sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Alma Militante: Todos contra um

Saudosos tempos aqueles em que os jovens esquerdistas investiam galhardamente contra cavalarianos armados de sabres! Atualmente eles se reúnem às centenas para intimidar um homem só, minoria absoluta no Congresso, e se acham uns heroizinhos por isso. Ou, montados no apoio do Estado e de ONGs bilionárias, se articulam maquiavelicamente para cortar os meios de subsistência de um pai de família que, perseguido e acuado em sua terra, vaga de país em país com a mulher e quatro filhos, rejeitado e humilhado por toda parte, sem ter onde cair morto.



Quem quiser conhecer a alma da juventude militante hoje em dia, dê uma espiada nos sites http://pheeno.com.br/lifestyle/video-vaiado-bolsonaro-deixa-universidade-de-camburao e http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/ noticiasfaltantes /perseguicao-anticrista/12426-ativistas-gays-cortam-a-conta-de-julio-severo-no-paypal.html.


Em ambos os casos, os ativistas imaginam, sentem e acreditam, no interior do seu teatrinho mental, que são ousados combatentes pela liberdade lutando contra o centro mesmo do poder opressor, quando na realidade são eles próprios o braço do maior esquema de poder que já se viu no mundo, a aliança do Estado com os organismos internacionais, as grandes fortunas globalistas e a mídia em peso, todos juntos contra focos isolados de resistência, ingênuos e desamparados idealistas que, certos ou errados, nada ganham e tudo arriscam para permanecer fiéis a seus valores.


É a caricatura grotesca, a inversão total da coragem cívica, a perda radical do senso da equivalência de forças, das leis do combate honroso que um dia prevaleceram até em brigas de rua, entre malandros, e hoje desapareceram por completo nos corações daqueles que, para cúmulo de ironia, continuam se achando a parcela mais esclarecida da população.



Quem os ensinou a ser assim? Quem arrancou de suas almas o sentimento mais elementar de justiça, de honra, de amor ao próximo e até mesmo daquela tolerância que tanto exaltam da boca para fora, substituindo-o pelo ódio projetivo, insano, misto de terror, que só enxerga no rosto do oponente a imagem do demônio que os intimida por dentro e os leva a sentir-se ameaçados quando ameaçam, perseguidos quando perseguem, oprimidos quando oprimem, odiados quando odeiam?


Quem os ensinou a temer a tal ponto os argumentos vindos de uma voz solitária que, ao menor risco de ouvi-la, sentem a necessidade de sufocá-la com gritos e ameaças, e acreditam ser isso a apoteose da democracia, da liberdade e dos direitos humanos? Quem os doutrinou para crer que qualquer desafio às suas convicções é crime e não pode ser tolerado nem por um minuto? Quem os ensinou a imaginar a estrutura do poder de cabeça para baixo, com dois ou três cidadãos isolados e sem recursos no topo, e o conjunto das forças internacionais bilionárias em baixo, gemendo sob o jugo implacável de algum Jair Bolsonaro, Julio Severo ou Padre Lodi?


Quem os ensinou a enxergar "crimes de ódio", imputáveis à consciência religiosa, em cada assassinato de homossexuais praticado por garotos de programa, com toda a evidência homossexuais eles próprios, e desprovidos, é claro, de qualquer vestígio de escrúpulos religiosos? Quem os ensinou a proclamar, diante desses assassinatos, que "a Igreja tem as mãos sujas de sangue", quando o próprio Movimento Gay da Bahia confessa ser a maior parte deles cometida por profissionais do sexo e até hoje não se exibiu nem um único caso de homicídio cometido contra homossexuais por motivo de crença religiosa ou sentimentos conservadores?


Quem os ensinou a desprezar a tal ponto a realidade e apegar-se a lendas insanas, carregadas de ódio injusto contra inocentes que nunca lhes fizeram mal algum, além de discordar de suas opiniões, e que não têm aliás o mais mínimo meio de defesa contra os ataques multitudinários e bem subsidiados que se movem contra eles?


Posso explorar essas perguntas em artigos vindouros, mas nenhuma resposta vai jamais atenuar a estranheza de um fenômeno deprimente, abjeto, moralmente inaceitável: a perda do sentimento de justiça e de honra por toda uma geração de brasileiros.


Eu mesmo, quando escrevi O imbecil juvenil em 1998 (v. http://www.olavodecarvalho. org/textos/juvenil.htm), não esperava que o mecanismo sociológico ali descrito se tornasse, por assim dizer, oficializado, consagrando como virtudes cívicas a covardia, o servilismo grupal e o assalto coletivo a bodes expiatórios desproporcionalmente mais fracos.


Olavo de Carvalho
Publicado no Diário do Comércio.
http://www.dcomercio.com.br/index.php/opiniao/sub-menu-opiniao/75643-a-alma-militante-todos-contra-um

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um homenzinho Filosófico

Um homenzinho filosófico - Olavo de Carvalho
Tempos atrás, quando a leitura de As Portas da Percepção de Aldous Huxley estava fresca na memória da geração Woodstock e ainda era moda louvar as virtudes iluminativas da ingestão de drogas, conheci dois irmãos que faziam viagens ao menos semanais nas asas do LSD. Acreditavam com isso estar adquirindo poderes extraordinários, ascendendo ao pináculo do conhecimento espiritual. Embora eu notasse que, em vez disso, eles se tornavam cada dia mais idiotas, abstive-me de qualquer esforço para tirá-los da ilusão. Uma só vez apresentei a um deles uma modesta objeção às suas pretensões, e isto bastou para deixá-lo embasbacado ao ponto de esfriar por algum tempo sua devocäo lisérgica. Foi assim. Ele estava me contando que a droga aguçava sua percepção sensorial, a dele e a do irmão, ao ponto de que este último, estando a cinqüenta metros de distância, podia ser chamado de volta com um simples cochicho, ouvindo-o com a nitidez de quem estivesse a cinqüenta centímetros.

