Islã, que é por essência e origem um projeto de Estado mundial, mas que a seus olhos é apenas uma “religião”, capaz de amoldar-se pacificamente à ordem política dos Estados não-islâmicos. Muito menos podem compreender o fenômeno do metacapitalismo ( http://www.olavodecarvalho.org/semana/040617jt.htm e http://www.olavodecarvalho..org/textos/debate_usp_4.htm ).
O segundo documento a que me referi, a Carta da ONU , criou o código de valores que dá substância moral ao retrato do mundo estampado na mídia. Se a mecânica desse mundo é descrita como um jogo de interesses nacionais, seu drama humano é equacionado em termos de paz, direitos humanos, tolerância, progresso econômico e social, segurança internacional, cooperação humanitária, etc., dando vivacidade, movimento e verossimilhança ao quadro da competição entre nações e camuflando automaticamente os esquemas de poder supranacionais, dos quais a própria ONU é hoje um dos instrumentos mais úteis e contundentes.
Se, como foi dito acima, as pessoas sentem na sua vida diária os efeitos das transformações globais sem poder sequer expressar em palavras a ligação entre sua experiência imediata e o cenário maior da História, isso se deve sobretudo ao fato de que os agentes que originaram esses processos permanecem desconhecidos da multidão: as mudanças de valores, de leis, de critérios, que afetam profundamente o destino e até a psicologia íntima de milhões de criaturas desabam sobre a população como se tivessem vindo do céu ou resultassem de fatalidades históricas impessoais. Não podendo ser rastreadas até nenhum agente nacional-estatal, tornam-se ações sem sujeito, misteriosas como decretos da Providência .
No entanto, a harmonia simultânea com que se lançam em todo o planeta campanhas destinadas a mudar radicalmente os hábitos e valores da população, forçando-a a respeitar o que abomina e a abominar o que respeitava até à véspera, basta para mostrar, mesmo a quem nada saiba de origem concreta desses empreendimentos, que essa origem existe e reside em agentes humanos de carne e osso poderosos, organizados e perseverantes. Esses agentes não são secretos, são apenas discretos, embora muitos, bastante famosos até, alardeiem seus motivos e suas ações em livros e conferências. Ao passar pela malha seletiva da mídia, suas ações se tornam secretas, no mais das vezes não por ocultação premeditada, mas pelo simples fato de que não se enquadram nas categorias descritivas aí reconhecidas.
Notas:
Publicado pelo Diário do Comércio em 08/08/2008
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Existência de Deus

Existência de Deus
Orlando Fedeli

"Ninguém afirma: `Deus não existe' sem antes ter desejado que Ele não exista".