-- Mas, se estavam ambos drogados, -- perguntei -- como é que você sabe que era seu irmão quem, estando a cinqüenta metros, ouvia como se estivesse a cinqüenta centímetros, e não você próprio quem, estando a cinqüenta centímetros dele, o enxergava como se estivesse a cinqüenta metros?

Ele arregalou os olhos, coçou a cabeça e confessou:

-- Pô! Eu nunca havia pensado nisso.

Como logo depois ele e o irmão saíram do meu círculo de convivência, não sei se minha observação chegou a ajudá-los ou se, passado o momento de perplexidade, voltaram à rotina estupefaciente.

O que sei é que, para mim, a conversa foi de uma utilidade extraordinária, num sentido que nenhum deles jamais poderia suspeitar. A partir desse dia, adquiri o hábito de examinar o problema da percepção sempre por dois lados, emissor e receptor, em vez de fazê-lo só desde o ponto de vista do sujeito, como tinha sido de praxe na filosofia ao longo de pelo menos três séculos, de Descartes a Husserl. Foi assim que me livrei não só das inibições cépticas contraídas da leitura de David Hume, mas também do remédio ainda mais profundamente inibidor constituído pelas precauções críticas de Immanuel Kant. Se a primeira lição do adestramento filosófico é o confronto com as objeções cépticas quanto à possibilidade do conhecimento, deixar-se prender na jaula do kantismo e aprender a escapulir dela já é uma etapa superior de aprendizado, na qual muitos filósofos de ofício continuam atolados até à morte. Foi no dia em que venci essa etapa que pude pela primeira vez olhar no espelho e proclamar com orgulho: “Meu filho, você já está um homenzinho.” Perto disso, aqueles que, não conseguindo evadir-se do subjetivismo cartesiano, apelaram ao subterfúgio de negar a existência do sujeito, como Foucault e Heidegger, começaram a me parecer adolescentes que, impedidos de elevar-se ao estado de homenzinhos, e mais ainda ao de homens, forjaram um arremedo de consolo mediante a negação da possibilidade de amadurecer.

A chave da jaula kantiana, invisível a tantas gerações, esteve no entanto sempre à mostra. Para encontrá-la, bastava lembrar que nenhum sujeito pode ser só e exclusivamente sujeito, sem ser jamais objeto. Na relação cognoscitiva, sujeito é aquele que recebe as informações, objeto aquele que as emite. Na relação ativa, ao contrário, sujeito é o que age, objeto o que recebe a ação; mas como toda ação é transferência de informações, nenhum ente pode ser sujeito da ação sem ser simultaneamente objeto desde o ponto de vista cognoscitivo, nem objeto da ação sem ser cognoscitivamente sujeito. Para que numa relação cognoscitiva um homem pudesse ser total e unilateralmente sujeito, sem nada de objeto, ele precisaria estar totalmente desprovido da possibilidade de agir sobre o objeto, isto é, de transferir-lhe informações e ser portanto, para ele, objeto cognoscitivo. Logicamente falando, é uma obviedade dizer que sujeito e objeto são termos relativos, que exprimem posições e relações acidentais entre os entes, e não a natureza fixa e definitiva de qualquer deles. Mas justamente essa obviedade deixou de ser levada em conta na prática filosófica durante três séculos, daí nascendo o subjetivismo que descambou inevitavelmente em cepticismo e fenomenalismo, isto é, na redução do mundo a um conjunto de aparências sem essência identificável. O erro aí foi, na verdade, primário: o sujeito foi sempre examinado como sujeito, o objeto como objeto, elevando meras posições relativas à condição de diferenças ontológicas irrecorríveis. Só graças a esse cacoete foi possível argumentar, como Montaigne, que “como nosso estado acomoda as coisas a si, e as transforma de acordo consigo próprio, não sabemos mais o que são as coisas em verdade; pois nada chega ao nosso conhecimento senão falsificado e alterado pelos nossos sentidos” (Éssais, Paris, Garnier, 1962, I, p. 632). Nesse parágrafo, o príncipe dos cépticos modernos, penetrando já no puro kantismo avant la lettre, dá por pressuposto que os sentidos humanos alteram por si as informações recebidas das coisas, sem se perguntar se as coisas, por seu lado, teriam o poder de enviá-las diversas do que as recebemos. Vejo, por exemplo, um elefante a cinqüenta metros, e ele me parece do tamanho de um coelho. Mas ele, por sua vez, teria o poder de fazer-se ver como se estivesse a cinqüenta centímetros? Em caso de dúvida, posso testar isso olhando-me a mim mesmo num espelho a várias distâncias. Se meus olhos não conseguem, a cinqüenta metros, me ver maior do que a distância admite, é porque meu corpo também não pode, a essa mesma distância, projetar de si uma imagem ampliada para que os olhos o vejam maior. A limitação não está nos olhos, mas simultaneamente neles e no corpo que vêem. Não está no sujeito, mas simultaneamente nele e no objeto. E essa limitação recíproca, obviamente, não é limitação: é a adequação da mensagem enviada à mensagem lida, é a proporcionalidade de emissão e recepção, é, em suma, percepção da realidade no seu tecido vivo de interações e perspectivas. Descartes, Hume e Kant poderiam ter feito essa experiência, mas jamais consentiram em descer da dignidade de sujeitos à humilde condição de objetos. Tomaram-se como puros olhos, desprovidos de corpos, transformando o mundo num corpo sem olho, que eles viam mas não podia vê-los. Desprovido abstrativamente da condição de objeto que é concomitante e inerente à sua possibilidade de ser sujeito, o sujeito humano se excluía da realidade ao mesmo tempo que tentava alcançá-la – exatamente como quem tentasse provar o gosto da comida sem levá-la à boca – e, naturalmente não o conseguindo, concluía pela existência de um abismo entre sujeito e objeto, entre conhecimento e realidade, sem perceber que o abismo só existia porque ele próprio o havia cavado. René Descartes desceu tão fundo nesse estado de auto-hipnose, que, vendo da janela as pessoas que caminhavam pela rua, tinha dificuldade em admitir que, como ele, fossem sujeitos cognoscentes e não simples corpos em movimento. O sujeito só pode fechar-se em si quando se esquece de sua condição de objeto, rebaixando a objetos os demais sujeitos. Tornado permanente, esse estado seria pura despersonalização esquizofrênica.

Foi mediante essas considerações que pude livrar-me do subjetivismo moderno, sem ter de recorrer ao expediente “pós-moderno” -- e ainda mais profundamente esquizofrênico -- de negar, além do conhecimento, a existência do próprio conhecedor.

Não creio que a dupla de sapientes drogados tenha tirado tanto proveito de minhas observações.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Podemos confiar na Bíblia?

Podemos confiar na Bíblia?

“Nunca tenha medo da dúvida se você tem a disposição de acreditar.” – Samuel Coleridge

A propósito da publicação do artigo de capa “Quem escreveu a Bíblia”, pela revista Aventuras na História (Abril) de dezembro, resolvi postar o texto abaixo, extraído e adaptado de meu livro A História da Vida (www.cpb.com.br):

O homem, nos últimos séculos, desenvolveu o costume de questionar. Parece que a cada geração este fato se evidencia mais. Verdades tidas como absolutas foram questionadas e algumas até sucumbiram. A Bíblia não poderia ficar de fora desses questionamentos, afinal, o próprio Apóstolo Paulo diz: “Analisai todas as coisas, retende o bem.” I Tessalonicenses 5:21. O ato de questionar é, de fato, muito importante. E é próprio de seres inteligentes que não agem por automatismo. Devemos analisar tudo o que nos é transmitido, formando nossa própria opinião a respeito e não sendo levados por outras pessoas. Mas há um paradoxo nisso tudo: embora eu tenha dito que as últimas gerações se caracterizam pelo questionamento, na prática, isso nem sempre acontece.

Até que ponto as pessoas são realmente influenciadas ou não pela “indústria cultural”? Às vezes até mesmo aqueles que têm o bom hábito de questionar acabam se perdendo e automaticamente aderindo a uma idéia. Por isso, também, é tão difícil aceitar o criacionismo. O problema é que a evolução é ensinada nas escolas e divulgada insistentemente pelos meios de comunicação como se fosse um fato provado. Quem quer que ponha em dúvida a validade da evolução é automaticamente suspeito aos olhos evolucionistas. Teilhard de Chardin, um padre e filósofo evolucionista, afirmou: “Com exceção de alguns grupos ultraconservadores não ocorreria a qualquer cientista ou pensador de hoje – seria psicologicamente inadmissível e impossível – adotar uma linha de pensamento que ignore o conceito de um mundo em evolução.” Teilhard de Chardin expôs o argumento logicamente errado mas psicologicamente eficaz conhecido como apelo às massas. Este argumento falacioso tenta convencer mediante um apelo às emoções.

Irving M. Copi, ao dar um exemplo deste erro lógico, diz: “Além do ‘apelo ao esnobismo’ já referido, podemos incluir sob este título o ‘argumento do trem da política’. O político em campanha ‘argumenta’ que deve receber nossos votos porque ‘todo mundo’ está votando nele. Somos informados de que tal e tal alimento, cigarro ou carro é o ‘melhor’ por ser o mais vendido. Uma certa crença ‘deve’ ser verdadeira porque ‘todos a conhecem’. Mas a aceitação popular de uma determinada política não prova que ela seja sábia; o uso difundido de certos produtos não prova que sejam satisfatórios; a concordância geral com uma afirmação não prova que ela seja verdadeira. Argumentar desta forma é cometer o erro ad populum” (Irving M. Copi. Introduction to Logic, pág. 80).

Analisando as palavras de Chardin, no parágrafo anterior, vê-se que ele chamou os criacionistas de “ultraconservadores”; e, evidentemente, ninguém quer ser isso. Ele disse também que você não pode ser um pensador ou cientista se não acreditar na evolução. Esses argumentos são psicologicamente poderosos e, portanto, influenciam muitos. Porém, eles têm pouco a ver com o fato de ter havido ou não evolução. O zoólogo D. M. S. Watson escreveu: “A evolução é uma teoria universalmente aceita, não por ter sido comprovada, mas porque é a única alternativa; a ‘criação especial’ é claramente impossível” (London Times, 03/08/1929 – Citado por Bolton Davidheiser, Evolution and Christian Faith, pág. 155). Por que a criação especial é impossível? Se há um Deus e Ele quis criar o mundo, duvido que a opinião de Watson pesasse na balança dEle. Deus podia fazer isso sem levar em conta a crença de Watson ou de qualquer outra pessoa.