Esta frase, de um filósofo muito suspeito, por ser esotérico - Joseph de Maistre - tem muito de verdade.
Com efeito, o devedor insolvente gostaria que seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existência de Deus.
Por isso, quando se dá as provas da existência de Deus para alguém, não se deve esquecer que a maior força a vencer não é a dos argumentos dos ateus, e sim o desejo deles de que Deus não exista. Não adiantará dar provas a quem não quer aceitar sua conclusão. Em todo caso, as provas de Aristóteles e de São Tomás a respeito da existência de Deus têm tal brilho e tal força que convencem a qualquer um que tenha um mínimo de boa vontade e de retidão intelectual.
É para essas pessoas que fazemos este pequeno resumo dos argumentos de São Tomás sobre a existência de Deus, tendo por base o que ele diz na Suma Teológica I, q.2, a.a 1, 2, 3 e 4.
Inicialmente, pergunta São Tomás se a existência de Deus é verdade de evidência imediata. Ele explica que uma proposição pode ser evidente de dois modos:
1) em si mesma, mas não em relação a nós;
2) em si mesma e para nós.
Uma proposição é evidente quando o predicado está incluído no sujeito. Por exemplo, a proposição o homem é animal é evidente, já que o predicado animal está incluso no conceito de homem.
Quando alguns não conhecem a natureza do sujeito e do predicado, a proposição - embora evidente em si mesma - não será evidente para eles. Ela será evidente apenas para os que conhecem o que significam o sujeito e o predicado. Por exemplo, a frase: "O que é incorpóreo não ocupa lugar no espaço", é evidente em si mesma e é evidente somente aqueles que sabem o que é incorpóreo.
Tendo em vista tudo isso, São Tomás diz que:
a) A proposição "Deus existe" é evidente em si mesma porque nela o predicado se identifica com o sujeito, já que Deus é o próprio ente.
b) Mas, com relação a nós, que desconhecemos a natureza divina, ela não é evidente, mas precisa ser demonstrada. E o que se demonstra não é evidente. O que é evidente para nós não cabe ser demonstrado.
Portanto, a existência de Deus pode ser demonstrada. Contra isso, São Tomás dá uma objeção, dizendo que a existência de Deus é um artigo de fé. Ora, o que é de fé não pode ser demonstrado. Logo, concluir-se-ia que não se pode demonstrar que Deus existe. São Tomás ensina que há dois tipos de demonstração:
1) Demonstração propter quid (devido a que)
É a que se baseia na causa. Ela parte do que é anterior (a causa) discorrendo para o que é posterior ( o efeito).
2) Demonstração quia (porque)
É a que parte do efeito para conhecer a causa.
Quando vemos um efeito mais claramente que sua causa, pelo efeito acabamos por conhecer a causa. Pois o efeito depende da causa, e é, de algum modo, sempre semelhante a ela. Então, embora a existência de Deus não seja evidente apenas para nós, ela é demonstrável pelos efeitos que dela conhecemos.
A existência de Deus e outras verdades semelhantes a respeito dele que podem ser conhecidos pela razão, como diz São Paulo Rom. I, 19), não são artigos de fé. Deste modo, a fé pressupõe o conhecimento natural, assim como a graça pressupõe a natureza e a perfeição pressupõe o que é perfectível.
Entretanto, alguém que não conheça ou não entenda a demonstração filosófica da existência de Deus, pode aceitar a existência dele por fé.
É no artigo 3 dessa questão 2 da 1ª parte da Suma Teológica que São Tomás expõe as provas da existência de Deus. São as famosas 5 vias tomistas.
Iª Via - Prova do movimento
É a prova mais clara.
É inegável que há coisas que mudam. Nossos sentidos nos mostram que a planta cresce, que o céu fica nublado, que a folha passa a ser escrita, que nós envelhecemos, que mudamos de lugar, etc.
Há mudanças substanciais. Ex.: madeira que vira carvão. Há mudanças acidentais. Ex: parede branca que é pintada de verde. Há mudanças quantitativas. Ex: a água de um pires diminuindo por evaporação. Há mudanças locais. Ex: Pedro vai ao Rio.
Nas coisas que mudam, podemos distinguir:
a) As qualidades ou perfeições já existentes nelas.
b) as qualidades ou perfeições que podem vir a existir, que podem ser recebidas por um sujeito.
As perfeições existentes são ditas existentes em Ato.
As perfeições que podem vir a existir num sujeito são existentes em Potência passiva. Assim, uma parede branca tem brancura em Ato, mas tem cor vermelha em Potência.
Mudança ou movimento é pois a passagem de potência de uma perfeição qualquer (x) para a posse daquela perfeição em Ato.
M = PX ---->> AX
Nada pode passar, sozinho, de potência para uma perfeição, para o Ato daquela mesma perfeição. Para mudar, ele precisa da ajuda de outro ser que tenha aquela qualidade em Ato.
Assim, a panela pode ser aquecida. Mas não se aquece sozinha. Para aquecer-se, ela precisa receber o calor de outro ser - o fogo - que tenha calor em Ato.
Outro exemplo: A parede branca em Ato, vermelha em potência, só ficará vermelha em Ato caso receba o vermelho de outro ser - a tinta - que seja vermelho em Ato.
Noutras palavras, tudo o que muda é movido por outro. É movido aquilo que estava em potência para uma perfeição. Em troca, para mover, para ser motor, é preciso ter a qualidade em ato. O fogo (quente em ato) move, muda a panela (quente em potência) para quente em ato.
Ora, é impossível que uma coisa esteja, ao mesmo tempo, em potência e em ato para a mesma qualidade.
Ex.: Se a panela está fria em ato, ela tem potência para ser aquecida. Se a panela está quente em ato ela não tem potência para ser aquecida.
É portanto impossível que uma coisa seja motor e móvel, ao mesmo tempo, para a mesma perfeição. É impossível, pois, que uma coisa mude a si mesma.
Tudo o que muda é mudado por outro.
Tudo o que se move é movido por outro.
Se o ente 1 passou de Potência de x para Ato x, é porque o ente 1 recebeu a perfeição x de outro ente 2 que tinha a qualidade x em Ato.
Entretanto, o ente 2 só pode ter a qualidade x em Ato se antes possuía a capacidade - a potência de ter a perfeição x.
Logo, o ente 2 passou, ele também, de potência de x para Ato x. Se o ente 2 só passou de PX para AX, é porque ele também foi movido por um outro ente, anterior a ele, que possuía a perfeição x em Ato.
Por sua vez, também o ente 3 só pode ter a qualidade x em Ato, porque antes teve Potência de x e só passou de PX para AX pela ajuda de outro ente 4 que tinha a qualidade x em Ato. E assim por diante.
PX ---> AX PX (5) ---> AX PX (4) ---> AX PX (3) ---> AX PX (2) ---> AX (1)
Esta seqüência de mudanças ou é definida ou indefinida. Se a seqüência fosse indefinida, não teria havido um primeiro ser que deu início às mudanças.
Noutras palavras, em qualquer seqüência de movimentos, em cada ser, a potência precede o ato. Mas, para que se produza o movimento nesse ser, é preciso que haja outro com qualidade em ato.
Se a seqüência de movimentos fosse infinita, sempre a potência precederia o ato, e jamais haveria um ato anterior à potência. É necessário que o movimento parta de um ser em ato. Se este ser tivesse potência, não se daria movimento algum. O movimento tem que partir de um ser que seja apenas ato.
Portanto, a seqüência não pode ser infinita.
Ademais, está se falando de uma série de movimentos nas coisas que existem no universo.
Ora, esses movimentos se dão no espaço e no tempo. Tempo-espaço são mensuráveis. Portanto, não são movimentos que se dão no infinito.
A seqüência de movimentos em tempo e espaço finitos tem que ser finita.
E que o universo seja finito se compreende, por ser ele material. Sendo a matéria mensurável, o universo tem que ser finito.
Que o universo é finito no tempo se comprova pela teoria do Big Bang e pela lei da entropia. O universo principiou e terá fim. Ele não é infinito no tempo.
Logo, a seqüência de movimentos não pode ser infinita, pois se dá num universo finito.
Ao estudarmos as cinco provas de S. Tomás sobre a existência de Deus, devemos ter sempre em mente que ele examina o que se dá nas "coisas criadas", para, através delas, compreender que existe um Deus que as criou e que lhes deu as qualidades visíveis, reflexos de suas qualidades invisíveis e em grau infinito.
Este primeiro motor não pode ser movido, porque não há nada antes do primeiro. Portanto, esse 1º ente não podia ter potência passiva nenhuma, porque se tivesse alguma ele seria movido por um anterior. Logo, o 1º motor só tem ATO. Ele é apenas ATO, isto é, tem todas as perfeições.
Este ser é Deus.
Deus então é ATO puro, isto é, ATO sem nenhuma potência passiva. Este ser que é ato puro não pode usar o verbo ser no futuro ou no passado. Deus não pode dizer "eu serei bondoso", porque isto implicaria que não seria atualmente bom, que Ele teria potência de vir a ser bondoso.
Deus também não pode dizer "eu fui", porque isto implicaria que Ele teria mudado, isto é, passado de potência para Ato. Deus só pode usar o verbo ser no presente. Por isso, quando Moisés perguntou a Deus qual era o seu nome, Deus lhe respondeu "Eu sou aquele que é" (aquele que não muda, que é ato puro).
Também Jesus Cristo ao discutir com os fariseus lhes disse: "Antes que Abraão fosse, eu sou" (Jo. VIII, 58). E os judeus pegaram pedras para matá-lo porque dizendo eu sou Ele se dizia Deus.
Na ocasião em que foi preso, Cristo perguntou: "a quem buscais ?", e, ao dizerem "a Jesus de Nazaré", ele lhes respondeu:
"Eu sou". E a essas palavras os esbirros caíram no chão, porque era Deus se definindo.
Do mesmo modo, quando Caifás esconjurou que Cristo dissesse se era o Filho de Deus, Ele lhe respondeu: "Eu sou". E Caifás entendeu bem que Ele se disse Deus, porque imediatamente rasgou as vestes dizendo que Cristo blasfemara afirmando-se Deus.
Deus é, portanto, ATO puro. É o ser que não muda. Ele é aquele que é. Por isso, a verdade não muda. O dogma não muda. A moral não evolui. O bem é sempre o mesmo.A beleza não muda.
Quando os modernistas afirmam que a verdade, o dogma, a moral, a beleza evoluem, eles estão dizendo que Deus evolui, que Ele não é ATO puro. Eles afirmam que Deus é fluxo, é ação, é processo e não um ente substancial e imutável.
É o que afirma hereticamente a Teologia da Libertação. Diz Frei Boff:
" Assim, o Deus cristão é um processo de efusão, de encontro, de comunhão entre distintos enlaçados pela vida, pelo amor." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, p. 169)
Ou então:
"Assim, Mary Daly sugere compreendermos Deus menos como substância e mais como processo, Deus como verbo ativo (ação) e menos como um substantivo. Deus significaria o viver, o eterno tornar-se, incluindo o viver da criação inteira, criação que, ao invés de estar submetida ao ser supremo, participaria do viver divino." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, pp. 154-155)
É natural pois que Boff tenha declarado em uma conferência em Teófilo Otono:
Como teólogo digo: sou dez vezes mais ateu que você desse deus velho, barbudo lá em cima. Até que seria bom a gente se livrar dele." (Frei Boff, Pelos pobres, contra a pobreza, p. 54)

IIª Via - Prova da causalidade eficiente
Toda causa é anterior a seu efeito. Para uma coisa ser causa de si mesma teria de ser anterior a si mesma. Por isso neste mundo sensível, não há coisa alguma que seja causa de si mesma. Além disso, vemos que há no mundo uma ordem determinada de causas eficientes.
Assim, numa série definida de causas e efeitos, o resfriado é causado pela chuva, que é causada pela evaporação, que é causada pelo calor, que é causado pelo Sol. No mundo sensível, as causas eficientes se concatenam às outras, formando uma série em que umas se subordinam às outras: A primeira, causa as intermediárias e estas causam a última. Desse modo, se for supressa uma causa, fica supresso o seu efeito. Supressa a primeira, não haverá as intermediárias e tampouco haverá então a última.
Se a série de causas concatenadas fosse indefinida, não existiria causa eficiente primeira, nem causas intermediárias, efeitos dela, e nada existiria. ora, isto é evidentemente falso, pois as coisas existem. Por conseguinte, a série de causas eficientes tem que ser definida. Existe então uma causa primeira que tudo causou e que não foi causada.
Deus é a causa das causas não causada. Esta prova foi descoberta por Sócrates que morreu dizendo: "Causa das causas, tem pena de mim". A negação da Causa primeira leva à ciência materialista a contradizer a si mesma, pois ela concede que tudo tem causa, mas nega que haja uma causa do universo.
O famoso físico inglês Stephen Hawkins em sua obra "Breve História do Tempo" reconheceu que a teoria do Big-Bang (grande explosão que deu origem ao universo, ordenando-o e não causando desordem, como toda explosão faz devido a Lei da entropia) exige um ser criador. Hawkins admitiu ainda que o universo é feito como uma mensagem enviada para o homem. Ora, isto supõe um remetente da mensagem. Ele, porém, confessa que a ciência não pode admitir um criador e parte então para uma teoria gnóstica para explicar o mundo.
O mesmo faz o materialismo marxista. Negando que haja Deus criador do universo, o marxismo se vê obrigado a transferir para a matéria as qualidades da Causa primeira e afirmar, contra toda a razão e experiência, que a matéria é eterna, infinita e onipotente. Para Marx, a matéria é a Causa das causas não causada.