** BÍBLIA: CANAL DE COMUNICAÇÃO DIVINO

Além das Escrituras, a ciência também é um dos métodos de Deus comunicar-Se conosco. “Os céus proclamam a glória de Deus.” Salmo 19:1. Mas há pelo menos dois problemas com essa forma de comunicação. O pecado prejudicou a obra de Deus, que, por isso, reflete-Lhe o caráter apenas obscuramente. E nossa compreensão da Natureza, e dAquele que deseja revelar-Se através dela, será incompleta enquanto houver lacunas em nosso conhecimento das leis da natureza que nos deviam ajudar a interpretar a mensagem de Deus corretamente.

Devemos lembrar, portanto, que a incapacidade de harmonizar a ciência com as Escrituras advém de “uma compreensão imperfeita, tanto da ciência quanto da Revelação; corretamente entendidas, elas se encontram em perfeita harmonia” (Ellen G. White. Patriarcas e Profetas, pág. 114). Deus é o Autor de ambas, e não pode haver conflito se as coisas são compreendidas corretamente. Precisamos das duas disciplinas a fim de ver sentido no Universo em que vivemos. Albert Einstein (1879-1955) disse certa vez que “a religião sem a ciência é cega; e a ciência sem a religião é manca”. É necessária a conciliação para que se tenha uma visão global da realidade. É por isso que, quando o homem julga a Palavra de Deus de acordo com seus padrões humanos, faz algo semelhante a tentar medir estrelas com uma fita métrica.

Uma idéia muito difundida atualmente é a de que a Bíblia, a despeito de sua importância, é um livro ultrapassado e até incorreto em alguns pontos. E o mais interessante é que os que defendem esta idéia pouco ou nada conhecem desse Livro. Apenas ouviram falar a respeito ou dedicaram-se a uma leitura superficial de seu conteúdo. Uma pessoa não pode, ou pelo menos não deve, dizer que acredita ou não em algo, se não o conhece bem. E para isso é preciso que se faça uma pesquisa isenta de preconceitos.

“Diz Paulo que ‘toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino’. II Timóteo 3:16. A palavra grega theopneutos, aqui traduzida como ‘inspirada’, significa literalmente ‘proveniente do fôlego de Deus’. Deus ‘inspirou’ a verdade nas mentes dos homens, os quais expressaram estas mesmas verdades em suas próprias palavras, que foram consolidadas nas Escrituras. Portanto, inspiração é o processo através do qual Deus comunica Sua verdade eterna” (Nisto Cremos, pág. 19, Casa Publicadora Brasileira). Em outros termos, Deus inspirou os homens e não as palavras.

Os homens santos escolhidos por Deus traduziram as revelações divinas em linguagem humana com todas as limitações e imperfeições de que esta se acha revestida, mas ainda assim ela – a Bíblia – é o Testemunho de Deus. Devemos lembrar que a Bíblia, segundo a escritora Ellen G. White, “não é a maneira de pensar e exprimir-se de Deus (...) Ele não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 21), pois “a inspiração não atua nas palavras do homem ou em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de Deus” (Ibidem). A Bíblia é o maravilhoso livro divino-humano. Resumindo: a Bíblia é a verdade divina expressa em linguagem humana.

E quem foi que organizou a Bíblia em 66 livros? Foram Esdras e Neemias que, entre os anos 430 e 420 a.C., organizaram e fecharam o cânon do Antigo Testamento. E a Igreja cristã primitiva ratificou oficialmente os 39 livros no ano 90 d.C., durante o Concílio de Jânia. Cristo e os apóstolos também aceitaram esse cânon, como se pode deduzir de inúmeras passagens, como: Lucas 24:44; João 5:46-47; II Timóteo 3:15-16; II Pedro 1:19-21. Portanto, o Novo Testamento reconhece a inspiração divina do Antigo.

Mas quem, então, organizou o Novo Testamento? A Pessoa do Espírito Santo, sem dúvida, dirigiu e orientou os servos de Deus dos primeiros séculos na seleção dos livros neotestamentários. O consenso é de que o primeiro livro escrito foi I Tessalonicenses, no ano 51 d.C. Já o Apocalipse, foi escrito no ano 96 ou 97. O cânon do Novo Testamento foi criado para proteger os escritos dos apóstolos de muitos escritos apócrifos que estavam surgindo. Assim, no fim do segundo século depois de Cristo, a igreja cristã começou a organizar o verdadeiro cânon cristão, sempre tendo como norma os livros canônicos do Antigo Testamento e a direção do Espírito Santo. Alguns livros apócrifos, de origem posterior, foram acrescentados à Bíblia católica. Mas basta ler o conteúdo deles para perceber sua inferioridade e desarmonia em relação ao cânon original, tanto do Velho, quanto do Novo Testamento.

Os que argumentam, dizendo que a Bíblia não é historicamente confiável, não são historiadores profissionais. Esta é a razão de o grande arqueólogo William F. Albright ter dito: “Todas as escolas radicais na crítica ao Novo Testamento que existiram no passado ou existem hoje são pré-arqueológicas, e por terem sido construídas in der Luft (no ar) são bastante antiquadas hoje” (Retrospect and Prospect in New Testment Archaelogy, em The Teacher's Yoke, ed. E. Jerry Vardaman, pág. 29). “O que está escrito na Bíblia aconteceu efetivamente ... a credibilidade histórica dos eventos mais importantes, como a emigração do patriarca Abraão de Ur, na Suméria, o Êxodo do Egito e o cativeiro babilônico, pôde ser comprovada por escavações arqueológicas e por achados de inscrições hebraicas” (Paul Frischauer. Está Escrito – Documentos que Assinalaram Épocas, pág. 103).

“Onde a Bíblia fala sobre questões científicas, ela o faz com termos simples mas corretos, despidos de absurdos. Por outro lado, os relatos não bíblicos da formação do Universo e outros assuntos científicos são praticamente ridículos, enquanto as Escrituras em ponto algum podem ser consideradas desse modo. Elas não são o que se poderia esperar de um livro escrito por homens durante a era pré-científica” (Josh McDowell e Don Stewart. Razões Para os Céticos Considerarem o Cristianismo, págs. 78 e 79).

Creio que as pessoas nunca deveriam permitir que os críticos da Bíblia lhes tomassem o lugar em seu estudo. O crítico pode ter alguma sugestão que seja de ajuda, mas o homem nunca deveria aceitar cegamente tudo o que os críticos dizem, ou menosprezar sua própria habilidade de raciocinar.

Foi o próprio presidente da Universidade de Chicago quem declarou: “Tereis notado, também, que se tem tornado quase uma tradição neste país [EUA] que um cientista natural depois de alcançar eminência e lazer se empenhe em especulações tanto metafísicas como teológicas. Sem qualquer preparo particular nestas disciplinas e com pronunciado desprezo para com aqueles que o tenham, ele passa a confundir ainda mais o público acerca das maiores questões que têm confrontado a mente humana” (Robert Maynard Hutchins. “University Education”, Yale Review, Summer, págs. 672 e 673). E as pessoas repassam essas informações, sem ao menos confirmá-las, baseando-se apenas na opinião de outros.

** EVIDÊNCIAS DA ORIGEM DIVINA DA BÍBLIA

De seu primeiro livro (Gênesis) ao último (Apocalipse), a Bíblia se compõe de 66 livros escritos por cerca de 40 escritores de formação social, educacional e profissional amplamente diversificada. A escrita foi feita num período de 16 séculos, todavia, o produto final é um livro harmonioso e coerente. “Considere isto: se você escolhesse dez pessoas vivendo ao mesmo tempo na História, vivendo na mesma área geográfica básica, com os mesmos recursos educacionais básicos, falando a mesma língua, e pedisse que escrevessem independentemente sobre o seu conceito pessoal de Deus, o resultado seria tudo, menos um testemunho unificado. Nada mudaria se lhes pedisse para escrever sobre o homem, a mulher ou o sofrimento humano, pois está na natureza dos seres humanos diferir em questões controversas. Todavia, os escritores bíblicos concordam não só nesses assuntos como em dezenas de outros. Eles têm completa unidade e harmonia. Só há ‘uma’ história nas Escrituras do começo ao fim, embora Deus tivesse usado autores humanos diferentes para registrá-la” (Josh McDowell e Don Stewart. Op. cit, pág. 80).

É claro que existem algumas passagens difíceis na Bíblia. Se tudo o que existe nela pudesse ser entendido tão facilmente, ela não passaria de um livro comum. O que me fascina na Palavra de Deus é que sua mensagem pode ser facilmente entendida pela mais simples das pessoas e, ao mesmo tempo, contém tesouros profundos para o mais atento dos pesquisadores. Se as Escrituras constituem uma autêntica auto-revelação de Deus, as dificuldades e discrepâncias que aparecem precisam ser reconhecidas como sendo só aparentes, e não reais. Ao se conseguir todos os fatos, pode-se comprovar que os alegados erros não são uma realidade concreta.

Por exemplo, digamos que uma mulher ouvisse dizer que o marido foi visto saindo com outra mulher. O que ela pensaria? “Depende do quanto ela confiasse nele”, você pode pensar. Certo. Digamos então que ela confiasse totalmente no marido. E que ele fosse um homem leal e digno. O certo seria não tirar conclusões precipitadas e aguardar maiores explicações que esclareceriam a situação. Seria, no mínimo, pouco inteligente da parte dela tirar conclusões precipitadas. E não seria justo abandonar a confiança na integridade do marido até que tudo estivesse esclarecido. Só uma pressuposição, desde o início, de que ele é inconstante e indigno de confiança é que justificaria tal reação por parte da esposa. Da mesma maneira, quem está convicto da autoridade divina da Bíblia seria estulto e indigno se fosse questionar sua infalibilidade até que cada alegação que surge contra ela tenha sido esclarecida.

E a História tem calado muitos críticos da Bíblia. A redação do Pentateuco por Moisés é um bom exemplo. Até pouco tempo atrás, afirmava-se que a invenção do alfabeto tinha sido feita pelos séculos XII ou XI a.C., sendo este argumento apresentado para “provar” que Moisés não podia ter escrito o Pentateuco, visto que em seu tempo não haviam ainda inventado a arte de escrever. No entanto, escavações arqueológicas em Ur, na antiga Caldéia, têm comprovado que Abraão era cidadão de uma metrópole altamente civilizada. Nas escolas de Ur, os meninos aprendiam leitura, escrita, Aritmética e Geografia. Três alfabetos foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de Moisés (1500 a.C.).

Estudiosos modernos sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o Pentateuco. O arqueólogo W. F. Albright datou esta escrita de início do século XV a.C. (tempo de Moisés). Interessante é notar que essa escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros (Êxodo 17:14). Veja o que disse Merryl Unger sobre a escrita do Antigo Testamento: “A coisa importante é que Deus tinha uma língua alfabética simples, pronta para registrar a divina revelação, em vez do difícil e incômodo cuneiforme de Babilônia e Assíria, ou o complexo hieróglifo do Egito.”

Deus sempre sabe mesmo o que faz! Pense bem: se o alfabeto tivesse sido realmente inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à de Moisés, e se as escritas anteriores – hieroglífica e cuneiforme – foram apenas decifradas no século passado, como poderia Moisés ter escrito aqueles livros?