IIIª Via - Prova da contingência
Na natureza, há coisas que podem existir ou não existir. Há seres que se produzem e seres que se destroem. Estes seres, portanto, começam a existir ou deixam de existir. Os entes que têm possibilidade de existir ou de não existir são chamados de entes contingentes. Neles, a existência é distinta da sua essência, assim o ato é distinto da potência. Ora, entes que têm a possibilidade de não existir, de não ser, houve tempo em que não existiam, pois é impossível que tenham sempre existido.
Se todos os entes que vemos na natureza têm a possibilidade de não ser, houve tempo em que nenhum desses entes existia. Porém, se nada existia, nada existiria hoje, porque aquilo que não existe não pode passar a existir por si mesmo. O que existe só pode começar a existir em virtude de um outro ente já existente. Se nada existia, nada existiria também agora. O que é evidentemente falso, visto que as coisas contingentes agora existem.
Por conseguinte, é falso que nada existia. Alguma coisa devia necessariamente existir para dar, depois, existência aos entes contingentes. Este ser necessário ou tem em si mesmo a razão de sua existência ou a tem de outro.
Se sua necessidade dependesse de outro, formar-se-ia uma série indefinida de necessidades, o que, como já vimos é impossível. Logo, este ser tem a razão de sua necessidade em si mesmo. Ele é o causador da existência dos demais entes. Esse único ser absolutamente necessário - que tem a existência necessariamente - tem que ter existido sempre. Nele, a existência se identifica com a essência. Ele é o ser necessário em virtude do qual os seres contingentes tem existência. Este ser necessário é Deus.

IVª Via - Dos graus de perfeição dos entes
Vemos que nos entes, uns são melhores, mais nobres, mais verdadeiros ou mais belos que outros. Constatamos que os entes possuem qualidades em graus diversos. Assim, dizemos que o Rio de Janeiro é mais belo que Carapicuíba. Nessa proposição, há três termos: Rio de Janeiro, Carapicuíba e Beleza da qual o Rio de Janeiro participa mais ou está mais próximo. Porque só se pode dizer que alguma coisa é mais que outra, com relação a certa perfeição, conforme sua maior proximidade, participação ou semelhança com o máximo dessa perfeição.
Portanto, tem que existir a Verdade absoluta, a Beleza absoluta, o Bem absoluto, a Nobreza absoluta, etc. Todas essas perfeições em grau máximo e absoluto coincidem em um único ser, porque, conforme diz Aristóteles, a Verdade máxima é a máxima entidade. O Bem máximo é também o ente máximo.
Ora, aquilo que é máximo em qualquer gênero é causa de tudo o que existe nesse gênero. Por exemplo, o fogo que tem o máximo calor, é causa de toda quentura, conforme diz Aristóteles. Há, portanto, algo que é para todas as coisas a causa de seu ser, de sua bondade, de sua verdade e de todas as suas perfeições. E a isto chamamos Deus.
Por esta prova se vê bem que a ordem hierárquica do universo é reveladora de Deus, permitindo conhecer sua existência, assim como conhecer suas perfeições. É o que diz São Paulo na Epístola aos Romanos (I, 19). E também é por isso que Deus, ao criar cada coisa dizia que ela era boa, como se lê no Gêneses ( I ). Mas quando a Escritura termina o relato da criação, diz que Deus, ao contemplar tudo quanto havia feito, viu que o conjunto da criação era "valde bona", isto é, ótimo.
Pois bem, se cada parcela foi dita apenas boa por Deus como se pode dizer que o total é ótimo? O total deve ter a mesma natureza das parcelas, e portanto o total de parcelas boas devia ser dito simplesmente bom e não ótimo. São Tomás explica essa questão na Suma contra Gentiles. Diz ele que o total foi declarado ótimo porque, além da bondade das partes havia a sua ordenação hierárquica. É essa ordem do universo que o torna ótimo, pois a ordem revela a Sabedoria do Ordenador. Por aí se vê que o comunismo, ao defender a igualdade como um bem em si, odeia a ordem, imagem da Sabedoria de Deus. Odiando a imagem de Deus, o comunismo odeia o próprio Deus, porque quem odeia a imagem odeia o ser por ela representado. Nesse ódio está a raiz do ateísmo marxista e de sua tendência gnóstica.

Vª Via - Prova da existência de Deus pelo governo do mundo
Verificamos que os entes irracionais obram sempre com um fim. Comprova-se isto observando que sempre, ou quase sempre, agem da mesma maneira para conseguir o que mais lhes convém.
Daí se compreende que eles não buscam o seu fim agindo por acaso, mas sim intencionalmente. Aquilo que não possui conhecimento só tende a um fim se é dirigido por alguém que entende e conhece. Por exemplo, uma flecha não pode por si buscar o alvo. Ela tem que ser dirigida para o alvo pelo arqueiro. De si, a flecha é cega. Se vemos flechas se dirigirem para um alvo, compreendemos que há um ser inteligente dirigindo-as para lá. Assim se dá com o mundo. Logo, existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais a seu fim próprio. A este ser chamamos Deus.
Uma variante dessa prova tomista aparece na obra "A Gnose de Princeton". Apesar de gnóstica esta obra apresenta um argumento válido da existência de Deus.
Filmando-se em câmara lenta um jogador de bilhar dando uma tacada numa bola, para que ela bata noutra a fim de que esta corra e bata na borda, em certo ângulo, para ser encaçapada, e se depois o filme for projetado de trás para diante, ver-se-á a bola sair da caçapa e fazer o caminho inverso até bater no taco e lançar para trás o braço do jogador. Qualquer um compreende, mesmo que não conheça bilhar, que a segunda seqüência não é a verdadeira, que é absurda. Isto porque à segunda seqüência faltou a intenção, que transparece e explica a primeira seqüência de movimentos. Daí concluir com razão, a obra citada, que o mundo cego caminha - como a flecha ou como a bola de bilhar - em direção a um alvo, a um fim. Isto supõe então que há uma inteligência que o dirige para o seu fim. Há pois uma inteligência que governa o mundo.
Este ser sapientíssimo é Deus.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Quem é Barack Obama?

Pelo que pude saber à respeito do Obama, ele desde o início de sua campanha agiu muito sinistramente, não revelando seu passado nem suas ligações, o que levou a muitos jornalistas independentes a investigarem sua vida, e o quanto mais sabiam , mais apareciam coisas de arrepiar o cabelo. Existem vídeos no Youtube mostrando ele fazendo campanha para o candidato a presidencia do Quenia, ( sua terra natal- depois eu falo disto), um tal de Odinga, ( http://br.youtube.com/watch?v=Q1P_P8lBCsE ) que era do partido laranja de cunho socialista (pra variar). Só que este tal de Odinga ao perder as eleições liderou um verdadeiro massacre no Quenia. Ele deu muito dinheiro para a campanha desse Odinga. Isso quando já era Senador, portanto usou dinheiro dos contribuintes americanos contrariando a Lei Logan.
Obama estudou em Harvard, e se voces não sabem para entrar em Harvard voce precisa ser apresentado por alguem. No caso do nosso amigo Obama, ele foi apresentado por um sheik chamado Abu Al sayef, que é muito conhecido por sua posição anti-america a anti cristã. Ou seja um terrorista.
E por falar em cristianismo, Barack Hussein Obama sempre negou que era muçulmano embora sempre estudou em escolas islamicas.
Sua ligação com William Ayers, notório radical muçulmano também não é novidade. Sem mencionar que ele frequentou várias vezes a Igreja do controverso pastor racista Rev. Jeremiah Wright ( http://br.youtube.com/watch?v=aH9doywt5n4&feature=related ) e quando isso veio à tona, negou tudo em sua campanha. Ou seja o cara é um poço de mentiras.
mas a mais discarada das mentiras dele é com relação à sua nacionalidade. Como é necessário ser um cidadão nativo dos Estados Unidos para ser presidente, segundo a Constituição americana, Obama alegou ser americano nascido no hawaii. Um ex procurador que por sinal pertence ao partido democrata, chamado Philip Berg (ver www.obamacrimes.com), desconfiou e investigou isso a fundo. Constatou que ele nascera no Quenia segundo testifica sua própria avó, e aí abriu um processo contra ele alegando que ele não pode ser candidato à presidencia dos Estados Unidos segundo diz a Constituição.
Diante disso Obama apresentou um certificado que circulou pela mídia inteira como prova de sua cidadania. Só que esse documento provou ser falso segundo alguns especialistas, e mesmo que fosse verdadeiro ele não provaria nada pois ele é apenas um papel verde que se obtém na ausencia da certidão de nascimento, que pode ser facilmente obtido por qualquer pessoa.( http://br.youtube.com/watch?v=SAZAbqgpoGQ ) - O site que apresentou essa certidão nada mais é do que o site factcheck, que pertence á sua própria ONG. portanto suspeita em primeiro grau.
Até agora Obama não apresentou sua certidão de nascimento, o que seria o procedimento mais rápido e eficaz par calar a boca do Philip Berg. Só que ao invés disso, Obama preferiu gastar tempo e dinheiro com advogados para não precisar apresentar nenhum documento à Justiça. Ora qualquer pessoa com QI acima de 12 desconfiaria de que aí tem coisa. Mas a Grande mídia, assim como aconteceu ai no Brasil com o Lula, ficou estranhamente calada.
A questão é que embora a Constituição proiba um estrageiro de pleitear a presidencia, não se criou nenhum órgão que controle e fiscalize sobre isto. Resultado: A mídia inteira escondeu isso da população e procurou abafar o máximo que puderam sobre o passado desse cara.
Eu vejo esse cara um paralelo com Hitler:
Como Hitler, apareceu do nada e ganhou pelo carisma ( venceu até mesmo a Hilary que é uma veterana dentro do partido).
Um cidadão estrangeiro (Hitler era austríaco).
Seu país estava numa profunda crise e o povo desejava mudanças e alguem no poder, quem quer que fosse.
Ficou famoso pelo seu livro Minha Luta - Obama escreveu um best seller que muitos acham que foi escrito por William Ayers, chamado memórias de meu Pai - Um livro meio profético.
Retórica narcisista e discurso messianico - Assim como Hitler exaltava a raça ariana, Obama exalta a raça negra e é considerado o messias dos negros.
Alguns dizem que ele vai acelerar a implantação do famigerado governo mundial dos satanistas illuminattis, ou seja, o nazismo dos tempos modernos.
E por ai vai.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O PROJETO COMUNISTA PARA O BRASIL E A AMÉRICA LATINA