Se o tivesse feito, só poderia fazê-lo em hieróglifos, língua na qual a própria Bíblia diz que Moisés era perito (Atos 7:22) e, nesse caso, o Antigo Testamento teria ficado desconhecido até o século passado, quando o francês Champollion decifrou os hieróglifos egípcios. Acontece que, no princípio do século XX, nos anos de 1904 e 1905, escavações na península do Sinai levaram à descoberta de uma escrita muito mais simples que a hieroglífica, e era alfabética! Com essa descoberta, a origem do alfabeto se transportava da época dos fenícios para a dos seus antecessores, séculos antes, os cananitas, que viveram no tempo de Moisés e antes dele.

Portanto, foram estes antepassados dos fenícios que simplificaram a escrita. E passaram a usar o alfabeto em lugar dos hieróglifos, isto é, sinais que representam sons ao invés de sinais que representam idéias. Moisés, vivendo 40 anos numa região (Midiã) onde essa escrita era conhecida, viu nela a escrita do futuro, e passou a usá-la por duas grandes razões: (1) a impressão grandiosa que teve de usar uma língua alfabética para seus escritos e que se compunha de apenas 22 sinais bastante simples comparados com os ideográficos que aprendera nas escolas do Egito; (2) Moisés compreendeu que estava escrevendo para o seu próprio povo, cuja origem era semita como a dos habitantes da terra onde estava vivendo, e que não eram versados em hieróglifos por causa de sua condição de escravos.

De fato, há muitos achados arqueológicos confirmando a veracidade das Escrituras, mas vou mencionar apenas mais um. O livro do profeta Daniel, no capítulo 5, menciona que o rei de Babilônia em 539 a.C. era Belsazar. Mas a História oficial afirmava que esse homem nem sequer existira. “Para vexação de tais críticos, W. H. F. Talbot publicou em 1861 a tradução de uma oração – escrita em caracteres cuneiformes – oferecida pelo rei Nabonidus, na qual ele pede aos deuses que abençoem seu filho Belsazar!” (H. Fox Talbot, “Translation of Some Assyrian Inscriptions”, Journal of the Royal Asiatic Society 18 [1861]:195 – citado por C. Mervyn Maxwell, no livro Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, pág. 91).

Os críticos, então, aceitaram a existência de Belsazar, mas em sua resistência contra a Palavra de Deus, alguns deles continuaram insistindo que Belsazar jamais fora identificado como rei, fora da Bíblia. Até que, em 1924, foi traduzido e publicado o Poema de Nabonidus (Tablete n.º 38.299 do Museu Britânico) por Sidney Smith. Esse documento histórico oficial atesta que Nabonidus deixou Babilônia e se dirigiu a Tema, e no trono deixou quem? Belsazar!

Para vergonha dos críticos, uma vez mais o relato bíblico estava confirmado. Daniel vivia na corte de Babilônia e estava familiarizado com esse costume de o filho assumir o cargo do pai, quando este saia em excursões militares. Portanto, “em instância após instância quando se destacava a inexatidão histórica como sendo prova da autoria tardia e espúria dos documentos bíblicos, o relatório dos hebreus tem sido vindicado pelos resultados das escavações recentes, e comprovou-se que os juízos zombeteiros dos documentaristas carecem de fundamento” (Gleason L. Archer Jr. Merece Confiança o Antigo Testamento, págs. 183 e 184).

Outro aspecto incrível é que, embora escrita por judeus, a Bíblia seja útil para todos os tipos de culturas e épocas. Realmente é notável que a Bíblia tenha vindo mediante a nação judaica, nação sem nenhuma outra literatura cuja qualidade se aproxime da excelência literária da Bíblia. O Talmude dos judeus pode somente ser contrastado com a Bíblia em suas qualidades literárias. Como os judeus, povo em constante tumulto e revolta contra os princípios estabelecidos na Bíblia, e naquele tempo uma raça isolacionista e tacanha, puderam produzir em toda a sua debilidade e confusão um trabalho de tão sublime força e harmonia que ensina a fraternidade entre toda a humanidade? Não há explicação natural para este fenômeno.

Existem ainda outros aspectos que fascinam os que estudam a Bíblia. Por exemplo:

 Sua universalidade – serve para todos os povos, épocas e idades.
 É um livro infalível no que diz.
 É um livro indestrutível, apesar das perseguições movidas contra ele.
 Possui integridade geográfica, cronológica e étnica.
 É um livro imparcial e inesgotável.
 Possui influência e poder transformador de vidas.
 Cristo mesmo chamou-a de “Palavra de Deus” (Lucas 8:21).
 Suas profecias têm sido cumpridas à risca (leia, por exemplo, o capítulo dois do livro de Daniel e você verá, representada por uma estátua, a história dos impérios, desde Babilônia, passando pela Pérsia, Grécia, Roma e Europa, e culminando com a implantação do Reino de Deus, na segunda vinda de Cristo). A Bíblia apresenta ainda a profecia cumprida a respeito da destruição da antiga Tiro, a queda de Babilônia e a reconstrução de Jerusalém.
 O Novo Testamento, inclusive, é o documento mais incontestável dos tempos antigos. Existem mais de 5 mil manuscritos sobre a sua existência, que datam desde o século II até a invenção da imprensa. É bom lembrar o quanto são escassas as evidências em forma de manuscritos, no caso dos grandes clássicos não-bíblicos, como os que tratam da história de Roma, por exemplo. No entanto, por incrível que pareça, ninguém questiona a existência dos césares.