O PROJETO COMUNISTA PARA O BRASIL E A AMÉRICA LATINA
Por Taiguara Fernandes de Sousa
Há décadas os comunistas planejam a instauração de um regime ditatorial comunista no Brasil e em toda a América Latina.
No dia 23 de maio de 2008, uma reunião em Brasília tornou realidade a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), através de um Tratado Constitutivo que crio uma personalidade política própria para o Bloco e, entre outras coisas, um Conselho Sul-Americano de Segurança.
Este Bloco – estipulado nos moldes da União Européia como união política e econômica, com moeda única e parlamento comum – é divulgado como a última salvação econômica da América do Sul, como se o simples ingresso no mesmo fosse tornar qualquer país sul-americano desenvolvido instantaneamente.
E promessas como esta atraem mentes ingênuas...
A Unasul é apenas uma mal-disfarçada tentativa de implantar na América do Sul um regime ditatorial comunista, exatamente igual ao que foi feito na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a extinta URSS. Diríamos que a Unasul é tão-somente a URSS trazida para a América.
E quem deseje confirmar tal coisa, basta abrir os olhos e analisar as pistas que a própria Unasul nos dá...
Não por coincidência, sua bandeira carrega as cores vermelho-sangue e amarelo... exatamente as mesmas da bandeira da URSS, ainda hoje utilizadas pelo Partido Comunista.
A Sede da Unasul será em Quito, Equador... o Equador do socialista Rafael Correa.
O Parlamento da Unasul será em Cochabamba, Bolívia... a Bolívia hoje dominada pelos comunistas de Evo Morales.
E o Banco do Sul, o centro financeiro do Bloco, por onde circulará a moeda única (que Evo Morales sugeriu chamar-se “pacha”: “terra”, em idioma quíchua...) será... em Caracas! Caracas, a capital venezuelana, do déspota totalitarista Hugo Chávez... que nunca escondeu seu desejo tão caro de estabelecer uma união das nações do Sul, como propôs Bolívar....
Estas pistas revelam bem o que, realmente, é a Unasul: uma tentativa – já uma realidade política – de implantar na América Latina uma nova URSS.
A diferença entre União Soviética a União das Nações Sul-Americanas é tão somente o método de implementação: a URSS foi implantada de chofre, por uma revolução violenta e anárquica; hoje, como já não se dá mais valor a estas revoluções – o mundo está cansado de revoluções que no final tornam tudo pior do que era antes – a Unasul é implantada aos poucos, gradativamente, de forma sutil, em um movimento lento, cuja intenção é desviar as atenções. E, de fato, quase ninguém está percebendo para onde estamos caminhando.
No Brasil, onde a ingenuidade chega às raias da ignorância, o povo não percebe a que ponto está sendo conduzida a lenta revolução comunista do governo Lula. É incompreensível que o povo brasileiro se deixe seduzir por promessas de milagres econômicos e feche os olhos à realidade: em breve, neste caminho, o Brasil se tornará uma república socialista, de regime ditatorial!
O Presidente Lula põe em postos-chave de seu governo pessoas abertamente ligadas às causas revolucionárias comunistas, com um passado terrorista e guerrilheiro envergonhável.
José Genoíno, o “companheiro Zé” do Lula, sempre foi genuinamente a favor de uma revolução comunista, e nem mesmo hoje, quando o PT tenta passar uma imagem mais bonita e disfarçada de seu esquerdismo, não esconde esta sua pretensão. A Guerrilha do Araguaia, na qual ele lutou, tinha este objetivo. Felizmente foi suprimida pelo Exército Brasileiro...
José Dirceu, outro “companheiro Zé”, é revolucionário comunista e guerrilheiro de carteirinha, inclusive treinado em Cuba pelos mais preparados assassinos... ops! oficiais cubanos para implantar o regime comunista no Brasil.
Esta figura foi deslocada do governo Lula após o escândalo do Mensalão, mas em seu lugar foi posta criatura muito melhor, de credenciais tão ou mais aptas que as de Dirceu à condução da Revolução que o Presidente teme promover abertamente: Dilma Roussef, a “camarada de armas” de José Dirceu, como ele mesmo lhe chamava, unindo numa só expressão o tratamento soviético e o ideal comuno-guerrilheiro.
Que beleza de Ministra! E agora já se fala em lançá-la à Presidência, em 2010. Deus nos livre!
A Ministra Dilma “Estela” Roussef, em seus tempos de juventude, foi guerrilheira e participou ativamente das fileiras de dois grupos terroristas no país: o COLINA, Comando da Libertação Nacional, organização terrorista e subversiva; e o VAR-Palmares, a Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares, uma verdadeira FARC brasileira, a qual, como o próprio nome diz, tencionava realizar a Revolução Comunista por meio das armas e da violência. No VAR-Palmares, a Ministra usava o codinome de “Estela”. E, tomando como base as atitudes da Ministra, nada nos faz supor que tenha esquecido suas idéias revolucionárias.
A Sra. Estela Roussef fez até um showzinho na CPI dos Cartões Corporativos, dizendo orgulhar-se de ter combatido a ditadura... Ora, sejamos ao menos sensato (sensatez é muito a exigir-se de um comunista): a Ministra Roussef, ou Camarada Estela, não lutou contra a ditadura militar, mas sim em prol da ditadura, só que uma outra ditadura: a comunista, cuja implantação era objetivo do COLINA e do VAR-Palmares.
E isto não se aplica somente aos grupos terroristas dos quais a Ministra Estela participou, dado que é fato inegável que os comunistas que lutaram contra a ditadura militar no Brasil, lutavam, na verdade, pela implantação de um regime comunista nos moldes cubanos. Negar isso é negar o fato histórico concreto.
Eis a Ministra Estela, que se quer fazer Presidente... Estela.
O Lula, com seu jeitinho tímido e de “homão” nordestino, na verdade é muito inteligente: move tudo por debaixo dos panos. Uma revolução tão habilmente traçada e planejada, há tantos anos. Não uma revolução: uma conspiração contra a nação brasileira.
São estes os políticos que hoje dominam o Brasil. São estes os políticos que querem implantar um regime comunista na soberana nação brasileira, suprimindo as liberdades individuais e propugnando ideais há muito demonstrados errôneos. São estes os políticos que querem enxertar na América o carcinoma da União Soviética.
Seríamos capazes de prever os passos desta Revolução Comunista lenta e gradual:

1º Passo: Revolução cultural

Antes de semear, o terreno deve ser arado e a terra preparada. Não se pode infiltrar a ideologia na mente de alguém sem que antes seu pensamento seja direcionado a recebê-la. Mão Tse-Tung sabia disto, e foi no que se baseou para sua Revolução Cultural na China, a partir de 1966.
No Brasil, a Revolução Cultural acontece: o governo estimula uma degradação de valores como nunca antes vista. Foi no governo Lula que foi aprovada a perniciosa Lei de Biossegurança, que não garante a segurança dos mais indefesos, os seres humanos em idade embrionária. E é neste governo que se quer aprovar o nefasto e animalesco crime do aborto – por iniciativa do Presidente, que convocou uma Comissão Tripartite para elaborar um Projeto de Lei a respeito, e pôs no Ministério da Saúdo um médico abortista ao extremo da obsessão.
Não bastando, ainda se quer neste governo do Lula aprovar uma Lei pela qual todos os brasileiros – todos, e absolutamente todos – são obrigados a tolerar e concordar com os atos imorais e pecaminosos praticados por um homossexual, sendo-lhe proibido o direito de manifestar-se contrariamente às práticas homossexuais. E sequer pense o brasileiro em tachar de “promíscuas” as perniciosas paradas gays, pois poderá ser levado ao hospício... afinal, ainda um dia desses disse o Presidente Lula que ser contrário ao homossexualismo é a “doença mais perversa que já entrou numa cabeça humana”...
Mas nada é comparado às máquinas de camisinha nas escolas públicas, pelas quais os adolescentes são expostos e estimulados ao sexo livre e irresponsável. Sexo animalesco e bizarro, na verdade.
É a Revolução Cultural, que no Brasil anda a mil.

2º Passo: Amizade com regimes comunistas

Mas para preparar o pensamento do povo ao acolhimento de um regime comunista, é necessário ainda que sejam fechados laços de amizade com regimes do tipo, para que o cidadão já tenha como parte de sua experiência de vida a convivência com tal regime.
E nisto se dá a lua-de-mel de Lula e Hugo Chávez, a quem o Presidente chama de “companheiro” (que bela qualidade de “companheiro”...). A entrada da Venezuela no Mercosul, não obstante as constantes violações dos direitos humanos naquele país, se dá no mesmo contexto.
É nisto que se dá, também, a tímida reação brasileira às estatizações do gás boliviano, e a maravilhosa relação fraterna entre Lula e o comunista Evo Morales.
Não se pode esquecer a grande amizade deste governo com a China comunista... China na qual não há liberdade; China que assassinou e assassina milhares – ou milhões; China na qual milhares de homens são presos em verdadeiros campos de concentração e forçados a trabalhar de forma escrava nas indústrias, fabricando estes produtos baratos que atolam o mercado brasileiro (“Made in China”... ou “Made by slave work”).