** CONHECIMENTO SUPERFICIAL

Aqueles que conhecem a Bíblia apenas por ouvir falar, conhecem-na muito superficialmente. Se as pessoas procurassem lê-la e analisá-la, veriam quantos extraordinários ensinamentos ela possui.

Abraham Lincoln (ex-presidente dos EUA) declarou: “Estou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. Tirai tudo o que puderdes desse livro pelo raciocínio e o resto pela fé, e viverei e morrereis um homem melhor.” Por que não crer na Bíblia só porque as circunstâncias não parecem favoráveis? Por que as pessoas querem limitar Deus aos seus cinco sentidos? Não é suficiente constatar que tudo o que ela prediz tem ocorrido? Não basta o testemunho das vidas por ela transformadas? Realmente, constituiria uma tragédia se alguém deixasse que o orgulho o estorvasse de descobrir as verdades vitais na Bíblia, as quais podiam ser absolutamente necessárias na edificação de sua filosofia de vida.

“Muitas coisas há, aparentemente difíceis ou obscuras, que Deus tornará claras e simples aos que assim procuram compreendê-las. Sem a direção do Espírito Santo, porém, estamos continuamente sujeitos a torcer as Escrituras ou a interpretá-la mal. Muitas vezes a leitura da Bíblia fica sem proveito, e em muitos casos é mesmo nociva. Quando se abre a Palavra de Deus sem reverência nem oração; quando os pensamentos e as afeições não se concentram em Deus, ou não se acham em harmonia com Sua vontade, a mente fica obscurecida por dúvidas; e o ceticismo se robustece com o próprio estudo da Bíblia. ... Os que se volvem às Escrituras para encontrar incoerências, não possuem conhecimento espiritual. Com visão transtornada, encontrarão muitos motivos de dúvida e incredulidade em coisas na verdade claras e simples” (Ellen G. White. Caminho a Cristo, págs. 110 e 111).

Você possui uma Bíblia? Onde está ela neste momento? Que tal tomar a decisão de estudá-la, examiná-la (João 5:39), a fim de descobrir os planos de Deus para a sua vida. Muitas pessoas sedentas que, de coração e mente abertos, foram a essa maravilhosa Fonte, voltaram saciadas. Experimente. Você só tem a ganhar.

Michelson Borges

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Homolatria: As vítimas VIP da violência no Brasil

Homolatria: As vítimas VIP da violência no Brasil
Autor: Julio Severo
Fonte: www.juliosevero.com


Prática homossexual torna-se cada vez mais garantia contra impunidade e descaso policial


24 de novembro de 2010



Um morto na rua. A polícia cumpriu o seu dever de fazer suas averiguações do crime e comunica o caso ao delegado, que pergunta: “A vítima era gay?”

Quando a resposta é negativa, o delegado diz: “Joguem então esse caso nas estatísticas do mais de 50 mil brasileiros assassinados todos os anos”.

Não é que a polícia seja amante da impunidade. Com dezenas de milhares de assassinatos ocorrendo, fica difícil para poucos policiais mal pagos e mal treinados resolverem tantos crimes. Tudo o que lhes resta é cuidar dos casos que recebem holofotes.

Em 2007, o menino Gabriel Kuhn, de 12 anos, foi estuprado e esquartejado ainda vivo, morrendo de hemorragia depois que suas duas pernas foram arrancadas a golpes de serra, mas o caso nunca ganhou fama na grande imprensa. Um crime comum — estupro, esquartejamento e assassinato de um menino — não atrai tanto a atenção da mídia quanto o caso de um gay que sofre uma agressão.

A moda é, por causa da pressão do movimento homolátrico, tirar da nuvem negra do descaso somente incidentes onde homossexuais sofrem arranhões, agressões e assassinatos — ou até mesmo, como muitas vezes ocorre, aqueles que simplesmente se sentiram ofendidos. O PLC 122/06, por exemplo, pune o autor de uma simples “ofensa” contra a prática homossexual com uma pena tão pesada quanto leva um estuprador de crianças.

Na classificação dos crimes, a prática homossexual dá a uma vítima o direito de não ser tratada com a mesma indiferença com que são tratadas todas as outras vítimas.

A impunidade que afeta crimes contra bebês, meninos, meninas, rapazes, moças, homens e mulheres está perdendo sua força quando a vítima é viciada naqueles impudicos atos privilegiados, pois legisladores, jornalistas e grupos de direitos humanos colocaram os praticantes do homossexualismo na categoria de indivíduos que merecem atenção VIP.

Se você é homossexual, há agora as delegacias especializadas de “direitos humanos”, onde você terá atendimento personalizado. Há o disque-denúncia gay, para você usar e abusar, denunciando como “homofóbico” até o cão do vizinho que incomoda com seus incessantes latidos. Se você não é gay, você terá de se juntar ao povão e entrar na fila do atendimento público. Afinal, o perfil dos gays é economicamente mais elevado e essa classe endinheirada não pode se misturar com as pessoas comuns. Uma mistura só ocorre quando o gay ricão vai atrás de um rapaz ou menino pobretão para oferecer presentes em troca “daquilo”.

Contudo, os homossexuais não são os alvos preferenciais de assassinatos. Se fossem, haveria dezenas de milhares deles perdendo a vida todos os anos. Quem está perdendo a vida aos milhares são os brasileiros comuns que, de 1980 a 2005, sofreram o astronômico e assombroso número de aproximadamente 800 mil assassinatos. Então você pergunta: “Mas como é que nunca ouvi falar disso?” Simples: eles não eram gays.

Nesse mesmo período de 25 anos, 2.511 homossexuais foram assassinados, de acordo com informações do próprio Grupo Gay da Bahia, fundado por Luiz Mott. Esse pequeno número pode incluir também episódios onde a causa do crime é a paixão irracional de um amante da vítima. Além disso, é supervalorizada e supermaquiada a morte de homossexuais que frequentam, às 2h da madrugada, ambientes de drogas, prostituição e criminalidade.

Embora as vítimas homossexuais não cheguem nem a 1% dos 800 mil brasileiros assassinados, elas se tornaram a estrela principal do “show”. É como se os homossexuais é que somassem 800 mil vítimas, e todos os outros brasileiros não passassem de 2 mil assassinados.

Por ano, são assassinados 122 homossexuais, ou 1 a cada três dias, conforme alegação do sr. Luiz Mott. Em contraste marcante, por ano são assassinados 50 mil brasileiros, 414 a cada três dias, ou 138 por dia. Isso significa que o número de brasileiros mortos por dia é maior do que o número total de homossexuais mortos por ano, indicando, nas palavras de Solano Portela, que “a melhor forma de escapar com vida, no Brasil, é virar gay”.

A maioria dos homossexuais assassinados é de travestis, conforme Oswaldo Braga, presidente do Movimento Gay de Minas, que declarou: “São homossexuais que estão mais envolvidos com a criminalidade, como prostituição e tráfico de drogas, ficando mais expostos à violência”. (Tribuna de Minas, 09/03/2007, p. 3.)

Não se sabe o motivo por que travestis e outros homossexuais, que escolhem ambientes de criminalidade e prostituição, não sofrem uma proporção muito maior de assassinatos. Será que a bandidagem agora tem também medo de ser acusada de “homofóbica”?

Certas atitudes do homossexual perturbado (por homossexual queremos dizer o homem que dá ou recebe o pênis no ânus) passaram a fazer parte integral da propaganda que trata como “homocausto” (holocausto de homossexuais) os 122 homossexuais assassinados todos os anos no Brasil. Esse homocausto na verdade soma uma proporção baixíssima que entra em choque com o quadro imenso de todos os outros brasileiros assassinados. Mas a realidade maior é vencida pela realidade pequena à custa daquelas atitudes típicas de gay espalhafatoso, como mentiras, intrigas, estardalhaços e fofocas, sofisticamente mascarados em linguagem de propaganda.

Com a pressão e opressão da Gaystapo na mídia, que chance tem a vasta maioria das vítimas (que são tratadas como cidadãos de quinta categoria) diante das “vítimas de primeira classe”?

A agenda da homolatrina joga a verdade no chão e exalta a homolatria acima de toda e qualquer estatística e realidade social, ganhando no puro estardalhaço.

No entanto, se os homossexuais são realmente 10% da população brasileira, conforme alegam os grupos gays do Brasil, onde estão então os 80 mil homossexuais mortos no período de 25 anos? Se eles são apenas 5%, então onde estão os 40 mil homossexuais mortos? Se eles são apenas 1%, onde estão os 8 mil mortos?

Com todos os holofotes da mídia no pequeno número de vítimas homossexuais, a impunidade só tende a aumentar para todos os brasileiros, pois mais atenção e policiamento para homossexuais significa menos atenção e policiamento para todos os cidadãos.

Os crimes agora só ficarão protegidos de impunidade conforme a homolatria da vítima. O agredido é gay? O culpado será condenado e preso, sem chance de escapar. A vítima não é gay? Então a polícia está ocupada demais para investigar, dando ao culpado a chance de suspirar de alívio. É a ideologização e idiotização do sistema de punição. É a homolatria privilegiando quem presta culto ao ânus.

Quer que um caso de agressão ou assassinato em sua localidade receba atenção da imprensa, dos políticos e da polícia? Numa sociedade mergulhada na homolatrina, só lhe resta alegar que a vítima é gay. No incidente do menino Gabriel Kuhn, que foi estuprado e esquartejado, o caso dele seria lembrado regularmente em todos os canais de TV e no próprio Congresso Nacional — se o esquartejador não fosse homossexual. E há milhares de outros casos de meninos estuprados que não viram notícia na tela da TV Globo ou da TV Record, porque o estuprador é homossexual.

Quando a vítima é homossexual, holofotes. A “causa” do crime é a “homofobia” e ponto final. Cada caso de “homofobia” se torna motivo para campanhas espalhafatosas em favor de leis para proteger depravados de primeira categoria como se fossem vítimas de primeira classe.

Quando o criminoso é homossexual, manipulação, falsificação e ocultamento, protegendo a prática homossexual de toda desonra. A “causa” do crime é um mistério! A culpa é jogada em tudo e em todos, menos na chamada “orientação sexual”.

A agenda da homolatrina garante atenção VIP para vítimas homossexuais e impunidade para homossexuais que cometem insanidades. Luiz Mott, o líder máximo do movimento homossexual brasileiro, é acusado de defender a pedofilia, enquanto o homossexual Denílson Lopes, professor universitário, tem descaradamente defendido o sexo com crianças. Além disso, um filme brasileiro promoveu abertamente o sexo homossexual entre meninos. Em cada um desses casos, as autoridades jamais tomaram qualquer medida. Contudo, se um pastor ou padre dissesse apenas 10% do que Mott e Lopes disseram sobre sexo com crianças, já estariam — e com muita justiça — presos e completamente desmoralizados com denúncias jornalísticas desde a revista Veja até a Rede Globo.

Na violência generalizada que assola a todos no Brasil, a homolatria agora faz toda a diferença na hora de decidir quais vítimas recebem tratamento de estrela de cinema e quais perpetradores obtêm impunidade.