3º Passo: Censura

A Lei da Mordaça Gay, da qual já falamos, é um exemplo do início da censura no Brasil.
A censura já acontece.
Durante o julgamento do STF sobre as células-tronco embrionárias, esta censura tmou proporções absurdas: nenhuma notícia, uma sequer, foi divulgada contra as pesquisas; apenas a favor. Não deve ser coincidência que o governo fosse o maior interessado nas pesquisas com células-tronco embrionárias.
Não se falou nos tumores que estas células podem causar.
Não se falou dos benefícios maravilhosos que se pode obter com células-tronco adultas.
Não se falou de tantas crianças que nasceram mesmo após terem sido conservadas criogenicamente por mais de uma década (desmentindo o argumento dos “embriões inviáveis”...)
Por não ter provas, o autor deste artigo exime-se de acusar o governo de estar por trás da manipulação midiática de informação a respeito das células-tronco e de censurar as informações em contrário às suas intenções.
Mas que uma censura larga em ação no Brasil, isto ninguém pode negar.
E se os brasileiros não tomarem cuidado, ela se alastrará.

4º Passo: Reforma Agrária nos moldes soviéticos

Uma Reforma Agrária injusta, confiscatória e completamente desprovida de sentido deverá ser realizada por iniciativa governamental. O proprietário rural terá sua terra desonestamente confiscada para ser redistribuída da forma que o governo bem desejar. Exatamente como na URSS, não se fará distinção entre proprietário rural grande ou pequeno: o proprietário rural é o inimigo, seja ele quem for.
O apoio do governo Lula ao revolucionário MST, que, invadindo propriedades (com o apoio da CNBB), desrespeita os Sétimo e Décimo Mandamentos de Deus, pode ser visto como o primeiro passo rumo a este ideal...

5º Passo: Perseguição à religião

A religião é a pior inimiga do comunismo quando não se dobra perante ele. E a única capaz de não se dobrar, por sua coerência e firmeza, é o Catolicismo. Por isto, ela deve ser perseguida.
Nesta primeira fase da perseguição, o Catolicismo será desacreditado junto ao povo.
Isto já está acontecendo.
Basta observar o episódio das células-tronco embrionárias, onde a posição contrária da Igreja não era digna de crédito, simples e estapafurdiamente rejeitada pelos opositores (que conhecem sua coerência e exatidão), tachada de obscurantista e medieval. A expressão mais utilizada no episódio das células-tronco embrionárias foi “Estado laico”, e não “embrião humano”.
Agora se quer tirar, por força de lei, o título de Padroeira do Brasil de Nossa Senhora Aparecida, algo que já faz parte da piedade popular.

6º Passo: Censura formal

Censura decretada sobre forma de lei.

7º Passo: Prisões

Inimigos políticos ou pessoas contrárias ao rumo tomado pelo país deverão ser presas e caladas. Primeiro com base em acusações falsas. Depois, sem motivo.

8º Passo: Decretação do Regime Comunista

Será decretado um regime ditatorial de cunho comunista. Se dirão palavras do tipo: “Uma nova era se inicia, uma era de igualdade e justiça”... Serão prometidos milagres econômicos, justiça social, o fim da fome e da pobreza, e outras coisas materiais que encantarão a muitos.

9º Passo: Unasul

Uma nova URSS.

10º Passo: Extinção aberta da religião

A religião, em especial a católica, será perseguida de forma bizarra. O ódio comunista à religião fará muitas vítimas. Como na URSS e na China, o objetivo será claro: eliminar a religião até os seus fundamentos. Igrejas fechadas, católicos presos e assassinados. Verdadeiro “Holocausto Católico”, de feições demoníacas.


Cada um destes passos já está em andamento. Deus nos livre que todos eles sejam dados!
Podemos parecer pessimistas ou chocantes demais ao denunciarmos estes dez passos. Mas nada fazemos a não ser olhar para o passado e dele tirar lições para o presente: exatamente o que aconteceu na URSS, na China e na Guerra Civil Espanhola pode acontecer no Brasil. Não queremos ser sensacionalistas, mas é chegada a hora de o brasileiro deixar de lado a ingenuidade e ver a realidade de forma nua e crua, como ela é de fato.
Seria ingênuo considerar que tudo ocorrerá durante este governo.
Não.
Este governo é o início de um antigo sonho comunista.
Uma sucessão de governos deste tipo e logo teremos uma ditadura comunista no Brasil.
Um futuro governo da Ministra Dilma “Estela” Roussef piorará as coisas.
Cabe ao povo brasileiro não permitir tal coisa.
Cabe ao Brasil reafirmar sua soberania perante este crápulas terroristas e mascarados, discípulos de Stálin, Mao e Fidel.
O povo brasileiro não pode cruzar os braços diante da ofensiva comunista nesta nação.
Se este povo não lutar contra esta ofensiva, o Brasil será deixado num berço de serpentes.
E estas serpentes o envenenarão, com conseqüências trágicas para a nação.
Levanta-te, brava gente brasileira!


Taiguara Fernandes de Sousa,